Neoenergia investe em geração renovável e planeja vender ativos
Empresa estuda vender ativos nos próximos meses e ampliar a geração de energia renovável nas modalidades eólica e solar
29/07/2022Após divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2022, a Neoenergia comentou sobre seus planos de investimentos em redes (transmissão e distribuição) e energia sustentável, e adiantou uma possível vendas de ativos para os próximos 6 a 12 meses. Na análise do Banco Safra, trata-se de um movimento de desinvestimentos em ativos não estratégicos para focar, principalmente, nos segmentos de transmissão e energia eólica e solar.
Em distribuição, a companhia destinou cerca de R$ 2,5 bilhões nos 6M22 para as suas subsidiárias Cosern (RN), Elektro (SP e MS) e Neoenergia Brasília, sendo que R$ 1,5 bilhão foi para a expansão das redes e o restante em melhorias e combate a perdas. Em transmissão, os investimentos de R$ 0,9 bilhão foram para implementação dos projetos das linhas que a companhia levou em leilão nos anos anteriores. A linha vencida no leilão de 2019 deve entrar em operação já no 2S22.
Saiba mais
- Alta dos juros deve favorecer resultados do setor financeiro no trimestre
- Invista com segurança e baixo valor de aplicação
- Veja como operar na bolsa de valores com a solidez da Safra Corretora
Atualmente, a Neoenergia tem capacidade instalada de 4,0 mil MW de geração de energia renovável (eólicas e hidro). São, ao todo, 44 parques eólicos, 7 hidrelétricas e 2 parques solares. Até final de 2022, os parques solares entrarão em operação e a geração hídrica deverá aumentar, adicionando 700 MW de capacidade instalada consolidada. Os investimentos no primeiro semestre no segmento de renováveis superaram R$ 1,1 bilhão.
Resultado da Neoenergia no segundo trimestre
O EBITDA registrou alta de 40% em comparação ao segundo trimestre de 2021, totalizando R$ 3,2 bilhões. O resultado foi favorecido pelos reajustes tarifários em 2022 e revisões tarifárias em 2021, além da entrada em operação do complexo Eólico Chafariz e lotes de transmissão. Sua alavancagem (dívida líquida/EBITDA 12 meses) caiu levemente para 2,96 (vs. 3,14 no 1T22), contudo sua dívida líquida teve alta, reflexo dos investimentos realizados no período.