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Poupança ganha da Bolsa e fecha 2022 com rentabilidade pela 1ª vez em três anos

Os investimentos que mais renderam no ano, além da Poupança, foram o CDI, o Índice de Dividendos e produtos de renda fixa

Investidor analisa gráfico financeiro em telas de computador

Ativos de renda fixa foram os que tiveram as melhores performances neste ano, sendo a poupança um dos grandes destaques | Foto: Getty Images

A recessão mundial e a situação econômica no Brasil neste ano fizeram com que os investimentos de mais risco, como a renda variável, tivessem um desempenho pior do que as aplicações mais conservadoras.

Até o dia 20 de dezembro, por exemplo, a boa e velha poupança rendeu 7,9%, segundo levantamento da TradMap feito a pedido do O Especialista. Segundo Einar Riveiro, coordenador do estudo, é a primeira vez em três anos que a modalidade terá rentabilidade.

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“A poupança teve ganho real depois de três anos, considerando a inflação projetada pelo BC para dezembro de 2022, de 2,02%”, disse Riveiro. “Nos anos de 2019, 2020 e 2021 o poupador perdeu poder aquisitivo significa que a rentabilidade da poupança ficou abaixo da inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).”

Já aqueles que apostaram na rentabilidade das criptomoedas, 2022 foi um ano para se esquecer. A principal moeda digital, por exemplo, perdeu 66,49%. A quebra de algumas criptos fizeram este mercado perder credibilidade e com isso os seus ganhos.

Após disparada em 2021 e promessa de que chegaria a US$ 100 mil no fim daquele ano, o Bitcoin (BTC) iniciou um intenso movimento de baixa em 2022 e fecha este ano com prejuízo– de US$ 47 mil em 1º de janeiro, o BTC chega aos últimos dias de dezembro a pouco mais de US$ 16 mil.

A realidade da maioria dos ativos digitais do mercado, no entanto, foi ainda pior: uma avalanche de perdas na ordem de 90% a 95% em relação aos preços de um ano atrás, colocando em xeque a existência de boa parte dos projetos que atraíram a atenção e o dinheiro dos investidores nos últimos meses.

“Bitcoin, foi algo mais arriscado pois sofreu com o aumento de juros no mundo”, disse Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra. “As BDRs, com a correção do S&P, de 18,45%, dado o aumento de juros nos Estados Unidos e as Small Caps, pois são nomes mais ligados ao crescimento e que são mais impactados com o cenário macroeconômico negativo, foram as aplicações que mais perderam neste ano.”

Segundo o levantamento, as BDRs perderam, até o dia 20, 29,33% e as Small Caps 17,52%.

Além da Poupança, CDI, IDIV e IMA lideram em rentabilidade

Já os investimentos que mais renderam neste ano, além da poupança, foram o CDI, o Índice de Dividendos (IDIV) e o IMA, que é o índice de mercado e referência para a renda fixa.

“Um destaque de performance entre o CDI e o IMA foi o IDIV, esse performou bem dado a maior previsibilidade das empresas que compõem esse índice e o maior fluxo de pagamento de dividendos que diminui o risco do investimento”, disse Pinheiro.

Pelo levantamento, o CDI ganhou 11,88%, o IDIV se valorizou 9,93% e o IMA em geral 8,59%. Aliás, este é o índice que baliza as aplicações em título do Tesouro, por exemplo.

Já entre os índices que compõe a B3, o que mais rendeu, de acordo com a TradeMap, foi o Utilities, composto por empresas de infraestrutura como de energia, que subiu, até o dia 20, 10,25%. No lado negativo, o que mais perdeu foi o índice BDRX, com queda de 29,33%.

“A carteira BDr do Banco Safra teve uma performance superior ao índice BDRX. Até o final de novembro, a queda na carteira foi de 16,7% enquanto que o índice perdeu 23,4%”, disse Pinheiro.

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