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Jerome Powell volta a falar após reiterar que Fed não tem pressa de cortar juros

Expectativa é de manutenção das taxas de juros inalteradas na reunião de hoje do BCE; confira os destaques do dia

cotações

O Dólar Futuro apresentou queda de -0,20% no último pregão, cotado a 4.958,00 pontos | Foto: Getty Images

Jerome Powell fala novamente hoje após ter reiterado ontem que o Fed não está com pressa para cortar juro até que batalha contra a inflação esteja vencida.

Análise Técnica:

O Ibovespa apresentou alta de +0,62% no último pregão, cotado a 128.890,23 pontos. O ativo está em tendência neutra no médio e no curto prazo. Na alta, a primeira resistência fica em 131.500 pontos e a segunda em 134.300. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 126.500. O próximo fica na faixa de 122.600 pontos.

O Dólar Futuro apresentou queda de -0,20% no último pregão, cotado a 4.958,00 pontos. O ativo se encontra em tendência neutra no médio e no curto prazo. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.940 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.860. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.035 e a segunda em 5.145.

Exterior:

Bolsas na Europa e futuros nos EUA operam no campo positivo. Em reunião do BCE, que acontece às 10:15h, a expectativa é de manutenção das taxas de juros inalteradas e as atenções ficarão voltadas para a entrevista de Christine Lagarde às 10:45h. Dados de balança comercial da China mostraram bons números de exportação e importação.

Doméstico:

IGP-DI de fevereiro mostrou alta de 0,41%, acima da expectativa de queda de 0,35%. Resultado primário consolidado de janeiro a ser anunciado no início da manhã deve mostrar superávit de R$97 bilhões, de acordo com projeção de consenso de mercado Bloomberg.

Commodities:

Petróleo apresenta baixa (USD82,4/b; -0,70%)
Minério de ferro registrou alta após comentários de autoridades chinesas sugerindo aumento de liquidez com redução de compulsório (USD116,7/t; +1,22%)

Empresas:

Cemig: Romeu Zema diz que Haddad fará um novo modelo para recuperação de estados; governador de Minas se mostra favorável a federalizar a Cemig: Valor / Ainda de acordo com o governador de MG, a nova fórmula será aplicada não somente ao seu estado mas também a outros como Goiás, RS e RJ
CSN: Receita líquida 4T supera estimativas
3R Petroleum: Receita líquida 4T supera estimativas
SLC Agrícola: Receita líquida 4T frustra estimativas
Suzano: Cia e a finlandesa Spinnova assinaram uma carta de intenções sobre uma potencial nova unidade de produção de fibra à base de madeira

Agenda do Dia:

08:00 – Brasil – IGP-DI/Fevereiro
08:30 – Brasil – Dívida líquida/PIB/Janeiro
10:00 – Brasil – Produção e venda de veículos/Fevereiro
10:15 – Zona do Euro – Decisão de juros
10:30 – EUA – Pedidos de auxílio desemprego/Semanal
Balanços: Petrobras, Arezzo, CBA, Fleury, Petz, Track&Field, Vulcabras e Zamp

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 128.890 (+0,62%)
S&P: 5.105 (+0,51%)
Dólar Futuro: R$4,95 (-0,20%)

Atualizações Safra:

Alimentos e bebidas: Secex – mês de fevereiro completo: Grandes volumes de carne bovina; melhorias nos preços de aves e suínos
Os volumes permanecem sólidos em geral, enquanto a dinâmica de preços parece mais animadora para aves e suínos. A Secretaria de Comércio Exterior do Brasil (Secex) divulgou os dados de exportação para todo o mês de fevereiro, com volumes fortes para carne bovina e suína, superando significativamente a média de cinco anos. Enquanto isso, os preços médios continuam pressionados, apesar de observarmos alguma recuperação sequencial nas carnes de aves e suínos. Além disso, os custos dos insumos (preços dos grãos e do gado) continuaram a cair em fevereiro. A melhora nos preços das aves e dos suínos, combinada com os custos mais baixos dos grãos, é um bom presságio para os spreads nos próximos meses, enquanto a carne bovina atualmente se beneficia dos custos mais baixos do gado, embora os preços de exportação continuem pressionados.

