Petróleo sobe e puxa Petrobras e Ibovespa
O Ibovespa fechou em alta de 2,1%, impulsionada pela Petrobrás, que teve valorização de 3,72% com a cotação do petróleo em alta diante da tensão política na Ucrânia
25/01/2022O petróleo fechou em forte alta nesta terça, 25, e apagou as perdas da última sessão. Além do movimento de recuperação, as tensões geopolíticas entre Ucrânia e Rússia ameaçam a produção da commodity e deixam o mercado de energia global ainda mais apertado, fatores que tendem a contribuir para a alta dos preços do óleo no mercado futuro.
A alta do petróleo se reflete na valorização de 3,72% das ações da Petrobras na Bolsa de Valores. OIbovespa fechou em alta de 2,10%, aos 110.203,77 pontos, depois de oscilar entre 107.185,38 e 110.711,10. O giro financeiro somou R$ 34,0 bilhões
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para março subiu 2,75% (US$ 2,29), a US$ 85,60, enquanto o do Brent para igual mês avançou 2,24% (US$ 1,93) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 88,20.
Ibovespa reflete tensão na Ucrânia e expectativa com reunião do Fed
Segundo a Rystad Energy, o petróleo está “encontrando um equilíbrio” no patamar atual, à medida que pondera fatores de alta e de baixa. Se a situação geopolítica entre Rússia e potências do Ocidente, ameaças à infraestrutura dos Emirados Árabes Unidos e a dificuldade da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) em cumprir suas cotas de produção ameaçam a oferta, sinais mais negativos vêm do eventual aperto monetário nos Estados Unidos e a recente fraqueza do mercado acionário do país, avalia a consultoria.
Para a Rystad, os preços seguirão em tendência positiva até o fim de fevereiro, mas uma eventual recuperação de ações nos EUA logo após a decisão de amanhã do Federal Reserve (Fed) pode tirar algumas posições do petróleo no mercado futuro.
O TD Securities também aponta as tensões geopolíticas como um dos principais drivers atuais para a commodity. “Com a baixa capacidade ociosa efetiva da Opep+, a subprodução de qualquer país é cada vez mais difícil de compensar”, comenta o banco canadense. (AE)