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Mercado em clima de cautela com resultados das empresas de tecnologia nos EUA e da indústria na China

Agenda do Dia tem decisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil, além de dados do mercado de trabalho e atividade industrial na economia americana

O Dólar Futuro apresentou queda de -0,07% no último pregão, cotado a 4.950,50 pontos

Mercados operam em queda com cautela após resultados corporativos mais fracos de empresas de tecnologia nos EUA e com dado de atividade na indústria abaixo do esperado na China.

Análise Técnica:

O Ibovespa apresentou queda de -0,86% no último pregão, cotado a 127.401,81 pontos. O ativo está em tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 130.200 pontos e a segunda em 135.000 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 125.500. O próximo fica na faixa de 122.500 pontos.

O Dólar Futuro apresentou queda de -0,07% no último pregão, cotado a 4.950,50 pontos. O ativo se encontra em tendência neutra no médio e no curto prazo. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.825 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.745. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.000 e a segunda em 5.110.

Exterior:

Agenda do dia conta com dado do mercado de trabalho (com expectativa de criação de 150 mil vagas de trabalho) e atividade na indústria (com expectativa de 48, o que significa uma retração) nos EUA, além de decisão de juros pelo Fed, com expectativa de manutenção nos juros.

Doméstico:

Decisão de juros é destaque da agenda local. O Banco Central brasileiro deve reduzir em 0,5pp a taxa de juros, levanto a Selic para 11,25% e a expectativa fica para a manutenção do guidance de cortes para as próximas reuniões.

Commodities:

Petróleo apresenta queda (USD81,9/b; -1,19%)
Minério de ferro registrou queda (USD129,5/t; -2,51%)

Empresas:

Vale: Governo aceita discutir caminhos para receber parte de outorgas de Vale e MRS, diz ministro dos Transportes, Renan Filho: Reuters
Copel: Cia planeja investir em geração eólica e solar e expandir seu negócio de distribuição de energia à medida que busca diversificar suas operações além da energia hidrelétrica, disse o CEO
Embraer: Cia entregou 75 jatos no quarto trimestre, 25 comerciais e 49 executivos
Even: Banco Santander elevou a Even para outperform
Tecnisa: Santander rebaixou a Tecnisa a underperfom
EZTec: Santander rebaixou a Cia a neutra
Natura: Citi eleva a Natura a compra

Agenda do Dia:

09:00 – EUA – Pedidos de hipoteca/Janeiro
10:15 – EUA – Variação empregos ADP/Janeiro
11:45 – EUA – PMI Chicago/Janeiro
16:00 – EUA – Decisão de juros
18:30 – Brasil – Decisão de juros

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 127.402 (-0,86%)
S&P: 4.925 (-0,06%)
Dólar Futuro: R$4,95 (-0,07%)

Atualizações Safra:

E-commerce: prévia de lucros do 4T23 – MELI deve ser o destaque positivo em outro trimestre difícil para BHIA e MGLU

Esperamos que o MELI seja o destaque positivo de nosso universo de cobertura de e-commerce, com forte crescimento da receita, combinado com ganhos de margem EBIT e de margem líquida na temporada de lucros do 4T23. Por outro lado, esperamos que o Magalu e o Grupo Casas Bahia continuem a ser afetados negativamente por condições macroeconômicas difíceis, principalmente em e-commerce de produtos próprios (1P) e lojas físicas, que são altamente expostos a eletrônicos e eletrodomésticos, levando a uma queda de receita de 3% e 17%, respectivamente. Em termos de margens, os resultados da BHIA devem ser impactados negativamente pelos ajustes relacionados ao processo de turnaround (EBITDA -84% em relação ao ano anterior), enquanto esperamos uma melhora no EBITDA da MGLU (+16% em relação ao ano anterior), impulsionada por uma margem bruta maior. Por fim, ambas as empresas devem registrar mais um trimestre com pressão no resultado, uma vez que as altas taxas de juros pesam sobre as despesas financeiras (juros sobre empréstimos e custo de pré-pagamento de recebíveis).

Alimentos e Bebidas – Feedback da J. Safra Food Conference 2024 e prévias do quarto trimestre

Em 24 de janeiro, realizamos nossa J. Safra Brazil Conference 2024 com executivos da JBS (Recomendação: compra), Marfrig (Recomendação: compra), BRF (Recomendação: neutro), Minerva (Recomendação: neutro), M. Dias Branco (sem recomendação) e Camil (sem recomendação). A impressão geral é que a demanda por proteína continua bastante sólida, mas não deve se aquecer muito a ponto de aumentar os preços globais da carne. Além disso, os custos de insumos favoráveis na maioria dos segmentos (incluindo a oferta de gado melhor do que o esperado nos EUA no curto prazo) abrem caminho para a melhoria dos lucros. No longo prazo, os principais fatores que vemos para o setor são maiores riscos de alta nos preços dos grãos, menor oferta de gado nos EUA, a possibilidade de uma fase de liquidação mais curta do que o esperado no ciclo de gado do Brasil e a demanda global por proteína, especialmente na China. Também apresentamos nossas previsões para o 4T23, com uma expectativa de ganhos positivos em geral, com sólida expansão do EBITDA em relação ao ano anterior em todos os setores. O destaque deve ser a BRF, com a JBS e a Minerva apresentando desempenhos mornos e a Marfrig ficando para trás com uma margem ex-BRF mais fraca e registrando a única queda sequencial de EBITDA do grupo. Nosso nome preferido no setor é JBSS3 devido à sua diversificação geográfica e de proteínas, histórico de sólida geração de fluxo de caixa e uma tendência de melhora no EBITDA consolidado. Também vemos uma assimetria favorável com relação à proposta de listagem de suas ações nos EUA.

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