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Jantar de ano novo para começar 2022 com sorte

Escolhas saudáveis e sensatas na comemoração podem sim dar um empurrãozinho para um bom começo de ano

Ceia de ano novo

Alimentos frescos, bem preparados e combinados com uma comemoração responsável podem ajudar a entrar com o pé direito no próximo ano | Foto: Getty Images

O cardápio de ano novo é composto da mesma matéria que toda a tradição em torno da data do calendário gregoriano: anseio por um novo começo, com saúde, sucesso e um ciclo melhor, que se resume no desejo de boa sorte.

Os pratos que se tornaram obrigatórios na ceia dos mais crentes, acaba também sobre a mesa dos mais céticos. Crendo ou não, esses itens carregam histórias, lendas e até propriedades nutricionais que justificam sua presença na refeição que abre o ano novo.

Os mais antigos ensinam que as boas energias começam a ser atraídas na escolha e passam pelo preparo de cada item, que precisa ser servido e aproveitado com corações e mentes voltadas para o melhor para si e para todos. Os profissionais de saúde confirmam que escolher com cuidado o que se vai consumir é presságio para uma refeição mais saudável.

Os nutricionistas acrescentam que, para o ano começar bem desde os seus primeiros dias, é preciso se ater à validade e ao armazenamento do que se vai servir. Os peixes, que simbolizam a prosperidade em muitas ceias (por causa do milagre bíblico da multiplicação), por exemplo, devem ser fresquíssimos, ou, para quem está muito longe do mar, de boa procedência e descongelados no momento do preparo.

Os peixes são ricos em gorduras boas, proteínas, vitaminas, e tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias de substâncias como o ômega-3, presente na alimentação dos povos mais longevos do planeta.

Lentilhas, que para muitos atraem dinheiro, devem ser bem escolhidas e deixadas de molho na água antes do preparo de qualquer receita. E bem cozidas em panela de pressão ou por mais tempo em panela comum. Nutrólogos que atendem atletas que querem abandonar a carne recomendam esse alimento rico (literalmente) em proteína durante o ano todo.

Frutas frescas deixam as mesas mais bonitas e coloridas, devem ser muito bem lavadas, principalmente quando são consumidas com casca, onde se concentram as vitaminas. As romãs, também recomendadas pelos supersticiosos para a data, são fontes importantes de vitamina C, que aumenta a imunidade.

Este é mais um réveillon sob a pandemia. Tudo o que puder ser higienizado com sabão diminui as chances de contágio. Álcool em gel só serve para as mãos e deve ficar distante do forno e do fogão.

Não há literatura sobre significados das cores das máscaras, como outras peças de roupas da ocasião. Mas é fato científico que seu uso ajuda a não espalhar um dos piores agouros dos últimos tempos, a covid. O pesquisador da USP Vanderley John ensina que, na ausência da N95, o melhor para ambientes fechados é combinar as máscaras cirúrgicas e de tecido.

“Em local com risco de aglomeração usar uma dupla, ou combinar com uma uma TNT com uma de tecido com bom fechamento nasal é suficiente”, diz o criador do projeto respire!, da universidade paulista.

Marcar as taças para que não sejam compartilhadas, separar os petiscos em porções individuais e deixar as janelas abertas também são medidas recomendadas para ajudar a afastar a indesejada.

Considerados igualmente auspiciosos, os espumantes trazem no estouro da rolha um prenúncio sonoro de um ano novo que nasce com tudo para ser melhor que o anterior. Mas, adverte a medicina, apenas se consumidos com moderação e acompanhados de água (que também pode conter bolhas comemorativas).

Todo o álcool desidrata o organismo e, depois da segunda taça, sai do que os médicos chamam de consumo seguro. A nutricionista Andryely Pedroso ensina que o organismo não diferencia o tipo de bebida do qual se originou a molécula de etanol que ele recebe. “Passar do limite do consumo moderado de álcool compromete o bom funcionamento do corpo de várias maneiras. Com moderação, nada é proibido.”

Um organismo disposto no primeiro dia do ano é, afinal, um bom começo para o que vier.

Salada de Ano Novo do chef Guilherme Cyrino, do Palácio Tangará

Ingredientes

  • 2 xícaras de lentilha de puy
  • 2 folhas de louro
  • 2 dentes de alho
  • 2 postas de 180 g de bacalhau
  • 1 ramo de alecrim
  • 1 ramo de tomilho
  • 1 pimentão
  • 1 cebola média
  • 1 limão
  • 10 g de cebolinha
  • Azeite de oliva
  • Óleo
  • Farinha de trigo
  • Leite
  • Sal
  • Pimenta

Modo de Preparo

1. Cozinhe as duas xícaras de lentilha com quatro xícaras de água, sal e uma folha de louro por 15 minutos, até os grãos ficarem macios.
2. Cozinhe as postas de bacalhau imersas no azeite de oliva saborizado com uma folha de louro, um ramo de alecrim, um ramo de tomilho e dois dentes de alho no forno a 180 °C, sem deixar ferver, por 20 minutos. O peixe estará pronto quando começar a formar bolhas brancas na superfície ou quando as pétalas das postas começarem a se abrir.
3. Depois de assado, retire o bacalhau do azeite azeite e deixe esfriar.
4. Desfie a posta de bacalhau.
5. Queime o pimentão na boca do fogão, tire a pele, corte em cubos e aqueça no azeite.
6. Marine uma cebola cortada em rodelas finas em uma imersão de leite e suco de limão, para suavizar a acidez. Após marinar a cebola por cerca de 45 minutos, retire da imersão e passe na farinha de trigo, cobrindo toda a superfície das rodelas, e frite em óleo quente.
7. Monte o prato com a lentilha cozida, as postas de bacalhau desfiadas, pimentão, cebolinha picada, sal e pimenta a gosto, e finalize com a cebola crocante e tomates confitados.

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