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Carteira de Crédito Privado para dezembro inclui Hypera e Mercado Livre

Carteira recomendada de crédito privada do Banco Safra inclui certificados de recebíveis imobiliários do Mercado Livre e da Hypera

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Saíram da carteira os ativos da Localiza e da CCR, por conta da baixa liquidez no mercado secundário, mas o Safra manteve a visão de crédito positiva para as duas companhias | Foto: Getty Images

Neste mês de dezembro, a carteira de crédito privado do banco Safra conta com dois novos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), do Mercado Livre e da Hypera Pharma. O CIR do Mercado Livre tem vencimento em 2027, e o da Hypera em 2029. Saíram da carteira os ativos da Localiza e da CCR, por conta da baixa liquidez no mercado secundário, mas o Safra manteve a visão de crédito positiva para as duas companhias.

Além dos dois ativos que entraram, a carteira contém o CRA (Crédito de Recebíveis do Agronegócio) da BRF com vencimento em 2032, a debênture de CSN Mineração, com vencimento também em 2032, e o CRA de Klabin, com vencimento em 2034. Assim, o Safra estima uma duration média de 6 anos e um rendimento médio de 107% do CDI.

Saiba mais

O Safra ressalta a boa diversificação setorial da carteira, que está exposta ao varejo, alimentação, farmacêutico, mineração e papel e celulose. O setor farmacêutico é estreante na carteira e está representado pela Hypera Pharma. É uma boa opção para investidores que buscam nomes defensivos, por ser um setor que vem apresentado um crescimento real, isto é, acima da inflação.

Já o Mercado Livre, estreante na carteira, está posicionado entre os maiores players de e-commerce na América Latina, com destaque para o seu ecossistema integrado de atuação, abrangendo desde o marketplace até a logística, anúncios e mecanismos de pagamento e crédito.

Visão Macroeconômica da Carteira de Crédito Privado para dezembro

Desempenho da economia: o cenário de aperto monetário e restrições no crédito diante do crescimento da inadimplência, reforça expectativas de desaceleração da atividade econômica no segundo semestre. Entretanto, essa desaceleração deve ocorrer de forma desigual entre os setores, de um lado, serviços vem superando as expectativas do mercado e, de outro lado, a indústria da transformação sente os efeitos de uma demanda interna fraca.

De acordo com os indicadores de alta frequência do IBGE, o setor de serviços cresceu 0,9% na comparação setembro vs. agosto e está 11,8% acima do nível pré -pandemia (fev/2020). É 5º mês de crescimento consecutivo, e a discussão agora se dá pelo ritmo de crescimento desse setor em meio a um ambiente com inflação ainda alta. A surpresa em setembro foi o setor de varejo, que cresceu de 1,5% vs. agosto e foi influenciado positivamente pelo pagamento do auxílio social. Por último, a indústria da transformação caiu 1,3% (set vs. ago), explicado pela demanda mais fraca.

Inflação: o IPCA de novembro subiu 0,41% (vs. 0,59% em setembro), acumulando alta de 5,9% nos 12 meses (vs. 6,47% em outubro). Os dados mostram uma inflação ainda persistente, após as deflações registradas nos meses anteriores, influenciadas pela redução do ICMS em combustíveis e tarifa elétrica. Os setores com maiores impactos no IPCA foram Alimentação e Transportes, este último afetado pelo aumento no preço dos combustíveis.

Política Monetária: nas últimas semanas, o desdobramento da PEC da Transição agitou o mercado de juros e levou o DI Futuro a alcançar máximas. Por trás disso tudo, está o receio quanto ao impacto da PEC nas contas públicas e a dificuldade em se definir um arcabouço fiscal, que evitaria o aumento do endividamento público, desvalorização cambial e, possivelmente, mais alta de juros. O Banco Central, por sua vez, mantém uma postura de cautela e vigilância, deixando margem para um eventual aumento de juros caso a inflação não convirja para a meta.

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