Emprego mais fraco nos EUA eleva chance de corte de juro

Enquanto a atividade econômica não mostrou grandes alterações nos Estados Unidos desde o fim de novembro, o mercado de trabalho apresentou sinais adicionais de arrefecimento e algumas regiões do país notaram alguma pressão nos preços, de acordo com o Livro Bege, documento divulgado pelo Federal Reserve (Fed).

Dos doze distritos que compõem o Banco Central americano, a maioria reportou poucas mudanças no desempenho da atividade econômica desde o fim de novembro. Houve algum alívio sazonal por parte dos consumidores durante as férias e a atividade industrial também diminuiu.

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De acordo com alguns distritos, os juros elevados têm limitado as vendas de automóveis e os negócios no mercado imobiliário. “No entanto, a perspectiva de queda das taxas de juros foi citada por numerosos contatos em vários setores como fonte de otimismo”, aponta o documento.

Desde o fim de novembro, quando foi divulgada a versão anterior do Livro Bege, o Fed também nota que preocupações com o mercado de escritórios, o enfraquecimento da demanda, e o ciclo político de 2024 foram fatores citados como fontes de incerteza para a economia. “No geral, a maioria dos distritos indicou que as expectativas de suas empresas para o crescimento futuro eram positivas, tinham melhorado ou ambos.”

Emprego nos EUA mostra resiliência

A resiliência do mercado de trabalho também foi apontada. A maioria dos distritos do Fed descreveu pouca ou nenhuma mudança nos níveis de emprego desde o fim de novembro; alguns apontaram que o ritmo de crescimento do emprego foi de modesto a moderado; e poucos distritos continuaram a apontar para um mercado de trabalho apertado.

“No entanto, quase todos os distritos citaram um ou mais sinais de arrefecimento do mercado de trabalho”, mostra o Livro Bege, ao indicar, ainda, que as empresas de muitos distritos esperam uma diminuição das pressões salariais.

Em relação à inflação, alguns distritos notaram que houve um aumento ligeiro ou modesto nos preços, de acordo com o documento, enquanto outros observaram que a pressão inflacionária diminuiu um pouco em relação ao fim de novembro.

Além disso, as regiões apontaram que o aumento da sensibilidade dos consumidores aos preços forçou varejistas a estreitarem as margens de lucro e a recuar nos esforços dos fornecedores para um aumento dos preços. (Valor Econômico)

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