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Canal de Suez segue bloqueado por navio

Fila de embarcações que desejam utilizar a passagem que liga Ásia e Europa já tem mais de 100 navios parados

O navio Evergreen, que encalhou no Canal de Suez

O porta-contêiners Evergreen, de 400 metros de comprimento, permanece obstruindo o Canal de Suez desde terça-feira, 23 | Foto: Getty Images

Em um impasse que se arrasta desde a manhã de terça-feira, 23, o Canal de Suez, uma das principais rotas marítimas do mundo, segue bloqueado pelo navio do tipo porta-contêineres Evergreen e pode levar vários dias para ser liberado.

Autoridades locais enfrentam dificuldades para desencalhar a embarcação de 400 metros de comprimento e assistem à formação de uma extensa fila de navios que desejam utilizar o Canal de Suez, passagem que liga Ásia e Europa.

“Podemos ficar aqui por dias. Nada está se movendo, e a conversa no rádio é que ficaremos aqui até o fim de semana.”, disse ao Wall Street Journal Manolis Kritikos, mecânico de um navio-tanque operado pela Grécia preso na hidrovia.

Contratos futuros sobem

De olho nas dificuldades de logística, os contratos futuros de petróleo voltam a subir nesta sexta-feira.

Às 8h20 de Brasília, o barril de petróleo WTI para maio subia 2,10% a US$ 59,79, enquanto o de Brent para junho avançava 1,97%, a US$ 63,02.

A commodity já havia se fortalecido na terça-feira com a notícia sobre o bloqueio em Suez, mas ontem teve forte correção negativa por preocupações sobre o avanço da pandemia.

Engarrafamento de navio e atrasos

De acordo com o site Marine Traffic, que acompanha o trânsito marítimo mundial, mais de 100 navios estão parados nas proximidades de Suez e aguardam o desbloqueio do canal para seguir viagem.

Para além de atrasos nas entregas, circula no mercado o temor de encarecimento de fretes, caso o impasse com o Ever Given não seja resolvido rapidamente.

Desvio do Canal de Suez pela África

As transportadoras Maersk e Hapag-Lloyd AG já consideram desviar seus navios pela África, evitando o engarrafamento na hidrovia.

“Estamos considerando todas as opções de entrega de carga para nossos clientes, incluindo transporte aéreo, ferroviário e envio de navios pela África do Sul, mas nenhuma decisão foi tomada”, disse um porta-voz da Maersk ao Wall Street Journal.

A dinamarquesa Torm AS informa que seus clientes já perguntam quanto custaria para tornar o desvio do navio, que também está parado no Canal de Suez, possível. (AE)

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