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Leilão de transmissão de energia tem deságio médio de 38,2% em seis lotes

A Taesa foi a grande vencedora do dia, levando os dois maiores lotes ofertados no leilão de 710 quilômetros de linhas de transmissão e subestações de energia

Linhas de transmissão

Investimentos de R$ 3,5 bilhões serão realizados nos estados de Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rondônia e São Paulo | Foto: Getty Images

O leilão de transmissão realizado na manhã desta sexta-feira, 16, na B3 em São Paulo foi concluído, com a negociação dos seis lotes ofertados ao mercado no certame organizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O deságio médio foi de 38,2%, considerando os lances vencedores para cada um dos projetos.

Juntos, os lotes propiciarão aos empreendedores uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 373,367 milhões, abaixo da a RAP Máxima do total de lotes ofertados no certame é de aproximadamente R$ 604 milhões.

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Foram vencedores os empreendedores que ofereceram as menores RAPs para construir e operar os empreendimentos.

A Taesa foi a grande vencedora do dia, levando os dois maiores lotes ofertados – de números 3 e 5. Ao sair vitoriosa dessas duas disputas, a empresa não fez lances pelos demais ativos, embora tenha se habilitado.

Empresas vencedoras farão investimentos de R$ 3,5 bilhões em linhas de transmissão e subestações

A EDP Energias do Brasil venceu a disputa pelo lote 2, a Cemig conquistou o lote 1 e a Usina Termelétrica (UTE) Norte Fluminense S.A, da francesa EDF, venceu o lote 4.

O Consórcio Olympus XIV, formado por Alupar Investimentos S.A. e Mercury Investiments Participações, ligado à Perfin, ganhou a disputa pelo lote 6.

No total, foram ofertados 710 quilômetros de linhas de transmissão e subestações com 3.650 MVA em capacidade de transformação, além da manutenção da prestação do serviço público de transmissão de 743 km de linhas de transmissão e 2,2 mil MW em subestações conversoras, localizados em 9 Estados: Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rondônia e São Paulo. Os investimentos são estimados em cerca de R$ 3,5 bilhões.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que o deságio médio de 38,9% se reverterá em cerca de R$ 5,8 bilhões de modicidade tarifária para os consumidores.

Os seis lotes arrematados no certame resultaram em deságios que variaram de 15,05% a 50,73%. O menor deságio, porém, foi referente ao lote 6, que enfrenta uma contestação juídica pela ISA Cteep, atual detentora da concessão que não concordou com a relicitação.

André Patrus, gerente Executivo da Secretaria Executiva de Leilões, destacou a competição que houve no leilão, com participação de vários players.

“E os vencedores foram companhias sólidas, com bastante reputação de mercado, o que dá um sinal promissor de que os investimentos serão realizados de forma tempestiva, adequada. O maior investimento foi da Taesa, na ordem de R$ 2,2 bilhões, seguido pelo Olympus XIV, do lote 6, na ordem de R$ 500 milhões”, disse Patrus. (AE)

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