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Petróleo tem maior preço em 11 meses com restrição de oferta saudita e russa

As cotações dispararam após a notícia de que a Arábia Saudita e a Rússia estenderão voluntariamente a restrição de sua oferta de petróleo

Petróleo

Preço do barril de petróleo do tipo Brent voltou a ficar acima de US$ 90 | Foto: Getty Images

O petróleo fechou em alta nesta terça-feira, 5, com o WTI e o Brent nos maiores níveis em quase 11 meses e esse último acima de US$ 90. A valorização ocorreu na esteira da extensão no corte da produção saudita e russa, o que sugere aperto adicional na oferta da commodity.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em alta de 1,33% (US$ 1,14), a US$ 86,69 o barril. O petróleo Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou com ganhos de 1,17% (+US$ 1,04), a US$ 90,04 o barril. A commodity não registrava preços tão altos no fechamento desde novembro de 2022.

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As cotações dispararam após a imprensa veicular notícia de que a Arábia Saudita e a Rússia estenderão voluntariamente a restrição de sua oferta de petróleo, que valeria só até este mês.

Os sauditas manterão o corte de 1 milhão de barris por dia (bpd) por mais três meses, segundo a Saudi Press Agency, e os russos restringirão suas exportações em 300 mil bpd até o fim do ano, reportou a Interfax.

Com isso, a Rystad Energy agora espera que a demanda ultrapasse a oferta em cerca de 2,7 milhões bpd no quarto trimestre – perspectiva que tende a apoiar os preços.

“A grande questão é: os sauditas estão preocupados com a demanda global no último trimestre, particularmente na China, ao ponto de precisar tomar medidas antecipadas?”, levantou a consultoria.

“O sentimento macroeconômico chinês é um risco baixista potencial, mas os nossos indicadores de mobilidade mais recentes não mostram uma desaceleração iminente que poderia justificar um movimento desse pela Arábia Saudita.”

Corte na produção de petróleo compensa número fraco da economia na China

A notícia compensou a publicação de índices de gerentes de compras (PMIs) fracos da China – a maior importadora de commodities do mundo – e de países europeus. Da segunda para esta terça-feira, as leituras inspiraram aversão a risco nos mercados globais e pesaram sobre o petróleo momentaneamente.

O analista da Oanda Edward Moya considera que os riscos são ascendentes para os preços do petróleo, mesmo em meio a “projeções mistas para a demanda” no inverno do Hemisfério Norte.

“A Associação Internacional de Transporte Aéreo está vendo prazos de entrega mais curtos, o que pode ser um bom sinal de que a atividade econômica está aumentando”, apontou o economista. (AE)

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