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Produção industrial volta a cair em agosto e acumula retração de 1,3% no ano

Indústria registrou queda de 0,6% no mês de agosto em comparação a julho e continua 1,5% abaixo do patamar anterior à pandemia

Fábrica da VW no Paraná

Entre os 18 segmentos que mais se destacaram estão os de veículos automotores, reboques e carrocerias | Foto: Divulgação

A produção industrial caiu 0,6% na passagem de julho para agosto, eliminando o avanço de 0,6% que havia registrado no mês anterior. Com esses resultados, o setor ainda se encontra 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 17,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

Na comparação com agosto de 2021, houve crescimento de 2,8%. No ano, a indústria acumula queda de 1,3% e, em 12 meses, de 2,7%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE.
A indústria brasileira mostrou melhora no seu ritmo ao logo de 2022, com maior frequência de resultados positivos ao longo do ano – avançou em cinco dos oito meses de 2022. Mas, em agosto, voltou a cair. A retração ficou concentrada em poucas atividades: somente oito de 26 setores apontaram taxas negativas.

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Entre as atividades, a maior influência negativa para o resultado do mês frente ao mês anterior veio do setor coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,2%), que volta a recuar após crescer 1,8% no mês anterior. Houve uma perda disseminada na produção de óleo diesel, óleos combustíveis, gasolina, álcool, entre outros.

Outras contribuições negativas vieram das indústrias de produtos alimentícios (-2,6%), interrompendo três meses seguidos de alta, período em que acumulou crescimento de 6,0%, e indústrias extrativas (-3,6%), que elimina assim parte do avanço de 4,6% acumulado em junho e julho.

Os três segmentos – derivados de petróleo, alimentos e extrativo – foram os que mais pressionam a indústria. Eles respondem por cerca de 36% do setor industrial.

Produção industrial cresceu em 18 setores

Entre as 18 atividades com expansão na produção, veículos automotores, reboques e carrocerias (10,8%), máquinas e equipamentos (12,4%) e outros produtos químicos (9,4%) exerceram os principais impactos. Segundo o gerente da pesquisa, essas atividades tiveram quedas no mês passado e estão fazendo agora uma compensação desses recuos.

Pelo lado da demanda doméstica, apesar das medidas de incremento de renda, as famílias continuam sendo afetadas negativamente por juros e inflação em patamares elevados.
Na comparação com o mesmo período de 2021, setor industrial cresceu 2,8%, interrompendo dois meses consecutivos de resultados negativos nesse tipo de comparação.

Íntegra do comunicado do IBGE

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