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Superávit da balança comercial em julho bate recorde

Balança comercial registra superávit US$ 7,3 bilhões em julho, com crescimento nas exportações e importações sobre julho de 2020

Navio com carga de contêineres

exportações cresceram 35,3% e somaram US$ 161,42 bilhões | Foto: Getty Images

A balança comercial brasileira registrou superávit US$ 7,395 bilhões em julho, com crescimento nas exportações e importações sobre julho de 2020. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 2, pela Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia.

O superávit em julho é o segundo maior para o mês a série histórica, que tem início em 1989, atrás apenas do registrado no período em 2020, de US$ 7,601 bilhões.

No mês passado, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) avançou 46,2%. As exportações somaram US$ 25,529 bilhões, uma alta de 37,5 % ante julho de 2020. Já as importações chegaram a US$ 18,133 bilhões, um avanço de 60,5% na mesma comparação. Na quinta semana de julho (26 a 31), o saldo comercial foi de superávit de US$ 524 milhões.

Superávit da balança cresce 47,6% de janeiro a julho

De janeiro a julho, a balança comercial acumula superávit de US$ 44,127 bilhões. O valor é 47,6% maior do que o mesmo período do ano passado. Houve um aumento de 35,3 % nas exportações e de 30,9% nas importações do período.

Em julho, o setor agropecuário teve alta de 11,2% nas exportações em julho. Houve aumento ainda nas vendas de produtos dos outros setores: 62,7% em indústria extrativa e 37,7%% em bens da indústria de transformação.

Já nas importações, houve aumento de 48,2% na agropecuária, de 163,2% em
indústria extrativa e de 57% em produtos da indústria de transformação.

Exportação por setores

Em Julho, o desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de 11,2% em Agropecuária, que somou US$ 5,03 bilhões; crescimento de 62,7% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 7,32 bilhões e, por fim, crescimento de 37,7% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 13,07 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados ( 72,2%), Café não torrado ( 8,1%) e Soja ( 20,6%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (119,9%), Minérios de níquel e seus concentrados ( 1.313.410,4%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( 6,0%) na Indústria Extrativa ; Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (58,6%), Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (115,4%) e Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (157,2%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (-65,5%), Arroz com casca, paddy ou em bruto ( -85,5%) e Milho não moído, exceto milho doce (-33,3%) na Agropecuária; Minérios de cobre e seus concentrados (-11,8%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-52,3%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços (-6,7%), Tabaco, descaulificado ou desnervado (-29,4%) e Veículos automóveis de passageiros ( -14,2%) na Indústria de Transformação.

Acumulado no Ano

No acumulado do primeiro semestre, em comparação com igual período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 22,9% em Agropecuária, que somou US$ 36,50 bilhões; crescimento de 75,1% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 45,64 bilhões e, por fim, crescimento de 24,5% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 78,49 bilhões. A associação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

Esta conjuntura de crescimento nas exportações foi influenciada pelo crescimento das vendas nos seguintes produtos: Café não torrado (18,9%), Soja (23,8%) e Algodão em bruto (39,3%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (124,8%), Minérios de cobre e seus concentrados (32,1%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (35,9%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços (22,3%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (29,3%) e Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (68,6%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (-52,1%), Arroz com casca, paddy ou em bruto (-76,2%) e Milho não moído, exceto milho doce (-3%) na Agropecuária; Fertilizantes brutos (exceto adubos) (-12,7%), Outros minérios e concentrados dos metais de base (-31,3%) e Gás natural, liquefeito ou não (-99,9%) na Indústria Extrativa ; Papel e cartão (-10,9%), Tubos e perfis ocos, e acessórios para tubos, de ferro ou aço (-27,3%) e Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (-42,3%) na Indústria de Transformação.

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