Setor de serviços cresce 0,5% e chega ao nível mais alto desde 2015
Impulsionado pelos serviços às famílias, como alojamento e alimentação, serviços acumulam crescimento de 11,5% neste ano
14/10/2021O volume do setor de serviços subiu 0,5% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal.
Com isso, o setor está 4,6% acima do patamar pré-pandemia e alcança o nível mais elevado desde novembro de 2015.
Na comparação com agosto do ano anterior, houve elevação de 16,7%, já descontado o efeito da inflação.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), via Pesquisa Mensal de Serviços.
Assim, a taxa acumulada do setor de serviços no ano de 2021 foi de elevação de 11,5%.
Por outro lado, em 12 meses, os serviços acumulam alta de 5,1%.
Já a receita bruta nominal do setor de serviços subiu 1,0% em agosto ante julho.
Na comparação com agosto de 2020, houve avanço de 20,7% na receita nominal, segundo o IBGE.
Apesar do crescimento, o setor ainda está 7,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014.
Atividades que impulsionaram o setor de serviços
O avanço dos serviços em agosto foi impulsionado por quatro das cinco atividades observadas pelo IBGE.
Dessa forma, o IBGE destaca os serviços de informação e comunicação (1,2%) e transportes (1,1%), após resultados negativos em julho.
“O primeiro foi impulsionado pelos serviços de desenvolvimento e licenciamento de softwares, portais e provedores de conteúdo e ferramentas de buscas na internet, além de edição integrada e impressão de livro. O segundo pelo transporte aéreo de passageiros e operação de aeroportos, na medida em que houve maior fluxo de passageiros se deslocando e aumentando a receita das companhias aéreas e das concessionárias de aeroportos. Destaco ainda a parte de logística de cargas”, detalha Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.
Os serviços prestados às famílias, por sua vez, avançaram 4,1% em agosto, quinta taxa positiva desde abril, acumulando crescimento de 50,5%.
Esse avanço vem, novamente, do segmento de alojamento e alimentação, como os hotéis e restaurantes.
Mesmo com o avanço em agosto, os serviços prestados às famílias operam 17,4% abaixo do patamar de fevereiro de 2020.
Por fim, com o menor impacto no índice, outros serviços (1,5%) eliminaram o recuo do mês anterior (-0,2%). (Com AE)