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S&P Global reafirma rating “BB-” do Brasil com perspectiva estável

Agência de classificação de risco mantém País no grau especulativo, prevendo consolidação orçamentária lenta até 2024

Foto aérea de Brasília, capital do Brasil, que teve rating mantido pela S&P Global

S&P Global prevê que a dívida geral do governo deva subir para cerca de 75% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 | Foto: Getty Images

A agência de classificação de riscos S&P Global reafirmou nesta quarta-feira, 2, o rating (nota) “BB-” do Brasil, com perspectiva ainda estável.

Com isso, o País se encontra no patamar chamado de “grau especulativo”.

Para chegar ao “grau de investimento”, onde estão países desenvolvidos e com economias sólidas, o Brasil precisa elevar a até o rating “BBB-“, que está três níveis acima.

A S&P Global diz que a consolidação orçamentária do País no período 2021-2024 deve ser “lenta”, conforme as pressões por aumento de gastos “seguem elevadas”.

Nesse sentido, a agência prevê que a dívida geral do governo deva subir para cerca de 75% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024.

Há uma semana, a Fitch também divulgou a manutenção do mesmo rating para o País, porém, com perspectiva negativa, citando os “riscos para a consolidação fiscal e a recuperação econômica” para estabilizar a dívida pública.

Perspectiva do rating do Brasil

Para a S&P, exportações fortes, que beneficiam um perfil externo resistente do País, e um quadro de investimento privado mais dinâmico devem impulsionar a retomada econômica brasileira neste ano.

De acordo com a agência, a perspectiva estável reflete a expectativa de uma recuperação em 2021, com “redução gradual” do déficit fiscal.

Esse fator poderia resultar em um ritmo mais lento de acumulação de dívida nos próximos dois anos. Adicionalmente, a S&P pontua o “desempenho externo sólido” do Brasil.

Detalhes sobre a metodologia de rating da agência S&P Global podem ser conferidos pelo site oficial da agência.

Previsão para o PIB

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a previsão da S&P Global é de que o mesmo se recupere para 4% neste ano.

Para o período entre 2022 e 2024, a agência de classificação de risco estima uma média de avanço de 2,2% da atividade do País.

O crescimento do PIB neste ano, na avaliação da agência, será impulsionado também pelos efeitos de base, devido à contração da atividade em 2020, e à posição externa favorável.

No entanto, a S&P pondera que a “natureza duradoura” da pandemia de covid-19 cria uma incerteza “significativa” para o desempenho econômico e fiscal do Brasil no curto prazo. (Com AE)

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