Laser Fast investe na democratização para avançar na depilação a laser

Para liderar o mercado brasileiro de depilação a laser, cujo potencial é de R$ 17,4 bilhões nos próximos dois anos, a aposta da novata Laser Fast é na democratização.

A companhia fundada em 2018 chegou a 175 lojas próprias em todo o Brasil, apoiada por 1.600 colaboradores. Destes, 98% são mulheres.

Competindo diretamente com a Espaçolaser – que entrou na B3 em 2021 -, a companhia investe em tecnologia para atender a todos os fototipos de pele.

Isso, conforme a empresa, que mira uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) até 2025, é uma vantagem competitiva frente à maior concorrente.

Adicionalmente, a empresa facilita as condições de pagamento, utilizando o sistema de cartão recorrente. Hoje, 65% dos pacotes de serviços e vendas de produtos de beleza próprios são fechados pela internet.

Além disso, a empresa trabalha com a desmitificação sobre males da depilação a laser, tanto para adultos quanto para adolescentes.

Algumas pessoas, inclusive, se tornam clientes a partir dos 12 anos de idade, com autorização dos responsáveis.

“Não dói nada, não machuca como os outros métodos que são quase medievais como a lâmina, que pode causar irritações na pele, pode cortar, causar foliculites ou pelos encravados. Sem contar a cera, que dói muito”, diz David Pinto, CEO da Laser Fast e cofundador junto com sua esposa, Rebeca Pinto.

Potencial de mercado

Embora seja um dos maiores mercados de beleza do mundo, o Brasil ainda engatinha quando o assunto é depilação a laser. Segundo a consultoria Bain & Company, o método utilizado por Laser Fast e Espaçolaser detém atualmente apenas 7,8% do ramo de depilação no País.

A consultoria estima que esse mercado movimenta cerca de R$ 35,8 bilhões por ano no Brasil. Desses R$ 6,4 bilhões giram com o método a laser.

A projeção de que esse mercado atinja R$ 17,4 bilhões em 2024 está condicionada a uma expectativa de que a penetração do laser na área seja de 23%.

"Se comparado a EUA, Espanha e outros países mais desenvolvidos, nós temos muito por fazer ainda. Eles estão com 50% a 60% de oferta disponível para a população", diz David.

O executivo lembra que grande parte (cerca de 95%) do público que consome a depilação é feminino. Logo, há espaço para que o tratamento cresça entre os homens, caso o preconceito - maior entrave a esse crescimento - seja vencido.

Recentemente, a atriz e modelo Camila Queiroz, juntamente com seu marido e também ator Klebber Toledo, foram contratos como rostos da marca para ajudar a alavancar a imagem e projeção.

Além deles, são realizadas ações pontuais com cerca de 30 influenciadores locais espalhados pelo Brasil a cada mês. A verba destinada ao marketing neste ano é de R$ 20 milhões.

Estratégia democrática da Laser Fast

Entre as metas da Laser Fast está encerrar 2022 com 250 unidades próprias em território nacional. No próximo ano, a meta é chegar a 330 lojas e, em 2024, a 400 pontos comerciais e alcance faturamento de R$ 1 bilhão.

Dentro do intervalo de dois a três anos, inclusive, está a projeção de um IPO, que pode vir a acontecer tanto na B3, quanto em alguma bolsa estrangeira, uma vez que a ideia é internacionalizar as operações.

O ticket médio é de R$ 1.800, e a empresa lança mão do sistema de cartão de crédito recorrente, com parcelamento em até 18 vezes.

"Essa é uma forma de facilitar a entrada de um público novo que talvez não pudesse consumir o serviço”, explica David.

Política de equidade reconhecida pela ONU

Desde agosto de 2020, a companhia é signatária Women's Empowerment Principles, selo concedido pela Organização das Nações Unidas (ONU) a corporações que promovem a equidade de gênero e o empoderamento feminino.

Hoje, um grupo de 300 empresas brasileiras contam com essa chancela da ONU. As mulheres compõem 98% da força de trabalho na Laser Fast.