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S&P eleva nota de crédito de bancos e empresas brasileiras

Banco Safra está entre as instituições financeiras que tiveram a nota elevada em escala global pela agência de classificação de risco; confira a lista de bancos e empresas citadas pela S&P

Nota de crédito bancos e empresas

Além da reforma tributária e da política monetária, a S&P citou, como justificativa para a elevação da nota de crédito soberano do Brasil, a melhora nas projeções de crescimento econômico | Foto: Getty images

A S&P Global Ratings elevou a nota de crédito de 24 empresas brasileiras sob sua cobertura após ter aumentado a nota soberana do Brasil de “BB-” para “BB”, alterado a perspectiva de positiva para estável e reiterado a nota nacional em “brAAA”. Um dia após elevar a nota de crédito soberano do Brasil, a agência também melhorou a avaliação de 16 bancos e empresas de serviços financeiros do país e suas subsidiárias, citando a aprovação da reforma tributária como justificativa. 

A nota de crédito em escala global dessas instituições financeiras passou de “BB-” para “BB”. A perspectiva é “estável”. A S&P afirma que embora a reforma tributária deva seja implementada gradualmente, ela representa uma revisão significativa do sistema fiscal e se traduzirá provavelmente em ganhos de produtividade a longo prazo. Segundo a agência, a elevação de ratings das instituições financeiras é apoiada pela evidência de “fundamentos de crédito autônomos mais fortes”.

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Dentre as companhias que tiveram a nota elevada, estão quatro bancos públicos: o Banco do Brasil, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a Caixa Econômica Federal e o Banco do Nordeste do Brasil. Além deles, compõem a lista ABC Brasil, Bradesco, BTG Pactual, Citibank, Sicredi, Banco Pan, Banco Safra, Santander, BV (Banco Votorantim), CCB (China Construction Bank), Haitong Brasil e Stone Instituição de Pagamento.

Com a mudança no rating soberano do Brasil, a S&P mudou a estrutura de mapeamento da qualidade de crédito em escala nacional. Com isso, a agência também revisou a perspectiva do rating em escala nacional do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) de “positiva” para “estável” .

Além da reforma tributária e da política monetária, a S&P citou, como justificativa para a elevação da nota de crédito soberano do Brasil, a melhora nas projeções de crescimento econômico. A agência disse ainda que o Brasil deve manter uma posição externa sólida, com a forte produção de commodities.

S&P eleva nota de 16 empresas brasileiras, incluindo Petrobras, BRF e Sabesp

Um grupo de 16 empresas, incluindo aqui Petrobras, Rumo, BRF, Sabesp, Cosan, Energisa, Neoenergia, Rumo, entre outras, tiveram suas notas de crédito igualadas à soberana, indo de “BB-” para “BB”, por terem exposição a um ambiente regulatório ou serem estatais.

“Também neste grupo estão companhias que acreditamos que podem sofrer uma pressão de liquidez em um cenário hipotético de perigo na nota soberana”, comentam os analistas liderados por Luísa Vilhena.

Companhia Energética de São Paulo, Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia, Companhia Energética de Pernambuco, Companhia Energética do Rio Grande do Norte, Cosan Lubrificantes e Especialidades, EDP Espírito Santo, Energisa Paraíba, Energisa Sergipe e MRS Logística são as outras empresas do grupo.

Já outras sete empresas também tiveram suas notas de crédito aumentadas, mas elas não são limitadas pela nota soberana, por terem uma presença global, pouca correlação com a economia doméstica do Brasil ou situação de liquidez robusta.

Ambev teve sua nota de crédito elevada de “BBB” para “BBB+”. A nota de Raízen foi de “BBB-” para “BBB”, a de Localiza, Ultrapar e Nexa Resources de “BB+” para “BBB-”, Votorantim e Votorantim Cimentos foi de “BBB-” para “BBB”. (Valor Econômico)

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