Supermercados esperam Natal mais gordo com 12% a mais de bebidas
Pesquisa mostra que 62% dos empresários de supermercados esperam um Natal melhor do que o do ano passado
30/11/2023As vendas de supermercados no Natal deste ano devem ser maiores em relação a 2022, de acordo com 62% dos empresários do setor ouvidos pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O recorte considera lojas de conveniência, atacarejo e hipermercados, dentre outros formatos. A expectativa para o consumo de bebidas é de alta de 12% nos volumes, incluindo produtos alcoólicos como cervejas e cervejas premium, destilados, espumantes e vinhos, além de não-alcoólicos como refrigerantes e sucos.
O crescimento esperado para as proteínas é de 10%, incluindo aves natalinas como peru e tender, além de lombo e bacalhau. A Abras aponta que a cesta de ceia de Natal neste ano deve ficar em R$ 321,13, o que representa alta de 8,9% em relação ao preço de 2022. A cesta inclui aves natalinas, azeite, espumante, panetone e azeite, entre outros produtos.
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A venda de itens de supermercados cresceu 0,61% em outubro em relação ao mesmo mês de 2022, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pela Abras. No comparativo com setembro deste ano, a alta foi de 2,89%. Já entre janeiro a outubro, as vendas avançaram 2,64% em relação ao mesmo intervalo de 2022, acima da projeção de crescimento de 2,5% para este ano.
O vice-presidente executivo da Abras, Márcio Milan, destacou a liberação de recursos do governo federal como R$ 14,58 bilhões referentes ao Bolsa Família, R$ 584,3 milhões em Auxílio Gás e R$ 643,3 milhões em lotes residuais do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF).
O índice de inflação geral (IPCA) em outubro avançou 0,24%, enquanto o IPCA alimentos cresceu 0,31%. A chamada cesta Abrasmercado, composta por 35 itens de largo consumo, foi de R$ 705,91 no mês de outubro, alta de 0,1% em relação a setembro.
Natal mais gordo, e mais caro
Os principais produtos que registraram queda de preços foram o leite longa vida, com recuo de 5,48% de preço no último mês e de 6,1% no ano, além do feijão, que ficou 4,67% mais barato no último mês. Desde janeiro, os preços do feijão já recuaram 23,12%.
Já a batata ficou 11,23% mais cara em outubro, embora no ano os preços tenham acumulado queda de 19,61%. A cebola registrou alta de 8,46%, mas no ano acumula queda de preço de 43,88%.
O número de marcas que representam 80% do consumo brasileiro continuou crescendo, evidenciando a busca por produtos mais baratos. No último mês, 73 marcas de arroz foram registradas, ante 65 em outubro de 2022, enquanto o número de marcas de feijão ficou estável em 72.
Na cesta de higiene e beleza, os preços baixos saíram de participação de 53,2% em agosto para 59,1% em outubro —ou seja, os produtos mais baratos estão vendendo mais. (Valor Econômico)