Petrobras recua 5% e aprofunda perdas do Ibovespa

Em sessão negativa para ativos de risco antes de dados de inflação nos EUA, o Ibovespa ampliou perdas à tarde após o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, colocar em dúvida a robustez esperada pelo mercado no pagamento de dividendos pela companhia e derrubar as ações da estatal, que recuaram 5% na sessão.

No fim do dia, o índice recuou 1,16%, aos 130.155 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 129.771 pontos, e, nas máximas, os 131.685 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 18h15) foi de R$ 17,90 bilhões no Ibovespa e R$ 23,92 bilhões na B3.

Em Nova York, o S&P 500 recuou 0,17%, aos 5.069 pontos, Dow Jones fechou em leve queda de 0,06%, aos 38.949 pontos e Nasdaq cedeu 0,55%, aos 15.947 pontos.

Petrobras também afeta a cotação do dólar, que sobe 0,74% a R$ 4,96

O dólar comercial encerrou a sessão em alta firme contra o real, devolvendo parte do bom desempenho que a moeda brasileira apresentou ontem.

A valorização do dólar hoje foi global, mas em especial contra divisas ligadas a commodities, como o próprio real, o rand sul-africano, a coroa norueguesa e os dólares neozelandês e australiano.

Operadores mencionaram também como um fator que pode ter pesado para o mercado local as declarações do presidente da Petrobras sobre a distribuição de proventos da empresa.

Terminadas as negociações, o dólar comercial encerrou em alta de 0,74%, cotado a R$ 4,9694, depois de ter tocado a mínima de R$ 4,9430 e encostado na máxima de R$ 4,9755.

Perto das 17h05, o contrato da moeda americana para março exibia apreciação de 0,72%, a R$ 4,9680. Das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor, apenas cinco não eram penalizadas contra o dólar. O índice DXY, por sua vez, avançava 0,14%, aos 103,973 pontos.