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Senado aprova MP das subvenções, principal medida fiscal da Fazenda

Medida provisória permite tributar o aumento de lucro gerado por incentivos fiscais de ICMS quando não estiverem ligados a investimentos; confira os destaques desta quinta-feira

O Ibovespa apresentou queda de 0,79% no último pregão, cotado a 130.804 pontos | Foto: Getty Images

Senado aprovou a MP das subvenções que devem ajudar a elevar as receitas no próximo ano.  A medida provisória altera regras para benefícios do ICMS e aumenta a arrecadação federal. A MP aprovada permite ao governo federal tributar, a partir de 2024, o aumento de lucro gerado por incentivos fiscais de ICMS (um imposto estadual) concedidos às empresas quando esses benefícios não estiverem ligados a investimentos.

O Congresso deve votar hoje orçamento do ano que vem e projetos de lei para abertura de créditos orçamentários. Relatório Trimestral de Inflação é destaque juntamente com entrevista à imprensa de Roberto Campos Neto e Diogo Guillen.

O Ibovespa apresentou queda de 0,79% no último pregão, cotado a 130.804 pontos. O ativo está em tendência de alta no médio prazo e no curto neutra. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 132.300 e posteriormente em 133.000 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 128.300 O próximo fica na faixa de 125.000 pontos.
O Dólar Futuro apresentou alta de +0,19% no último pregão, cotado a 4.87 pontos. O ativo se encontra em tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.830 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.720. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 4.970 e a segunda em 5.090.

Exterior:

Bolsas na Europa operam no campo negativo e índices futuros nos EUA indicam um dia positivo após queda apresentada ontem com dados mais fortes que o esperado da economia americana ajustando as expectativas em relação aos cortes de juros em 2024. Agenda do dia conta com divulgação do PIB e do PCE do 3T23.

Commodities:

Petróleo apresentou queda (USD79,5/b; -0,21%)
Minério de ferro apresentou boa alta com melhora de perspectiva para a demanda chinesa por aço (USD137,5/t; +2,68%)

Empresas:

Vibra: Cia contratou o JPMorgan para assessorá-la em potenciais negócios futuros, depois de rejeitar proposta de fusão com a Eneva no mês passado, segundo pessoas familiarizadas com o assunto / A Vibra disse que “engajará os assessores para tratativas caso a Eneva opte por fazer nova oferta”, sem comentar sobre o JPMorgan; o banco não comenta
Klabin: Cia disse que firmou acordo com Celulosa Arauco Y Constitución e Inversiones Arauco Internacional Limitada para a compra de algumas empresas por US$ 1,16 bilhão, segundo comunicado
Amil: UnitedHealth recebeu oferta de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões do empresário Nelson Tanure pela Amil, segundo fontes / Também apresentaram propostas pela Amil o fundo de private equity Bain Capital e o empresário brasileiro José Seripieri Filho, disseram as pessoas

Agenda do Dia:

10:30 – EUA – PIB/3T23
10:30 – EUA – PCE/3T23
10:30 – EUA – Sentimento de Negócios Fed Philadelfia/Dezembro
12:00 – EUA – Leading Index/Novembro

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 130.804 (-0,79%)
S&P: 4.698 (-0,77%)
Dólar Futuro: R$4,87 (0,19%)

Atualizações Safra:

