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Tensão pré-Fed derruba bolsas e dólar tem maior alta desde agosto

O Ibovespa acompanhou o pessimismo que abalou as bolsas de Nova York às vésperas de mais uma reunião do Fed; dólar sobe1,38% cotado a R$ 4,94

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A valorização da moeda americana foi generalizada e os títulos do Tesouro dos EUA subiram | Foto: Getty Images

O Ibovespa acompanhou o movimento de correção visto nos principais ativos de risco locais e globais, ponderando parte dos ganhos acumulados em novembro. Adicionalmente, quedas do minério de ferro e do petróleo ajudaram a acentuar a dinâmica negativa, que culminou com a volta do índice aos 126 mil pontos nesta segunda-feira, após tocar os 128 mil pontos na sexta-feira.

No fim do dia, o índice recuou 1,08%, aos 126.803 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 126.643 pontos e, nas máximas, os 128.183 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 18h15) foi de R$ 14,89 bilhões no Ibovespa e R$ 19,47 bilhões na B3.

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Em Nova York, o índice S&P 500 recuou 0,54%, aos 4.569 pontos, o Dow Jones fechou em leve queda de 0,11%, aos 36.204 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,84%, aos 14.185 pontos.

Dólar sobe 1,98% a R$ 4,95

O rali dos ativos de risco observado nas últimas semanas foi parcialmente desfeito hoje, em uma sessão que contou com movimentos expressivos no câmbio doméstico, que apenas seguiu a dinâmica externa de fôlego renovado do dólar. O otimismo em torno de uma possível antecipação dos cortes nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) para o primeiro trimestre de 2024 se esvaiu e deu lugar a uma correção dos excessos, que não apagou as perspectivas ainda positivas para o real à frente. Assim, o dólar encerrou a sessão à vista em alta de 1,38%, negociado a R$ 4,9481.

Foi a maior alta diária do dólar contra o real desde o fim de agosto. A valorização da moeda americana, porém, foi generalizada. No fim da tarde, o dólar saltava 1,65% contra o peso mexicano; subia 1,27% em relação ao rand sul-africano; tinha alta de 1,30% na comparação com o peso chileno; e avançava 1,14% ante o peso colombiano.

O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana contra uma cesta de outras seis moedas principais, operava em alta de 0,41%, aos 103,69 pontos.

Tensão pre-Fed derruba bolsas de NY

As bolsas de Nova York fecharam o pregão desta segunda-feira (4) em baixa, em uma pausa do rali recente que levou o mercado acionário de Wall Street à quinta semana consecutiva de ganhos na última sexta-feira (1). A pressão do mercado de títulos do Tesouro americano (Treasuries), onde as taxas subiram em ritmo forte, também pesou sobre o apetite por ações, em especial do setor de tecnologia.

O índice Dow Jones teve leve queda de 0,11%, a 36.204,44 pontos; o S&P 500 recuou 0,54%, a 4.569,78 pontos; e o Nasdaq cedeu 0,84%, a 14.185,49 pontos.

Com a agenda econômica vazia nos Estados Unidos, o movimento de realização de lucros e a pressão dos Treasuries guiaram o mercado acionário. Na última sessão, o S&P 500 atingiu sua maior pontuação de fechamento em 2023, o que abriu espaço para a correção.

Do lado dos Treasuries, as taxas de curto prazo chegaram a subir mais de 10 pontos-base, antes de moderarem a alta no fim da tarde. Neste caso, o movimento também é de correção após a forte precificação de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em 2024, perspectiva que ganhou força após um discurso do presidente da entidade, Jerome Powell, na sessão anterior.

Dentre os 11 setores do S&P 500, tecnologia e serviços de comunicação — que inclui algumas das principais big techs americanas — lideraram as perdas ao recuarem 1,3%. O pior desempenho foi da Intel, que recuou 3,18% após um artigo do jornal “The Wall Street Journal” elencar desafios enfrentados pela fabricante de chips.

Já a maior queda do dia na bolsa americana foi do Alaska Air Group, de 14,21%. A companhia aérea anunciou a aquisição de sua competidora Hawaiian Airlines por cerca de US$ 1 bilhão, valor que o mercado considerou exagerado. (Valor Econômico)

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