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Investimentos em produtos ESG se destacam pelo potencial de valorização

Especialistas falam sobre oportunidades para empresas e investidores no campo dos investimentos ESG no 1º dia do Safra Trends, organizado pelo Safra

Safra Trends

Marcelo Poli, Vivian Lee e Tatiana Gomes analisaram o cenário de investimentos na agenda ESG | Foto: Divulgação  

Investimentos financeiros ligados à agenda ESG (com preocupações ambientais, sociais e de governança) têm potencial de valorização alto em função das mudanças na sociedade que colocam o tema na ordem do dia. Segundo Vivian Lee, gestora de recursos independente Ibiuna Investimentos, a primeira emissão atrelada às boas práticas no Brasil, em 2015, foi de US$ 500 milhões. No ano passado, o valor em carteira desse mercado chegou a US$ 16 bilhões.    

“É um mercado que tem crescido muito, mas ainda é pequeno quando comparado ao valor total das emissões totais”, afirma a especialista, defendendo que existe muito espaço para a entrada das empresas.  O tema foi abordado no primeiro dia do Safra Trends 2023, promovido pelo Banco Safra para debater as oportunidades de investimento para o atual cenário da economia.

O evento contou com o painel “Finanças sustentáveis: ESG, as letras que mudarão o jogo”, do qual também participaram Maria Sosa Taborda, coordenadora regional para América Latina e Caribe da UNEP-FI (Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) e Tatiana Gomes, economista e estrategista da Safra Asset.

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Segundo Vivian Lee, há oportunidades para investimentos em infraestrutura, energia limpa e saneamento no Brasil e isso deve atrair, cada vez mais, os investidores estrangeiros. “O agronegócio do Brasil oferece muitas oportunidades neste setor”, afirmou.

Para Tatiana Gomes, as mudanças estão acontecendo de forma rápida tanto no mundo quanto no Brasil. “A inovação é resultado da legislação e dos produtos oferecidos, pois existe uma pressão forte de fora e do público em geral”, afirma Tatiana.

Segundo ela, em 2019 a Europa começou a colocar as questões de sustentabilidade em prática e atraiu a atenção do mundo. “Quem quer negociar com a Europa hoje, precisa seguir boas práticas. Isso coloca todo mundo em pé de igualdade”, comenta ela.

Maria Sosa Taborda disse que o Brasil é pioneiro quando o assunto regulação de investimentos ESG. Segundo ela, em 2014  o Banco Central editou a primeira regulação para questões ambientais. Em 2021, a autoridade monetária anunciou uma atualização sobre o tema.

“Quando se olha para um banco e para o financiamento de grandes projetos, as questões ambientais e sociais são avaliadas a fundo, para mitigar o risco”, disse ela. “O setor financeiro é um catalizador e facilitador para que se tenha empresas mais responsáveis do ponto de vista social, ambiental e de governança”.

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