B3: Embarque no ciclo de alta – Atualizando para Compra

Suba a bordo para percorrer o ciclo de alta. À luz da moderação da inflação e de um nível ideal de crescimento econômico, os bancos centrais de todo o mundo estão realizando a transição do controle da inflação para a gestão do ciclo. Esta mudança proporciona aos bancos centrais, incluindo a Fed, maior flexibilidade para ajustar as políticas de taxas de juro, possivelmente levando a cortes nas taxas após um período de subidas agressivas das taxas de 2021 a 2023. A recente aprovação da Fed no sentido de um tom dovish influenciou os mercados globais com o consenso reagindo de forma otimista a cortes adicionais nas taxas em 2024, o que poderá desencadear um melhor impulso aos mercados emergentes globais (GEM). Na nossa opinião, o Brasil está à frente da curva no corte das taxas de juros e o impacto sobre as entradas de fluxo estrangeiro está começando a aparecer, gerando melhores perspectivas para os mercados de capitais no próximo ano.
Um player de liderança para o ciclo: atualizamos as estimativas para incorporar nossa tese. Estamos atualizando nossos números da B3, incorporando resultados recentes e novas premissas diante do cenário acima mencionado. Nossas novas previsões de lucro líquido de R$ 5.188 milhões em 2024 e R$ 5.936 milhões em 2025 estão +2% e +7% acima do consenso e refletem nossas premissas de volume médio diário de negociação de R$ 30 bilhões em 2024 (146% de giro) e R$ 35 bilhões em 2025 (giro de 149%), +4% e +8% acima do consenso, respectivamente.
Elevando o preço-alvo para R$ 19/ação e atualizando para Compra. Vemos a B3 bem-posicionada, com sólido CAGR 2023–25 de 19% e um negócio gerador de caixa que distribui >100% em pagamentos aos acionistas. Nosso modelo baseado em DCF implica um preço alvo de R$ 19/ação, avaliando a B3 a um múltiplo P/L justo de 16,7x, usando Ke de 13,8% e beta de 1,07. Além disso, incorporamos uma probabilidade de 25% de a B3 perder disputas judiciais (R$ 32 bilhões, excluindo multas) impactando o preço-alvo em -R$ 1. Com valorização de 34%, elevamos B3 para Compra (de Neutro) e colocamos a ação como nossa escolha preferida em Serviços financeiros, pois acreditamos que o valuation é atrativo considerando que se trata de um player de valor com recuperação de poder de lucros para os próximos dois anos.

Vale: Recomendação de compra mantida devido ao valuation atrativo e ao impulso das commodities

Reiteramos nossa classificação de Compra para a Vale devido à alta do DCF e às perspectivas de curto prazo para os preços do minério de ferro… Nosso novo preço-alvo para a Vale é R$ 90,5 (de R$ 91) e US$ 18,1/ADR (de US$ 17/ADR). As ações da Vale subiram 22% desde o final de agosto, refletindo os preços mais elevados do minério de ferro e as iniciativas das autoridades chinesas no sentido de estímulo econômico. Reconhecemos que a revisão das nossas estimativas fica aquém do consenso. No entanto, acreditamos que os preços do minério de ferro melhorarão dos níveis spot de ~US$ 135/t, atingindo um pico de US$ 145/t no 1T24, e ainda vemos um aumento atraente de 21% em nosso DCF (contribuindo para um retorno total potencial de 29%) e ~ 11% de rendimento FCFE em 2024. Observamos que nossas estimativas já refletem as novas metas de médio prazo da Vale, piores do que o consenso, para a produção e custo total de seus segmentos.

CSN Mineração: História de crescimento de alta qualidade, mas negociada com prêmio de valuation – Iniciando cobertura
Estamos iniciando a cobertura da CSN Mineração (CMIN3) com rating Neutro e preço alvo de 12 meses de R$ 7,70/ação, implicando um retorno total potencial de aproximadamente 11,5%. Vemos a CSN Mineração em posição privilegiada para ampliar capacidade e melhorar a qualidade do seu mix de produtos, exigindo um prêmio aos preços de referência. Acreditamos que o valuation das ações da CMIN não é atrativo após a sua recuperação de 82% desde o final de agosto, mas reconhecemos que os preços das suas ações ainda podem subir ainda mais se os preços do minério de ferro melhorarem no 1T24, como antecipamos. Além disso, destacamos uma sólida distribuição de dividendos para os próximos anos, com um rendimento de dividendos de ~7,5% para 2024, contribuindo para um retorno total de ~11,5% até o final de 2024 (4,1% via DCF positivo e 7,4% via dividendos) e um ~7% rendimento médio de dividendos em 2025–30.

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