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Tesla tem perda contábil de US$ 170 milhões referente a bitcoin

Baixa se refere a investimentos feitos no 1º semestre. Por outro lado, companhia registrou ganhos de US$ 64 milhões com a criptomoeda

Conceito de bitcoin com gráficos atrás no tablet, alusivo às perdas da Tesla

Na semana passada, Musk revelou que a Tesla vendeu US$ 936 milhões em bitcoin no segundo trimestre para maximizar sua posição de caixa | Foto: Getty Images

A Tesla, fabricante de veículos elétricos de Elon Musk, informou que fez uma baixa contábil no valor de US$ 170 milhões referente a investimentos em bitcoin feitos no primeiro semestre do ano, mas também contabilizou ganhos de US$ 64 milhões ligados a vendas da criptomoeda.

Como as regras contábeis definem ativos digitais como ativos intangíveis de vida indefinida, a Tesla disse que precisa reconhecer baixas contábeis para refletir qualquer queda no valor justo de criptomoedas detidas pela empresa abaixo de seu valor contábil.

Saiba mais

Na semana passada, Musk revelou que a Tesla vendeu US$ 936 milhões em bitcoin no segundo trimestre para maximizar sua posição de caixa, uma vez que sua fábrica na cidade chinesa de Xangai foi fechada devido a um lockdown motivado por surtos de covid-19.

A empresa se desfez de cerca de 75% de sua posição inicial de US$ 1,5 bilhão na criptomoeda, mantendo cerca de US$ 218 milhões em ativos digitais no fim de junho.

Por um breve período, a Tesla aceitou o bitcoin como pagamento por seus veículos, mas acabou suspendendo a política em maio de 2021, em meio a preocupações sobre o uso de combustíveis fósseis para minerar bitcoins. Na ocasião, Musk disse que a Tesla não venderia bitcoins.

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Intimação da SEC

A Tesla informou nesta segunda-feira, 25, que a Securities and Exchange Commission (SEC, equivalente à CVM no Brasil) emitiu uma segunda intimação à empresa devido a uma declaração de Elon Musk de 2018, em que ele afirma que estava considerando tornar a Tesla privada.

De acordo com o comunicado da empresa, a investigação foi resolvida e encerrada com um acordo firmado com a SEC em setembro de 2018 e conforme esclarecido em abril de 2019 em uma emenda.

"Não há e não houve nenhum desenvolvimento adicional nesses assuntos que consideremos relevantes e, até onde sabemos, nenhuma agência governamental em qualquer investigação concluiu que ocorreu qualquer irregularidade", diz o documento.

"Como é nossa prática normal, temos cooperado e continuaremos a cooperar com autoridades governamentais. Não podemos prever o resultado ou o impacto de quaisquer assuntos em andamento. Existe a possibilidade de um impacto material adverso em nossos negócios, resultados operacionais, perspectivas, fluxos de caixa e posição financeira", completa. (AE)

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