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Pedro Guimarães pede demissão do cargo de presidente da Caixa

Secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques, é o nome mais cotado para presidir o banco estatal

Pedro Guimaraes

Pedro Guimarães pediu demissão após denúncias de assédio sexual e moral de funcionárias da Caixa | Foto: Agência Brasil

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, pediu demissão do cargo no final da tarde desta quarta-feira, 29. O executivo é alvo de denúncias de assédio sexual e moral.

Em carta entregue ao presidente Jair Bolsonaro (PL), Guimarães declarou que combateu o assédio dentro do banco e disse ser colocado em uma “situação cruel, injusta, desigual e que será corrigida na hora certa com a força da verdade.”

O executivo nega as acusações feitas por funcionárias do banco e disse que se “empenhou no combate a toda forma de assédio.”

“As acusações noticiadas não são verdadeiras! Repito: as acusações não são verdadeiras e não refletem a minha postura profissional e nem pessoal. Tenho a plena certeza de que estas acusações não se sustentarão ao passar por uma avaliação técnica e isenta”.

Segundo ele, sua ascensão profissional não ocorreu em decorrência de “troca de favores” ou “pagamento por qualquer vantagem.”

“Tenho me dedicado ao desenvolvimento de um trabalho de gestão que prima pela garantia da igualdade de gêneros, tendo como um de seus principais pilares o reconhecimento da relevância da liderança feminina em todos os níveis da empresa, buscando o desenvolvimento de relações respeitosas no ambiente de trabalho e por meio de meritocracia”, diz outro trecho da carta.

Pedro Guimarães ressaltou que não poderia prejudicar a instituição ou o governo “sendo um alvo para o rancor político em um ano eleitoral.”

“É com o propósito de colaboração que tenho de me afastar neste momento para não esmorecer o acervo de realizações que não pertence a mim pessoalmente, pertence a toda a equipe que valorosamente pertence à Caixa e também ao apoio de todos as horas que sempre recebi do Senhor Presidente da República, Jair Bolsonaro”.

Substituta de Pedro Guimarães

Para o lugar de Guimarães, a secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques, é o nome mais cotado para presidir a Caixa.  

Ela é considerada um “braço-direito” de Guedes desde os tempos em que o ministro atuava na iniciativa privada.

Ela é formada em Administração pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, com MBA em Finanças pelo Ibmec/RJ e atuou por 20 anos no mercado financeiro.

Além disso, presente desde a campanha de 2018, a secretária tem a confiança de Bolsonaro.

Marques já chegou a participar das tradicionais lives de quinta-feira do chefe do Executivo para divulgar ações do Ministério da Economia voltadas às mulheres.

Ela foi sócia de Guedes na Bozano Investimentos, no Rio de Janeiro. Deixou a gestora em 2019 para ir trabalhar com o ministro como assessora especial.

Se confirmada a indicação, Guedes conseguirá emplacar o terceiro nome seguido nos últimos dois meses, depois de Adolfo Sachsida no Ministério de Minas e Energia e Caio Paes de Andrade na presidência da Petrobras. (Com AE)

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