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Exterior negativo pesa e Ibovespa fecha em queda

Bolsa acompanhou os índices americanos que recuaram mais de 1%; Vale e Petrobras mantiveram a trajetória do dia anterior e fecharam em alta

Mercado financeiro

Nem mesmo a boa performance dos papéis das empresas de commodities seguraram Ibovespa no terreno positivo | Foto: Getty Images

O mau humor dos mercados internacionais pesou no Ibovespa e o índice fechou em baixa nesta terça-feira. A Bolsa recuou 0,17%, aos 100.591 pontos, depois de oscilar entre 99.956 e 102.237 pontos.

Com o resultado, o Ibovespa passou a acumular queda de quase 10% no mês de junho e desvalorização de mais de 4% no ano.

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Os índices americanos também inverteram a tendência do início do pregão e fecharam no terreno negativo nesta terça-feira. O Dow Jones recuou 1,56%, S&P 500 caiu 2,01% e Nasdaq 2,98%.

Nem mesmo a boa performance dos papéis das empresas ligadas às commodities sustentaram a tendência positiva do Ibovespa nesta sessão.

O petróleo tipo Brent, o referência mundial, manteve a tendência de alta nesta semana. O barril do óleo fechou com alta de 2,54% e foi cotado a US$ 113,80.

Ontem, o Brent para entrega em setembro subiu US$ 1,72 (US$ 1,88) a US$ 110,98 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Com isso, as ações da Petrobras operaram em alta, mas perderam força ao longo da sessão. A PETR4 se valorizou 1,25% e a PETR3 evoluiu 1,46%.

A Vale também se valorizou com a perspectiva da China relaxar exigências de quarentena para viajantes estrangeiros, numa tentativa de equilibrar sua política de “tolerância zero” contra a covid-19 e em meio a crescentes pressões enfrentadas pela segunda maior economia do mundo.

Em entrevista à emissora estatal CGTN, o presidente do Banco do Povo da China (PBoC), Yi Gang, prometeu manter uma política monetária acomodatícia para apoiar a recuperação do país, que tem a ambiciosa meta de crescer 5,5% este ano.

Os papéis da maior mineradora brasileira fecharam em alta de 1,79%.

No mercado local, o risco fiscal segue no foco. O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite de segunda-feira a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada que o piso do Auxílio Brasil pode ser elevado de R$ 400 para R$ 600 “amanhã” (hoje).

O plano do governo é inserir a elevação do benefício social – a menos de 100 dias das eleições – na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos combustíveis, relatada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e que será apresentada hoje.

“Além das quedas no mercado americano, e as atenções voltadas para inflação global, seguem as preocupações com o risco fiscal no Brasil”, disse Idean Alves, chefe da mesa de operações e sócio da Ação Brasil Investimentos. “Vemos que o governo está tendo que expandir o balanço, a fim de atender as demandas econômicas e sociais, como as do “voucher caminhoneiro”, e do aumento do auxílio Brasil para R$ 600,00.”

Alves pondera que estas medidas podem levar o Comitê de Política Monetária (Copom) a ter que deixar os juros elevados por mais tempo para trazer a inflação para a meta. “O que contribui para a depreciação dos preços das ações no mercado brasileiro”, ressaltou.

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