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Empresas brasileiras almejam papel de destaque na transição energética

Brasil tem grande potencial no mercado de energias renováveis e na transição energética, segundo participantes da J. Safra Brazil Conference 2023

Transição energética

Empresas investem em novas tecnologias para atuar na transição energética | Foto: Getty Images

O potencial do Brasil na transição energética global é gigante, segundo empresários que participaram do J. Safra Brazil Conference 2023. Ricardo Mussa, CEO da Raízen, Charles Fernandes, diretor Geral da TotalEnergies EP Brasil e Fabiano Zillo, CEO da Zillor Energia e Alimentos, participaram de um painel sobre as oportunidades de investimento nessa área nos próximos anos.

Charles destacou que a TotalEnergies EP Brasil quer ter papel de protagonista na transformação energética no Brasil. “No mundo atual, não podemos mais falar sobre petróleo e gás como há 30 anos, pois questões como aquecimento global e mudanças climáticas nos mostram que a energia precisa ser cada vez mais limpas.”

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O executivo revelou que a empresa tem como meta atingir a neutralidade de carbono até 2050. “Uma das estratégias que adotamos é fazer parcerias em desenvolvimento de energias renováveis, a exemplo da que fizemos com a Casa dos Ventos, empresa que é referência em energia eólica e solar”, destaca.

Ricardo Mussa, CEO da Raízen, abordou o potencial da cana-de-açúcar na transição energética, ao ser transformada em etanol – aproveitando não somente o suco, mas também o bagaço. “Sou apaixonado pela cana-de-açúcar e toda a versatilidade e capacidade produtiva que ela gera. Para mim, etanol é quase sinônimo de transição energética”, comenta.

A opinião foi compartilhada por Fabiano Zillo, CEO da Zillor Energia e Alimentos. Segundo ele, as tecnologias associadas à cana-de-açúcar estão disponíveis há muito tempo e servem também para outras matérias-primas, como o milho e fibras, que dão origem ao etanol de segunda geração.

Foco das empresas brasileiras está na transição energética

Zillo afirma que a produção do etanol pode democratizar a produção de energia, e muitas empresas de países em desenvolvimento, por exemplo, poderiam se livrar da dependência da importação de energias fósseis.

O CEO da Raízen destacou que o foco atual da companhia está no etanol de segunda geração – ou seja, a energia gerada através do bagaço da cana (celulose). Para ele, o etanol de segunda geração não compete com a produção alimentar (produção de açúcar), sendo a energia do futuro graças à baixa pegada de carbono. “Queremos acelerar a produção e, para isso, não precisaremos aumentar a área de cultivo. Vamos focar em aumentar a produtividade das fábricas e reduzir emissões. Toda essa mudança faz com que a empresa se torne ainda mais rentável e eficiente de ponta a ponta”, pondera Mussa.

De acordo com Mussa, o Brasil enfrenta o desafio de explorar ainda mais o potencial das energias renováveis. Para ele, a grande dificuldade está em como armazenar e vender essas energias – a eólica, por exemplo – e atrair investimentos. “Para vender energia, precisamos armazená-la e transportá-la. Os investimentos precisamir nessa direção”.

O CEO aponta que ainda falta um arcabouço jurídico e marcos regulatórios para garantir estabilidade ao mercado. O setor sucroalcooleiro, segundo ele, deveria capitanear essa frente. Conforme endossa Charles Fernandes, “isso tranquilizaria o investidor na hora de alocar seu capital”.

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