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Juros voltam a cair no Brasil e permanecem no maior nível em 22 anos nos EUA

O Banco Central anunciou redução de mais 0,5 ponto percentual na taxa Selic; nos Estados Unidos, o Fed manteve as taxas pela quinta reunião seguida

O Federal Reserve manteve a taxa de juros de referência no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano, dentro do esperado | Foto: Getty Images

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa Selic em 0,50 ponto percentual nesta quarta-feira, 20. Foi o sexto corte seguido nos juros básicos, que caíram de 11,25% para 10,75% ao ano. A decisão foi unânime entre os nove membros do colegiado.

O novo corte era esperado no mercado, conforme sinalização do Banco Central no último encontro, em janeiro, quando o comunicado informou que o corte de 0,50 ponto porcentual seria apropriado nas “próximas reuniões”.

Nesta mesma superquarta, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) manteve a taxa de juros de referência no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano, conforme o esperado pelo mercado. Com isso, a autoridade monetária dos Estados Unidos manteve pela quinta reunião consecutiva a pausa no ciclo de aperto monetário iniciado em março de 2022, em meio à pandemia de covid.

Os juros permanecem, assim, no maior nível em 22 anos. O Sumário das Previsões Econômicas do Fed manteve o gráfico de pontos que assinala as perspectivas para a trajetória das taxas de juro no país. O gráfico projeta três cortes de juros de 0,25 ponto percentual em 2024, o que totaliza uma redução de de 0,75 ponto.

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Safra prevê juros de 8,75% no fim de 2024

A queda da Selic desde agosto de 2023 já se reflete na melhora do cenário da economia, segundo análise do Banco Safra. Os indicadores facilitam o Banco Central trazer a taxa Selic até 8,75% ao ano até dezembro, segundo o Safra, que prevê recuperação dos investimentos das empresas nos próximos trimestres.

Em conjunto com outros fatores, que devem sustentar a expansão da demanda doméstica, o crescimento real do PIB deve chegar a 2,5% em relação a 2023, informa o Banco Safra.

Na avaliação do Banco Safra, tanto a atividade econômica quanto a inflação devem seguir desacelerando nos Estados Unidos, oferecendo ao Fed as condições para cortar juros na reunião de junho.

Segundo análise dos especialistas do Safra, os fundamentos econômicos não mudaram muito no período recente e continuam indicando um primeiro corte de juros até junho, avaliação que se alinha com a fala recente do presidente Jerome Powell de que “a inflação não está muito longe do ponto para que se comece a cortar os juros”, o que também prenuncia um período de alívio para o mercado, a despeito de diversas vozes sugerirem um relaxamento monetário mais lento.

Powell reitera que juros caem em 2024

O presidente do Fed, Jerome Powell, reiterou que os juros poderão cair este ano nos EUA, se a inflação seguir desacelerando em direção à meta de 2%.

Powell ressaltou que a inflação segue alta e há incertezas no cenário. Segundo ele, o aperto monetário provavelmente atingiu o pico e as decisões futuras continuarão sendo tomadas a cada reunião.

Powell destacou que o mercado de trabalho americano segue forte, com a demanda por trabalhadores ainda acima da oferta de mão de obra. Mas o número de trabalhadores disponíveis aumentou e contribuiu para as revisões positivas de crescimento do PIB.

Powell informou que o Fomc discutiu a desaceleração do processo de aperto quantitativo do balanço de ativos do Fed, que pode ter início nas próximas reuniões.

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