Apesar da pandemia, vagas abertas superam cortes
Ao longo do ano, o total de contratações em empregos formais foi de 142,7 mil a mais do que o número de cortes
28/01/2021Mesmo com o fechamento de vagas em dezembro, após cinco meses consecutivos de avanço do emprego com carteira assinada, o resultado de 2020 foi positivo, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Ao longo do ano, o total de contratações foi de 142,7 mil a mais do que o total de demissões.
O desempenho confirmou a expectativa do ministro da Economia, Paulo Guedes, que esperava encerrar o ano marcado pela pandemia de covid-19 sem uma destruição líquida de empregos formais.
Nos quatro meses de auge da pandemia de covid-19 – de março até junho, o Caged registrou 1,618 milhão de demissões líquidas. Já entre julho e dezembro, 1,418 milhão postos formais foram recriados.
O resultado do mercado de trabalho em 2020 foi o melhor desde 2017, quando houve o fechamento de 20 mil vagas com carteira assinada.
O saldo decorre de 15,166 milhões de admissões e 15,023 milhões demissões ao longo do ano passado. O desempenho positivo no ano também era esperado pela maior parte do mercado.
Salário médio tem aumento real
O salário médio de admissão de trabalhadores com carteira assinada ficou em R$ 1.777,30 de janeiro a dezembro de 2020, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Conforme o Ministério da Economia, houve um aumento real de R$ 62,66 no salário médio, uma variação de 3,65% em relação ao ano passado.
A alta foi verificada em praticamente todos os setores avaliados pela pasta, exceto em transporte, armazenagem e correio (-0,24%) e em serviços domésticos (-0,71%).
O Caged também traz informações sobre as novas modalidades de emprego criadas na reforma trabalhista de 2017. O trabalho intermitente registrou um saldo positivo de 73.164 vagas em 2020.
Já o trabalho em regime parcial ficou negativo em 13.143. Houve ainda 176.376 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado.(AE)