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Maioria das mortes poderia ter sido evitada nos EUA

Coordenadora do combate à covid na gestão de Donald Trump diz que mais de 450 mil morreram por falta de ação das autoridades

estatua da liberdade com máscara

Número de mortes confirmadas nos EUA está se aproximando de 550 mil, segundo a Johns Hopkins University | Foto: Getty Images

A maioria das mortes por covid-19 nos Estados Unidos poderia ter sido evitada, declarou Deborah Birx, que atuou como coordenadora da resposta ao coronavírus do ex-presidente Donald Trump.

Em entrevista à rede de televisão CNN ela ajudou uma polêmica que tende a crescer, sobre as responsabilidades das autoridades em relação às respostas apresentadas para a pandemia, e sobre a quantidades de mortos que poderiam ter sido evitadas se a doença fosse encarada com a devida seriedade e sem atitudes negacionistas desde o seu início.

“Houve cerca de 100 mil mortes que vieram desse surto inicial. Todas as outras, na minha opinião, poderiam ter sido mitigadas ou diminuídas substancialmente, se as cidades e Estados tivessem aplicado o que aprenderam com o aumento inicial de mortes”, disse Birx.

O número de mortes confirmadas nos EUA está se aproximando de 550 mil, de acordo com a Johns Hopkins University.

Infecções voltar a crescer em Nova York

Um ano depois de se tornarem o epicentro global da pandemia de coronavírus, Nova York e Nova Jersey estão de volta no topo da lista de Estados com as maiores taxas de infecção.

Mesmo com a campanha de vacinação se acelerando, o número de novas infecções em Nova Jersey aumentou 37% em pouco mais de um mês, para cerca de 23.600 a cada sete dias.

Cerca de 54.600 pessoas em Nova York testaram positivo para o vírus na semana passada, número que começou a aumentar recentemente.

Os dois Estados agora ocupam a posição 1 e 2 em novas infecções per capita entre os Estados dos EUA. Nova Jersey tem relatado cerca de 647 novos casos para cada 100 mil residentes nos últimos 14 dias. Nova York tem uma média de 548.

A situação em Nova York e Nova Jersey reflete uma tendência nacional de aumento do número de casos nos últimos dias. Os EUA têm uma média de quase 62 mil casos por dia, contra 54 mil duas semanas atrás.

Hora de repensar políticas de saúde

Nenhum dos Estados está experimentando nada parecido com o que viram na primavera do Hemisfério Norte passada, quando hospitais – e necrotérios – estavam transbordando. E como o restante do país, ambos estão em um lugar muito melhor do que em janeiro, no auge do pico de inverno da pandemia no Hemisfério Norte.

Mas a falta de melhora ou mesmo retrocesso da disseminação da doença nas últimas semanas intensificou preocupações de que os Estados estão se abrindo rápido demais e as pessoas estão baixando muito a guarda, assim como variantes potencialmente mais contagiosas do vírus estão circulando mais amplamente.

“Quando estamos vendo nivelamento de casos ou aumento, é a hora de repensar as políticas”, disse Roy Gulick, chefe da divisão de doenças infecciosas na Weill Cornell Medical College e no Hospital New York-Presbyterian/Centro Médico Weill Cornell. (AE)

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