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Nova York renova máximas no último pregão do ano

S&P 500 acumula ganho de 16,3% no ano. Dow Jones também superou histórico, e a Nasdaq subiu quase 44%

Cena de Wall Street

No último pregão do ano, notícia sobre mercado de trabalho animou Wall Street / Foto: Getty Images

Foi um pregão com liquidez reduzida, mas ao final as Bolsas de Nova York apresentaram ganhos nos seus índices de ações, levando o ano a ser concluído com renovação das pontuações máximas de dois dos principais índices, o Dow Jones e o S&P 500. Já a Nasdaq, bolsa que reúne grandes empresas de tecnologia, se destaca por ter acumulado ganho que beirou os 44% em relação ao início de 2020.

O tradicional índice Dow Jones subiu 0,65%, superando os 30.606 pontos, o S&P 500 avançou 0,64%, para 3.756 pontos, e o índice da Nasdaq, que reúne grandes empresas de tecnologia, valorizou 0,14%, alcançando 12.888 pontos.

No acumulado do ano, os índices acionários acumularam ganhos de 7,3%, 16,3% e 43,6%, respectivamente. Hoje, o Dow Jones e o S&P 500 renovaram as máximas históricas de fechamento. Depois de sofrerem quedas históricas em março deste ano, as bolsas de Nova York se recuperaram do choque inicial e fecharam 2020 com ganhos de até 44%, sustentadas por estímulos fiscais e monetários sem precedentes.

Boa notícia divulgada nos Estados Unidos nesta quinta-feira, 31 de dezembro,  foi a de que o número de pedidos de auxílio-desemprego na semana encerrada em 26 de dezembro foi inferior ao da semana antecedente e a quantidade, inferior a 790 mil,  ficou abaixo também de previsões do mercado. Foi a segunda redução seguida nas solicitações de ajuda financeira ao governo.

No campo da saúde, o início da vacinação contra o coronavírus sinaliza uma luz no fim do túnel, embora o surgimento de uma variante mais transmissível preocupe o mercado.

Nos Estados Unidos, também preocupa o impasse estabelecido no Senado  sobre o pacote de estímulo fiscal, já aprovado pela Câmara dos Representantes. A questão se dá em torno do aumento proposto de US$ 600 para US$ 2mil no auxílio a ser pago pelo governo a cidadãos que abaixo de US$ 75 mil por ano, para o enfrentamento de carências na pandemia.

Ao longo do ano, entre as medidas que acabaram por estimular os negócios nas Bolsas, o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) cortou os juros para uma faixa próxima a zero e retomou as compras de ativos do programa de relaxamento monetário quantitativo. O governo americano, por sua vez, aprovou um pacote fiscal de US$ 2 trilhões no começo da pandemia, o maior da história americana.

O atual pacote pendente de aprovação é da ordem de US$ 900 bilhões. Outro montante, de US$ 1,4 trilhão, se destina ao financiamento da operação do próprio governo até setembro, medida essencial para evitar uma paralisia da máquina que, a partir de 20 de janeiro, passará ao comando do presidente-eleito Joe Biden.

O comportamento da Bolsa embute um otimismo de que esses percalços serão resolvidos. “Os investidores estão apostando que os mercados de ações não podem cair porque estão garantidos por um melhor crescimento, mais política fiscal e monetária”, “, diz James Athey, gerente de investimentos da gestora Aberdeen Standard Investments. “O preço de hoje já inclui as boas notícias de amanhã.”

No mercado de renda fixa, os juros dos Treasuries, título dos Tesouro dos Estados Unidos, recuaram hoje e encerraram o ano em níveis muito inferiores aos do final de 2019. A T-note de 10 anos, por exemplo, recuou para a taxa anual de 0,917%, sendo que estava a 1,919% em 31 de dezembro do ano passado.

“Os participantes do mercado ficarão de olho em qualquer progresso para estímulos adicionais e no resultado do segundo turno da Geórgia na próxima semana”, afirmam analistas da corretota LPL Financial,  em referência às disputas por duas vagas no Senado desse estado do sul. A eleição será na próxima terça-feira, 5 de janeiro.

O resultado definirá se o Partido Republicanos, de Donald Trump, manterá o controle da Casa, ou se o Partido Democrata, de Joe Biden, conquistará maioria no Senado. Nesta hipótese, ficará mais fácil para Biden, cujo partido já é majoritário na Câmara,  aprovar suas promessas de campanha no legislativo.

(Com AE)

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