China adota três taxas de juros de referência; entenda

O Banco Central de China (PBoC) estabelece três taxas de juros de referência. Confira a seguir quais são elas e qual a situação de cada uma delas hoje, após novo corte anunciado pela autoridade monetária chinesa nesta segunda-feira (21).

A taxa básica, isto é a taxa de empréstimos do banco central aos bancos comerciais, com prazo de até um ano, é conhecida como taxa de empréstimo de médio prazo (Medium Term Lending Facility, MLF em inglês).
Essa taxa reflete o financiamento obtido através das operações de “open market” conduzidas pelo PBoC.

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Desde 2019, o PBoC também tem por alvo duas taxas relativas a empréstimos no setor privado (Loan Prime Rate – LPR em inglês). Essas taxas são calculadas a partir da média das taxas oferecidas pelos grandes bancos e informadas ao PBoC, e refletem o custo da taxa básica (MLF) e outros fatores influenciando a liquidez dos grandes bancos.

A primeira taxa refere-se a empréstimos até um ano e pauta os empréstimos corporativos. A segunda taxa refere-se a empréstimos até cinco anos e pauta o custo das hipotecas.

A MLF está atualmente em 2,5% ao ano, tendo tido corte de 0,15 ponto porcentual em agosto de 2023. O seu máximo nos últimos dez anos foi de 3,3% ao ano, tendo sido cortada para menos de 3,0% ao ano no começo da pandemia, com outros 4 cortes desde então.

China volta a cortar taxa de juros de referência para empréstimos

A LPR de até 1 ano está em 3,45% ao ano, tendo sido cortada em 0,10% em junho e novamente hoje, com novo corte na mesma proporção. Ela estava em 4,15% ao ano no final de 2019, não tendo tido aumento ao longo desse período.

A LPR de 5 anos está em 4,20% ao ano, tendo começado perto de 4,8% ao ano no final de 2019, com cortes em 2020, caindo abaixo de 4,5% em 2022 e tendo sido cortada recentemente também.

É frequente que se faça a referência a qual volume de empréstimos é regido por cada uma dessas taxas, para sugerir o impacto de mudança em seus níveis. O corte de MLF, por exemplo, teria sensibilizado um estoque de perto de US$ 55,25 bilhões. Mas esse dado geralmente confunde injeções de liquidez com real volume sensibilizado.

Confira a íntegra da análise macroeconômica semanal do Banco Safra.

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