Magalu é alternativa para aproveitar crescimento do comércio eletrônico

Desde a sua máxima histórica, registrada em julho de 2021, a Magazine Luiza enfrenta um cenário extremamente desafiador. Os acionistas da empresa viram o preço de suas ações se deteriorarem de R$ 23,90 para R$ 3,71 em questão de meses. Analisando os motivos desse movimento vigoroso do papel, destacamos:

• A inflação crescente e a destruição do poder de compra do brasileiro, fizeram com que o nosso banco central elevasse a taxa de juros da mínima histórica para 12,75%. Esse movimento pode ser considerado como o grande responsável pela queda, dado que as ações da empresa sempre foram precificadas com um lucro futuro muito alto e o aumento dessa “taxa de desconto” afeta o presente. Por esse viés, o movimento é matemático e racional.

• O aumento da concorrência no e-commerce fez com que a participação da Magazine Luiza caísse de forma considerável. Empresas nacionais e internacionais começaram a investir no Brasil, aumentando a qualidade dos serviços e reduzindo as margens obtidas.

• A perda do poder de compra do brasileiro, aliado ao alto desemprego e desaceleração econômica, prejudicou muito as vendas de todo o setor de varejo e, consequentemente, da empresa.

Pois bem, analisado o passado, o importante é olhar para o futuro. Ao contrário do que a história recente conta, os próximos anos devem ser muito promissores para o setor e, especialmente, para a Magalu. Nossa principal escolha, pois vemos a empresa bem-posicionada para permanecer com uma participação de mercado relevante (18% em 2025 contra 21% em 2021) e acreditamos que sua ampla oferta de serviços e soluções deve melhorar a taxa de aceitação em seu mercado (para ~15% dos atuais 10%) permitindo uma expansão da margem EBITDA de 4,2% em 2021 para 7,5% em 2025, que é a principal alavanca para a expansão do EPS.

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Magazine Luiza tem recomendação de compra e preço alvo de R$ 7,3 por ação

A recomendação de compra do papel é sustentada por fortes argumentos e um preço alvo de R$7,3, oferecendo uma estratégia de investimento interessante. Porém, os riscos da tese devem ser levados em consideração antes de qualquer alocação. A questão chave está relacionada à expansão das margens e consequente geração de caixa. As empresas gastaram muito para promover seus marketplaces com incentivos aos vendedores (menor taxa de aceitação) e despesas de marketing/vendas. Nossa suposição de caso base é que, além da expansão do mercado, a taxa média de aceitação deve atingir um nível de 10% a partir dos atuais 10%. Caso não se concretize e a taxa de tomada permaneça estável, deve haver um impacto negativo médio no valor do patrimônio-alvo das empresas de ~25%, reduzindo drasticamente o potencial de valorização de todas as empresas.

Do lado fundamentalista estamos bem embasados, tanto nos cenários de lucro, quanto dos riscos envolvidos. Já do lado técnico, devemos destacar que a empresa possui uma das maiores volatilidades do mercado e isso deve ser aproveitado pelo investidor.

Existem duas formas de nos beneficiarmos desse cenário. A primeira é através das estratégias de renda recorrente, que permitem o investidor rentabilizar suas ações com uma taxa inicial (que será extremamente atraente, dado a volatilidade alta) e ainda participar da alta até certo ponto. Nessa linha, o investidor não possui proteção contra a queda, mas recebe um valor inicial considerável. Para os investidores que desejam fazer sua exposição no setor, mas não querem correr o risco da contra tese, a recomendação é fazer a compra do papel junto com a Collar Kin, deixando seu capital 100% protegido e ainda oferecendo uma participação muito relevante na alta.