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Inflação e emprego nos EUA reacendem temor nova alta de juros em novembro

Mercado volta a acreditar em nova alta dos juros na reunião do Federal Reserve em novembro, após novos indicadores de preços ao consumidor e emprego

Analistas observa dados

Bolsas caíram na Ásia nesta sexta-feira, assim como ontem em Nova York, após novos dados de emprego e inflação nos EUA | Foto: Getty Images

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta sexta-feira, em meio a preocupações renovadas sobre a trajetória dos juros nos EUA após dados fortes da economia americana. Investidores da região também avaliaram os últimos números de inflação e comércio externo da China. Ontem, as bolsas de Nova York também fecharam o pregão em queda, após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país e indicações de força do mercado de trabalho apontarem para a possibilidade de uma última alta nos juros do Federal Reserve (Fed) e sustentarem a proposta de uma taxa alta por mais tempo.

Liderando as perdas na Ásia hoje, o índice Hang Seng caiu 2,33% em Hong Kong, a 17.813,45 pontos, enquanto o japonês Nikkei recuou 0,55% em Tóquio, a 32.315,99 pontos, o sul-coreano Kospi cedeu 0,95% em Seul, a 2.456,15 pontos, e o Taiex registrou modesta baixa de 0,26% em Taiwan, a 16.782,57 pontos. Na China continental, o dia foi igualmente negativo: o Xangai Composto teve queda de 0,64%, a 3.088,10 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,79%, a 1.905,41 pontos.

Ontem, apostas de que os juros nos EUA ficarão em níveis elevados por mais tempo voltaram a ganhar força após dados da inflação ao consumidor (CPI) americano superarem as expectativas. O mercado de trabalho do país também deu novos sinais de solidez. Como resultado, os juros dos Treasuries voltaram a saltar e as bolsas de Nova York caíram nos negócios de quinta-feira.

Já na China, o CPI ficou estável na comparação anual de setembro, contrariando expectativas de leve alta, enquanto as exportações caíram 6,2% no mesmo período, menos do que se previa. Na Oceania, s bolsa australiana também ficou no vermelho hoje, interrompendo uma sequência de seis pregões de ganhos. O S&P/ASX 200 caiu 0,56% em Sydney, a 7.051,00 pontos.

Temor de nova alta dos juros nos EUA em novembro volta a abalar o mercado

Ontem o índice Dow Jones caiu 0,51%, aos 33.631,21 pontos, o S&P 500 cedeu 0,62%, aos 4.349,61 pontos e o Nasdaq fechou em baixa de 0,63%, aos 13.574,22 pontos. O CPI de setembro dos Estados Unidos avançou 0,4% ante o mês anterior, enquanto a mediana de analistas no Brasil esperavam alta menor, de 0,3%. A taxa anual também veio além do esperado, com avanço de 3,7%, ante expectativa de 3,6%.

Na visão da corretora global Oanda, o CPI se juntou à estabilidade dos número de pedidos de auxílio-desemprego, ante projeção de avanço, e ambos “mantiveram o risco de mais aumentos das taxas do Fed sobre a mesa. O mercado de trabalho recusa-se a quebrar e isso continuará a apoiar a posição do Fed de juros ‘altos durante mais tempo’ em relação às taxas”.

O ING também destaca que os últimos números da inflação deixam em aberto a opção de que o Fed anuncie uma última elevação de juros. “Isso foi principalmente por causa de hotéis e seguros de automóveis, que irão diminuir, mas o Fed vai querer ver evidências claras desse abrandamento antes de se sentir confortável de que a política monetária está suficientemente restritiva”, diz o ING.

Entre as empresas em destaque, a CMC Markets destaca o banco Goldman Sachs, que caiu 1,01%, após a instituição anunciar que concordou em vender sua problemática unidade GreenSky ao grupo de private equity Sixth Street, o que impactará em 19 centavos por ação os seus lucros. “Esse impacto se soma ao impacto de US$ 504 milhões que o banco obteve nos números do segundo trimestre, com a venda prevista para ser concluída no primeiro trimestre do próximo ano”, destaca a análise. Já a Ford caiu 2,04%, após início de uma greve pela United Auto Workers (UAW) em uma fábrica de picape da empresa. Ainda, a Delta Airlines caiu 2,39%, após apresentar balanço trimestral. (AE)

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