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Mercado de imóveis cresce 24% no terceiro trimestre

As vendas cresceram mais que os lançamentos, e o setor prevê expansão em 2021 para repor estoque. E o PIB da construção pode crescer 4%

Imóveis São Paulo

Número de lançamentos caiu 10,5% no período, reduzindo os estoques, segundo pesquisa / Foto: Getty Images

O mercado imobiliário nacional registrou alta de quase 24% – mais exatamente 23,7% – no volume de vendas de moradias no terceiro trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019.

Já o número de lançamentos de imóveis caiu 10,5% no mesmo período, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 17 de dezembro, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Na mesma comparação, a oferta final de imóveis registrou queda de 13%.

Em relação ao segundo trimestre, os lançamentos registraram uma alta de 114%, enquanto que as vendas tiveram, na mesma comparação, aumento de 57,5%. A elevação sofre o efeito estatístico causado pela pandemia de março em diante.

Nos primeiros nove meses do ano, houve crescimento de 8,4% no volume de imóveis vendidos em relação ao mesmo período de 2019. Nos lançamentos, houve uma redução de 27,9% comparando os dois anos. A oferta final caiu 13% nessa mesma relação.

O presidente da Câmara, José Carlos Martins, destacou que o setor deve ter expansão nos próximos meses de forma a “repor” a queda do estoque de imóveis, tendo em vista o crescimento das vendas e queda nos lançamentos.

“Vendemos mais, porém lançamos menos, o que quer dizer que no próximo ano teremos que repor estoque e construir o que vendemos a mais em 2020”, diz Martins.

PIB do setor: alta em 2021

O setor da construção civil está “otimista” para 2021, mas mantém uma postura conservadora por preocupações com o desabastecimento de materiais e com a elevação de preços, segundo Martins. A expectativa é de que o PIB da construção civil cresça 4% no próximo ano. Se for confirmado, será o maior crescimento do setor desde 2013, quando o PIB avançou 4,5%.

Para 2020, a expectativa da Câmara é de que a construção civil feche com uma retração de 2,8% no PIB. Apesar de negativo, o número representa um ganho relativo: Martins destacou que, em março, diante do impacto da pandemia, o setor esperava uma queda de até 11% no ano. “No entanto, vamos chegar ao final, em nossas estimativas, com uma projeção de apenas 2,8% negativo e cerca de 100 mil novos postos de trabalho”, disse ele.

(Com AE)

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