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O discurso ‘dovish’ de Jerome Powell e os destaques desta quinta-feira

O presidente do Fed, Jerome Powell, disse ser “provável que haja corte nas taxas de juros em algum momento deste ano”; confira os destaques do dia

O Federal Reserve anunciou a manutenção dos juros no patamar entre 5,25% e 5,5%

Manutenção dos juros no patamar entre 5,25% e 5,5% em decisão de ontem veio acompanhada com um discurso dovish do Powell, citando o mercado de trabalho e salários retomando para nível associado à inflação de 2%, embora reduzido as chances de um início de cortes já na reunião de março.

O presidente do Fed, Jerome Powell, disse em entrevista após a decisão que “é provável que haja corte nas taxas de juros em algum momento deste ano”. Ele afirmou também que “a inflação diminuiu, e isso é uma notícia muito boa”. Powell destacou que já estão sendo vistos os efeitos do aperto monetário na inflação.

Análise Técnica:

O Ibovespa apresentou alta de +0,28% no último pregão, cotado a 127.752,28 pontos. O ativo está em tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 130.200 pontos e a segunda em 135.000 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 125.500. O próximo fica na faixa de 122.500 pontos.

O Dólar Futuro apresentou queda de -0,14% no último pregão, cotado a 4.961 pontos. O ativo se encontra em tendência neutra no médio e no curto prazo. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.845 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.705. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.000 e a segunda em 5.130.

Exterior:

Bolsas na Europa operam em baixa e futuros nos EUA apontam para uma leve recuperação. Agenda do dia conta com dado de atividade na indústria em janeiro nos EUA, com expectativa de ligeira expansão e de gastos com construção em dezembro.

Doméstico:

O Banco Central brasileiro reduziu a taxa Selic em 0,5pp, para 11,25%, dentro das expectativas de mercado, e manteve a indicação de novos cortes de 0,5pp para as próximas reuniões, citando os mesmos riscos apontados no comunicado passado.

Commodities:

Petróleo apresenta queda (USD81,1/b; -0,67%)
Minério de ferro registrou alta (USD130,8/t; +0,78%)

Empresas:

Petrobras: Cia recebe R$ 1,82 bi por earnout do bloco de Sépia e Atapu
StoneCo: Cia rebaixada a neutra por UBS

Agenda do Dia:

10:30 – EUA – Pedidos de auxílio desemprego
11:45 – EUA – PMI Manufatura/Janeiro
12:00 – EUA – Gastos com construção/Dezembro
12:00 – EUA – ISM manufatura/Janeiro

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 127.752 (+0,28%)
S&P: 4.846 (-1,61%)
Dólar Futuro: R$4,96 (-0,14%)

Atualizações Safra:

Arezzo&Co e Grupo Soma: Em busca do guarda-roupa completo

No dia 31 de janeiro, o Grupo Soma (“SOMA”) e a Arezzo (“ARZZ”) emitiram um aviso confirmando as especulações da mídia sobre uma potencial fusão entre eles, sem fornecer maiores detalhes além dos seguintes: (i) a transação será realizada por meio de uma troca de ações; e (ii) com relação à governança, o CEO da ARZZ, Alexandre Birman, será o CEO da NewCo, enquanto o CEO da SOMA, Roberto Jatahy, será responsável pela divisão de vestuário feminino. Com relação à relação de troca ou a outros detalhes, como sinergias, há apenas especulações. De qualquer forma, acreditamos que a fusão será positiva e criará valor para os acionistas de ambas as empresas, já que as sinergias podem ser significativas. Por fim, em nossa opinião, após a recente reação do mercado, as ações da SOMA já precificaram uma maior probabilidade de concretização do negócio.

Santander Brasil: Resultados do 4T23 – Lucro abaixo do esperado, queda de receita e volatilidade na qualidade dos ativos

O 4T23 do Santander Brasil ficou abaixo de nossas estimativas de maiores custos de risco. Ainda assim, os números mostraram resultados operacionais mais fortes do que o esperado, especialmente devido a melhores tendências de receitas, apesar de alguma volatilidade na formação de NPL. Isto, na nossa opinião, é uma leitura positiva para o setor, uma vez que as receitas foram a maior decepção no terceiro trimestre para os bancos em geral, enquanto cada interveniente mostrou tendências específicas na qualidade dos ativos. Para 2024, prevemos uma recuperação do ROE, embora a qualidade dos ativos deva permanecer volátil devido ao aumento da carteira renegociada nos últimos dois anos. Dessa forma, reiteramos recomendação neutra para o Santander Brasil e mantemos o Itaú Unibanco como nossa principal escolha entre os bancos, devido a resultados mais consistentes e melhor desempenho com maiores expectativas de dividendos.

Allos: Conclusões do Dia do Investidor

No dia 31 de janeiro, a Allos realizou o Investor Day 2024, com a participação da alta administração da empresa. No geral, os executivos discutiram questões-chave relacionadas à estrutura pós-fusão da empresa, ganhos de sinergia, recentes fusões e aquisições e alocação de capital planejada para os próximos anos.
Nossa opinião. Neutro para a nossa tese de investimento, pois não houve novidades significativas. No entanto, reforçamos a nossa recomendação de Compra para as ações da empresa devido ao seu histórico inspirador de atividades de fusões e aquisições bem-sucedidas, equipe de gestão experiente, alocação de capital assertiva e estrutura de capital mais saudável após as recentes vendas de ativos.

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