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Produtividade no trabalho é desafio para as empresas no Brasil

Executivos de Itaúsa, Marfrig e Rede D’Or debatem melhores práticas globais para melhorar a produtividade no mercado de trabalho

José Olympio

José Olympio, presidente do J. Safra, mediou o painel “Lições de Líderes Empresariais do Brasil” | Foto: Divulgação

A produtividade no mercado de trabalho foi um dos assuntos abordados durante o painel “Lições de Líderes Empresariais do Brasil”, na J. Safra Brazil Conference. Os caminhos para aumentar produtividade são claros, mas há desafios que impedem que o assunto avance com a velocidade necessária, segundo os debatedores Paulo Molli, CEO da Rede D’Or; Marcos Molina, Chairman da Marfrig Global Foods S.A.; Alfredo Setúbal, CEO & IRO da Itaúsa. A moderação do debate foi de José Olympio, Presidente do Banco J. Safra.

 “Não há país que tenha dado certo sem investir em educação e tecnologia”, afirmou Molli, da Rede D’Or. A opinião foi endossada por Setúbal, da Itaúsa, que citou algumas boas práticas no Brasil, especialmente no agronegócio. Mas ele vê defasagem do brasil em relação a outros mercados. “Nos EUA, os profissionais têm seis vezes mais eficiência que os brasileiros”.

Os desafios que o Brasil deve enfrentar para atingir um novo patamar em termos de produtividade são, segundo os três executivos, a redução da burocracia, atração de capital uma agenda governamental sobre eficiência e simplificação de impostos de importação para produtos ligados a tecnologias. “As empresas atuam nesse sentido no micro, mas no macro isso não se reflete e a produtividade é muito baixa”, afirma Setúbal.

Perspectivas diferentes sobre o Brasil

Questionado sobre a diferença de fazer negócios no Brasil e no exterior, Marcos Molina comentou que “é muito mais fácil negociar no exterior do que localmente. “As operações internacionais representam 70% do nosso faturamento, mas temos muito mais esforço no Brasil, especialmente pela questão tributária”.

Molli considera que o cenário melhorou depois de anos muito difíceis, durante a pandemia. “Vamos manter o ciclo de investimentos para adicionar seis mil leitos com 40 mil profissionais contratados, Investindo em educação para qualificar mão de obra”, diz o representante da Rede D’Or de saúde.

O executivo da Marfrig vê índices melhorando em seu setor, especialmente puxados pela queda de preço do diesel e do milho, gerando queda no custo de logística e mais consumo no mercado interno. “Vejo uma recuperação no consumo do público de baixa renda e um mercado brasileiro mais forte”.

A opinião de Setúbal, contudo, vai em outra direção. “Vemos o Brasil melhor do que se esperava ano passado, mas ainda com muitas dificuldades. É um cenário bastante desafiador e o externo não ajuda, com taxas de juros crescendo em EUA e Europa”.

J. Safra Brazil Conference

O megaevento realizado pelo Banco J. Safra acontece no hotel Grand Hyatt, em São Paulo (SP), e contará com palestras de personalidades nacionais e estrangeiras.

São mais de 100 empresas brasileiras, com agendas de painéis sobre temas da atualidade e mais de 1.000 convidados entre executivos e investidores. O objetivo é discutir o cenário macroeconômico e político do Brasil e do mundo.

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