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Ibovespa segue Wall Street e recua com incertezas no mercado global

A Bolsa fechou em baixa de 0,54%, aos 109.953 pontos, depois de oscilar entre 109.523 e 111.100 pontos; o volume financeiro foi de R$ 22,08 bilhões

Mercado financeiro

Expectativa em relação à reunião do Fed na semana que vem afetou as bolsas dos EUA e a brasileira | Foto: Getty Images

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda após abertura instável nesta quinta-feira, com os investidores aversos aos ativos de risco. Durante a sessão, o índice firmou a baixa com a piora de Wall Street.

A Bolsa fechou em baixa de 0,54%, aos 109.953 pontos, depois de oscilar entre 109.523 e 111.100 pontos. O volume financeiro foi de R$ 22,08 bilhões. Com o resultado deste pregão, o Ibovespa acumula perda de 2,09% na semana. Já em setembro, o índice tem ganho de 0,39% e no ano sobe 4,90%.

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Os índices americanos também fecharam em queda, depois de uma abertura sem direção definida. Dow Jones recuou 0,54%, S&P 500 caiu 1,13% e Nasdaq, 1,43%.

No lado negativo ao desempenho do Ibovespa, o foco dos investidores continuou na política monetária dos Estados Unidos após dados de inflação divulgados nos últimos dias não terem dado pistas sobre a intensidade da próxima alta de juros que será realizada pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) na próxima semana.

O mercado está dividido, pois parte aposta em alta nos juros americanos de 75 pontos-bases, mas há expectativas de uma elevação de 100 pb.

Nesta quinta, foi divulgado o número de pedidos de auxílio desemprego nos Estados Unidos na semana até o dia 10 de setembro que caiu para 213 mil. A expectativa do mercado era de 226 mil pedidos, na semana anterior o indicador foi de 218 mil.

Além disso, o índice de atividade industrial Empire State, que mede as condições da manufatura no Estado de Nova York, subiu de -31,3 em agosto a -1,5 em setembro, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela distrital de Nova York do Fed.

O resultado superou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam avanço do indicador a -13,8 neste mês.

Outro dado que foi divulgado nesta quinta-feira nos Estados Unidos foi a produção industrial que teve queda de 0,2% em agosto, na comparação com o mês anterior. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam estabilidade no período.

Além disso, o dado de julho foi revisado, de uma alta de 0,6% frente ao mês de junho para avanço de 0,5%.

No lado positivo, na China o Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) manteve a taxa de um ano para sua linha de crédito de médio prazo em 2,75%, ao fazer uma injeção de 400 bilhões de yuans (US$ 57,45 bilhões) por meio do instrumento financeiro.

Um total de 600 bilhões de yuans em empréstimos de médio prazo venceu nesta quinta, segundo o fornecedor de dados Wind. O BC chinês também injetou 2 bilhões de yuans em liquidez por meio de acordos de recompra reversa de sete dias.

Isso fez a ação da Vale, com grande peso no Ibovespa, se recuperar e figurar entre as maiores altas do índice nestea sessão. A mineradora subiu 2,01%.

No mercado local, os investidores também avaliam a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) o índice IBC-Br, do Banco Central (BC) de julho que veio acima das expectativas.

Segundo os dados, o IBC-Br em julho subiu 1,17% ante crescimento de 0,69% de junho. O consenso do mercado era uma alta de 0,50%.

No comparativo com julho de 2021, o indicador subiu 3,87% e a expectativa do mercado era de uma alta de 2,75%.

No acumulado do ano, a alta no IBC-Br foi de 2,52% e em 12 meses cresceu 2,09%. Na base trimestral, até julho subiu 0,89%.

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