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Ômicron chega aos EUA e Europa discute vacina obrigatória

Nova variante do coronavírus foi identificada na Califórnia, motivando restrições aos viajantes que chegam aos Estados Unidos

covid omicron

Autoridades de saúde dos Estados Unidos recomendam para quem entra no país a apresentação de um teste negativo de covid realizado até 24 horas antes do voo | Foto: Getty Images

Os EUA identificaram o primeiro caso da variante ômicron, detectada na Califórnia. Imediatamente, autoridades americanas recomendaram restrições à entrada de viajantes.

Do outro lado do Atlântico, a nova cepa acelerou a discussão sobre a obrigatoriedade da vacina na Europa. Com um terço dos europeus ainda sem imunização, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu a ideia.

“É compreensível e apropriado começar este debate agora, sobre como podemos estimular e pensar na vacinação obrigatória dentro da União Europeia”, disse Ursula. “Isto precisa ser discutido. A obrigatoriedade da vacina exige uma abordagem comum.”

Na Europa, alguns países, como a Áustria, já adotaram a obrigatoriedade da vacina. Outros, como a Grécia, impuseram multas aos não vacinados. Por isso, apesar de defender uma abordagem comum, Ursula é cautelosa.

“Não é meu papel dar nenhum tipo de recomendação. Mas as vacinas salvam vidas. Elas não estão sendo aplicadas a um custo é enorme”, disse, em referência aos 150 milhões de europeus que ainda não se vacinaram.

Variante ômicron provoca novas restrições à entrada de estrangeiros nos EUA

Nos EUA, para conter o avanço da ômicron, autoridades de saúde recomendaram para quem entra no país a apresentação de um teste negativo de covid realizado até 24 horas antes do voo e o fornecimento às autoridades da lista de passageiros que partem de países africanos – África do Sul, Botsuana, Lesoto, Malavi, Moçambique e Namíbia. As mudanças, porém, ainda não foram oficializadas.

O presidente dos EUA, Joe Biden, deve anunciar nesta quinta, 2, os próximos passos no combate à pandemia. No entanto, o governo não deu pistas se incluirá ou não um aumento nas exigências nos testes dos viajantes. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o primeiro caso da ômicron no país é de um viajante que voou da África do Sul para a Califórnia, no dia 22. Ele estava totalmente vacinado, permanece isolado e apresenta sintomas leves.

Japão reabre para voos internacionais

O governo do Japão voltou atrás e desistiu do pedido para que companhias aéreas suspendam reservas de voos internacionais com destino ao país. A solicitação havia sido feito nesta quarta-feira, dia 1º, como parte dos esforços para conter a variante ômicron do coronavírus.

“Vamos retirar o pedido de uma paralisação geral. O ministério dos Transportes notificou as companhias aéreas para dar considerações suficientes para os cidadãos japoneses que desejam retornar”, explicou o secretário-chefe do gabinete japonês, Hirokazu Matsuno, em coletiva de imprensa.

O secretário não esclareceu a situação de estrangeiros que desejam entrar no território japonês. A nação insular asiática já registrou dois casos da nova cepa da doença.

Cepa avança na África

A variante ômicron, que foi descoberta por pesquisadores da África do Sul, apresenta um alto número de mutações, o que despertou a preocupação de autoridades de várias partes do mundo.

Além dos EUA, ontem Nigéria e Arábia Saudita registraram casos da nova cepa, elevando a 25 o número de países que já identificaram a presença da ômicron.

Ainda não há informações sobre o grau de transmissibilidade da variante ou se ela seria capaz de driblar a imunização adquirida pelas vacinas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já disse que pode levar semanas até obter mais informações sobre a ômicron. Sem muitas alternativas, diversos países aumentaram as restrições de entrada e analisam a obrigatoriedade da vacina.

Na terça-feira, 30, o governo Biden sofreu duas derrotas na Justiça. No Estado da Louisiana, o juiz Terry Doughty bloqueou temporariamente a obrigatoriedade da vacina para profissionais de saúde e funcionários de casas de repouso, determinada por Biden na semana passada.

Ele argumentou que a medida precisa ser decidida pelo Congresso, não pelo presidente. Em outro caso, no Kentucky, o juiz Gregory Van Tatenhove derrubou a determinação de que licitações públicas incluam cláusulas exigindo que os empregados das empresas contratadas sejam vacinados.  (AE)

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