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Natura sobe mais de 17% na Bolsa; confira as ações que foram destaque da semana

Ação da empresa de cosméticos disparou após decisão sobre sua divisão de luxo; já a MRV foi um dos micos, após prévia operacional

Mercado financeiro

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou a semana em alta de 7,01%, aos 119.928 pontos | Foto: Getty Images

Em uma semana marcada pela intensificação da campanha eleitoral, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta semanal de 7,01%, aos 119.928 pontos. Na sexta-feira, o referencial brasileiro teve o melhor desempenho, quando tocou os 120 mil pontos. Desde maio deste ano que o Ibovespa não superava os 118 mil pontos.

O cenário eleitoral ajudou os ganhos semanais da Bolsa, porque papéis de estatais que têm grande influência no índice, como Petrobras e Banco do Brasil, acumularam alta de 12,57% e 14,07%, respectivamente. Além de Petrobras e Banco do Brasil, outra ação que disparou esta semana foi a da Natura. A companhia de cosméticos subiu 17,71% e fechou a sexta-feira a R$ 15,09. Na segunda-feira, após o fechamento do mercado, a Natura anunciou que estuda uma cisão ou uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Aesop, sua divisão de luxo.

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Segundo o fato relevante, a opção do IPO já estava em estudo “nos últimos meses como uma alternativa para acelerar o crescimento da Aesop.” Agora, além da abertura de capital, a companhia também avalia a cisão do negócio de luxo.

Para Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra, o IPO ou o spin-off da subsidiária pode destravar o valor de mercado da Natura. “Hoje, a companhia negocia com um bom desconto, praticamente o mesmo patamar de antes de anunciar a aquisição da Avon, sendo negociada a 0,8 vezes o valor do seu patrimônio, quando a média história é de 9 vezes”, disse Pinheiro.

Segundo o estrategista, esse desconto mostra que o mercado não está “pagando” por todos os negócios da Natura. “Havendo espaço para uma precificação mais alta para as empresas em separado”, afirmou Pinheiro.

Entre os “micos” da semana na Bolsa, a MRV foi um dos destaques. A companhia divulgou uma prévia operacional para o terceiro trimestre no dia 14, em que informava um desempenho inferior ao mesmo período do ano passado.

Pelo documento, os lançamentos de julho a setembro somaram R$ 1,8 bilhão, receita 13,6% inferior ao terceiro trimestre do ano passado. A empresa lançou 7.426 unidades pelo preço médio de R$ 243 mil por imóvel. Este valor representa um aumento de 6,9% no ticket médio dos lançamentos.

Já o faturamento com as vendas líquidas somou R$ 1,4 bilhão no período, queda de 27,3% em relação ao mesmo período de 2021. Os distratos, no entanto, passaram a representa 3,6% das vendas liquidas ante a participação de 7,3% no terceiro trimestre do ano passado. Esta prévia operacional reverberou negativamente no mercado e, na sexta-feira, a MRV caiu 7,18%. Na semana, as perdas da construtora chegaram a 11,42%.

As varejistas mantiveram o desempenho negativo da semana passada, pois, o mercado espera queda nos resultados das principais empresas do setor. Com isso, Americanas recuou 16,69%%, Via Varejo, 8,26% e Magazine Luiza caiu 4,81% nesta semana.

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