close

Índice do Banco Central mostra desaceleração da atividade econômica

Índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) desacelera para 0,60% em julho, sob efeito da pandemia de covid-19

Operário com carrinho de carga

Na comparação entre os meses de julho de 2021 e julho de 2020, houve crescimento de 5,53% na série sem ajustes sazonais | Foto: Getty Images

A atividade econômica cresceu no País pelo segundo mês consecutivo em julho, mas em ritmo menor, segundo o Índice de Atividade (IBC-Br) do Banco Central divulgado nesta quarta-feira, 15. O ÍBC-Br é considerado uma prévia do resultado do Produto Interno Bruto (PIB)

O IBC-Br cresceu 0,60% em julho ante junho, na série já livre de influências sazonais, uma espécie de compensação para comparar períodos diferentes. No mês anterior, o avanço havia sido de 0,92% (dado revisado nesta quarta).

Os efeitos negativos da pandemia de covid-19 sobre a foram sentidos principalmente no primeiro semestre do ano passado. Após este período, o IBC-Br passou a reagir, até que a segunda onda provocasse, no início de 2021, novos fechamentos de empresas.

Com isso, o indicador passou a oscilar. Em março, a atividade econômica recuou, mas em abril houve avanço. Maio registrou novo recuo e, em junho e julho, o indicador voltou a subir.

Índice de atividade do Banco Central está no maior nível desde fevereiro

De junho para julho, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 139,68 pontos para 140,52 pontos na série dessazonalizada. Este é o maior patamar desde fevereiro deste ano (140,98 pontos).

A alta do IBC-Br superou a mediana de 0,40% das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast , cujo intervalo ia de queda de 0,30% a avanço de 0,80%.

Comparação interanual

Na comparação entre os meses de julho de 2021 e julho de 2020, houve crescimento de 5,53% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 143,35 pontos em julho, o melhor desempenho para o mês desde 2015 (143,37 pontos).

O indicador de julho de 2021 ante o mesmo mês de 2020 também ficou acima da mediana de 5,00% das projeções (crescimento de 2,40% a 6,50%).

Revisões

O Banco Central revisou nesta quarta-feira dados de seu IBC-Br na margem, na série com ajuste. O IBC-Br de junho foi de alta de 1,14% para 0,92%, enquanto o índice de maio passou de queda de 0,55% para crescimento de 0,60%.

No caso de abril, o índice foi de variação positiva de 0,90% para alta de 0,55%.

O dado de março passou de retração de 1,98% para declínio de 1,77% e o de fevereiro foi de expansão de 1,67% para 1,63%. Em relação a janeiro, o BC alterou o indicador de elevação de 0,66% para 0,51%.

Parâmetro

Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2020 é de crescimento de 4,6%. Esta estimativa será atualizada ainda em setembro, no próximo Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

No último Relatório de Mercado Focus divulgado pelo BC, a projeção é de crescimento de 5,04% do PIB em 2021. O Focus reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro. (AE)

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra