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Ibovespa tem quarta queda seguida com riscos econômicos globais

Índice fechou em baixa de 0,14% acompanhando a piora internacional; o dólar interrompe sequência de alta e recua 0,44%

Ibovespa

Na sexta-feira, a Bolsa subiu 2,20%, aos 110.036 pontos; com isso, o Ibovespa acumulou perda de 1,50% na semana | Foto: Getty Images

Em dia volátil, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, teve a quarta queda consecutiva. Na primeira metade do pregão, no entanto, o índice estava em alta acompanhando a Europa. Mas, no início da tarde, o humor do mercado virou e a bolsa passou a operar no terreno negativo.

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Com isso, o Ibovespa caiu 0,14%, aos 103.109 pontos, com a mínima do dia chegando a 102.386 pontos. O dólar fechou em queda de 0,44%, a R$ 5,13.

Já os índices americanos, que também operaram no terreno negativo no início desta tarde, tiveram comportamento distinto nesta sessão. O Dow Jones recuou 0,27%, o S&P500, no entanto, inverteu a trajetória, e subiu 0,25% assim como a Nasdaq, que avançou 0,98%. As bolsas europeias fecharam em a alta. O Stoxx 50 avançou 0,80%, Frankfurt 1,77%, Londres, 0,35%, Madri 0,09% e a Paris cresceu 0,51%.

Ibovespa também é afetado por ata do Copom

Para Rafael Foscarini, da Belo Investment Research, a divulgação da Ata do Copom, no Brasil, deu um sinal positivo para o mercado, pois, veio em linha com que os investidores esperavam.

“O Banco Central mostra que não vai ser leniente com a inflação e os juros serão elevados a depender do comportamento dos preços no mercado interno”, disse Foscarini. “Não ocorreu grandes surpresas e isso deu um certo alívio para o mercado.”

O Copom avaliou que a sinalização de uma “provável” nova alta da Selic (a taxa básica de juros) – em menor magnitude – na reunião de junho reforça a postura de cautela do colegiado diante das incertezas do cenário.

Na semana passada, o Copom elevou a Selic em 1,00 ponto porcentual, de 11,75% para 12,75% ao ano, a décima alta consecutiva.

“Tal estratégia foi considerada a mais adequada para garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante, assim como a ancoragem das expectativas de prazos mais longos, ao mesmo tempo que reflete o aperto monetário já empreendido, reforça a postura de cautela da política monetária e ressalta a incerteza do cenário”, argumentou o BC.

Foscarini ressaltou, também, que as indicações de que o Federal Reserve, banco central americano, deve manter o ritmo de alta dos juros, em 0,5 ponto percentual, deixa o investidor estrangeiro mais atento ao Brasil.

“Se a perspectiva de elevação fosse maior que a esperada, haveria uma aversão maior ao risco e o Brasil sofreria com isso, mas como veio sem surpresas, causa um certo alívio para o mercado brasileiro.”

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