Investidores de olho na conversa entre Biden e Xi Jinping

Após três dias de alta, a sexta começa com as bolsas americanas em modestas quedas e a Europa, por estar mais perto da crise geopolítica, caindo mais vigorosamente. Não se sabe se o movimento é uma realização dos movimentos recentes ou a volta dos temores do conflito no leste europeu. Acreditamos que a segunda hipótese é mais plausível.

Com uma agenda internacional fraca, os investidores ficarão de olho nos noticiários sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, que continua sendo o grande trigger dos mercados. Além disso, o presidente Biden tem uma reunião com o Xi Jinping para discutir o posicionamento da China no conflito. Conhecer o pensamento oficial do gigante do oriente é fundamental para analisarmos os cenários futuros da guerra e, consequentemente, dos mercados.

Analisando a precificação dos ativos de risco existentes no mercado, vemos uma certa indecisão dos investidores quanto aos impactos econômicos causados pela guerra. Analistas sugerem que os preços atuais mostram certa vulnerabilidade dos mercados e um receio grande com relação ao futuro. Nada diferente do que esperamos em um cenário geopolítico tão complicado.

Os temores voltam a afetar as commodities nessa manhã. Petróleo e minério de ferro voltam a subir. Especialistas da área continuam acreditando que a tendência é claramente de alta nos próximos dias.

Aqui no Brasil, na última reunião o Banco Central anunciou mais uma alta para a Selic, chegando agora a 11,75%. Mais importante que o anúncio, foi a sinalização da continuação do movimento nos próximos encontros. Esse cenário pode ser benéfico para o Brasil, pois enquanto o mundo enfrentará um juro nominal negativo, a antecipação do movimento brasileiro nos deixará com um nominal positivo.

Uma ótima sexta a todos e bons negócios!