Lavvi: Resultados do 4T23 – Impressionantes em todas as áreas
A Lavvi reportou excelentes resultados no 4T23, com os números ficando, em sua maioria, acima de nossas estimativas. O forte desempenho de vendas dos últimos trimestres, aliado a um aumento na participação das vendas de estoques, que impulsionou a expansão de +74% em relação ao ano anterior. Enquanto isso, o maior reconhecimento de alguns desenvolvimentos com margens mais altas contribuiu para uma inspiradora margem bruta ajustada de 36,1%, que – impulsionada pelo ganho de R$22 milhões em equivalência patrimonial do reconhecimento do desenvolvimento do Eden – traduziu-se em uma impressionante expansão de 171% em relação ao ano anterior e ROE anualizado de 28%.
Nossa opinião. Esperamos uma reação positiva do mercado, já que os resultados foram sólidos em todos os setores, ficando acima de nossas estimativas de alta. Enquanto isso, reiteramos nossa recomendação de Compra na LAVV3, nossa principal escolha entre as construtoras de casas de renda média/alta. A Lavvi está sendo negociada a uma avaliação atraente de 4,7x P/L 2025E, enquanto seu sólido balanço patrimonial, alocação conservadora de capital e os níveis de estoque mais saudáveis do setor (10 meses de vendas dos últimos 12 meses) devem ajudar a empresa a resistir a qualquer vento macro desfavorável.

Grupo Mateus: Resultados do 4T23 – Crescimento aliado a margens mais altas e melhor ciclo de caixa
O Grupo Mateus registrou um crescimento de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior (1% acima da estimativa do Safra), devido a um aumento de 9% nas vendas em mesmas lojas, apesar da tímida inflação de alimentos (+1% nos últimos 12 meses), juntamente com 26 novas lojas em 12 meses. Além disso, o EBITDA ajustado aumentou 48% em relação ao 4T22, com uma margem EBITDA 100 pontos-base maior do que a do 4T22, devido à melhora da margem bruta e maiores incentivos de fornecedores. Vale ressaltar que o lucro líquido ajustado totalizou R$332 milhões, um aumento de 61% em relação ao ano anterior. Outro destaque foi a melhora de 3 dias em relação ao ano anterior no ciclo de caixa, principalmente relacionada a um aumento de 10 dias nos prazos de pagamento com fornecedores. Em termos de alavancagem, o GMAT encerrou o 4T23 com uma posição de dívida líquida de R$490 milhões (ou uma relação dívida líquida/EBITDA de 0,3x), o que equivaleu a uma redução de R$172 milhões no trimestre devido ao melhor ciclo de caixa.
Nossa opinião. Vemos os resultados como positivos, uma vez que a empresa manteve seu sólido ritmo de crescimento, com melhores margens e um ciclo de caixa mais curto (redução de 3 dias em relação ao ano anterior). Em suma, mantemos nossa recomendação de Compra e o preço-alvo de R$ 8,7/ação.

Guararapes – 4T23: Melhores resultados com a Midway levam a uma melhora no EBITDA
A Guararapes apresentou uma sólida melhora em relação aos nossos números devido à melhora dos resultados da Midway, com redução de custos e diminuição das taxas de inadimplência. A receita operacional líquida da GUAR foi de R$2,7 bilhões, um aumento de 5% em relação ao ano anterior (em linha com o Safra), enquanto o EBITDA de R$518 milhões foi 33% maior em relação ao ano anterior (19% acima da estimativa do Safra) devido a resultados melhores do que o esperado em serviços financeiros. As receitas do varejo aumentaram 6% em relação ao ano anterior (em linha com o Safra), explicado principalmente pela melhor dinâmica de consumo e bases comparáveis mais fáceis relacionadas ao evento da Copa do Mundo no 4T22. Com as vendas crescendo em linha com a inflação, a margem EBITDA do varejo permaneceu estável em relação ao ano anterior, em 17%. As vendas intermediárias cresceram apenas 4% em relação ao ano anterior, refletindo a política de crédito mais rígida, mas o EBITDA aumentou de R$15 milhões no 4T22 para R$125 milhões, impulsionado por uma redução nos custos e uma queda de 70bps em relação ao ano anterior nas taxas de inadimplência de 15 a 90 dias.
Nossa opinião. Vemos o resultado como positivo devido à sólida batida em nossos números, o que foi explicado principalmente pelo desempenho operacional da Midway. Apreciamos a sólida geração de fluxo de caixa e as melhorias no P&L de serviços financeiros, mas o desempenho inferior do crescimento das vendas em comparação com seus pares, juntamente com margens ainda pressionadas na frente de varejo e múltiplos pouco atraentes (24x 2024E P/L), nos faz manter nossa recomendação neutra.

Taesa: Resultados do 4T23 – Resultados gerais abaixo das expectativas; anúncio de dividend yield de 3,3%
A Taesa reportou um EBITDA regulatório de R$484 milhões (+4,2% ano a ano, excluindo resultado de equivalência patrimonial), 7,8% abaixo da nossa estimativa e 2,3% abaixo do consenso. O lucro líquido de R$301 milhões (-22,2% ano a ano) ficou 4,3% acima da nossa estimativa e 10,9% abaixo do consenso. A empresa também propôs a distribuição de dividendos adicionais de R$1,13/unit (dividend yield de 3,3%), implicando em um payout de 104% para o resultado regulatório de 2023, com data ex em 6 de maio, a ser aprovado na assembleia geral de acionistas (29 de abril).

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