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Seguro marítimo dispara com ataques a navios no Mar Vermelho

Embarcações sofrem ataques no Mar Vermelho e no Estreito de Hormuz por grupos rebeldes apoiados pelo Irã; comércio marítimo fica mais caro

Navio no estreito de Hormuz

Companhias marítimas pedem proteção militar e algumas alteram rotas para evitar ataques| Foto: Getty Images

Companhias de comércio marítimo aumentaram o nível de preocupação com a segurança das embarcações que realizam rotas no Mar Vermelho e no Estreito de Hormuz, após embarcações comerciais e um cruzador dos Estados Unidos terem sido atacados por rebeldes Houthis quando navegavam próximos da costa do Iêmen. Insegurança na região fez preços das apólices de seguro, que já vinham subindo, dispararem, com altas de até 300%.

Os ataques às embarcações americanas aconteceram após diversos navios com bandeira israelense terem sido atacados por rebeldes Houthis e grupos apoiados pelo Irã, depois dos ataques terroristas de 7 de outubro, desencadeando a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Em um dos casos, um navio israelense foi invadido por rebeldes Houthis em helicóptero, tática comumente usada pelo Irã.

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Após os ataques a navios com bandeira americana, empresas que atuam no comércio marítimo da região pediram por maior proteção militar e alguns estão alterando as rotas para evitar passar por locais críticos.

Jakob Larsen, chefe de segurança da Bimco – grupo que une algumas das principais empresas do ramo de transporte marítimo –, disse ser necessário o posicionamento de mais forças militares nas áreas críticas para garantir a segurança das cargas, segundo o “Financial Times” (FT).

Apólices de seguros disparam

Devido ao perigo de navegar na região com navios de bandeira americana ou israelense, as seguradoras estão aumentando vertiginosamente os custos de proteção das cargas. Mesmo antes dos ataques mais recentes contra embarcações americanas, os preços das apólices já vinham em alta, com crescimento de até 300% em alguns casos, segundo a Marsh, que oferece seguro a embarcações comerciais.

Além de maior custo de seguro, algumas empresas optam por aumentar a segurança dentro do barco, trazendo mais guardas armados para as viagens no Mar Negro e Estreito de Hormuz, porém esses grupos – criados para combater piratas na costa da África – são incapazes de combater grupos financiados por governos nacionais, segundo o “FT”.

Impacto no mercado de petróleo e gás

Caso a situação da segurança na região piore, os mercados de energia pelo mundo deverão sofrer grande impacto. Cerca de 40% do comércio marítimo diário de petróleo passa pelo Estreito de Hormuz, enquanto o Mar Vermelho é onde passa 10% do petróleo transportado via mar de todo o mundo.

A região ainda é uma rota importante para o escoamento do gás natural produzido no Catar e que foi vital para a Europa reduzir a dependência do gás da Rússia após o início da guerra na Ucrânia. (Valor Econômico)

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