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Situação fiscal dos EUA vai piorar antes de melhorar, diz ex-tesoureira

Rosie Rios, ex-tesoureira dos EUA, demonstra preocupações com falta de espaço para discutir o assunto e vê abordagem mais positiva após eleição

Tesoureira dos eua

Guerra na Ucrânia e proximidade de eleições dificultam o debate sobre a questão fiscal nos EUA, afirma ex-tesoureira | Foto: Divulgação

Duas crises econômicas marcantes causaram impacto na economia dos Estados Unidos nas últimas décadas. Em 2009, aconteceu a “crise do subprime”, e, em 2020, o país enfrentou os efeitos financeiros da pandemia. Rosie Rios, ex-tesoureira dos EUA, viveu os dois períodos e apresentou seu relato na J. Safra Brazil Conference ao analisar o déficit orçamentário norte-americano diante do atual cenário da economia mundial.

“É a primeira vez que estamos em uma encruzilhada de três fatores muito difíceis de resolver: social, político e econômico”, afirmou, referindo-se à política fiscal com gastos muito elevados neste ano – o valor superou os 23 trilhões de dólares. “O clima político deixa torna difícil essa questão, pois temos a guerra na Ucrânia e eleições dentro de 14 meses, o que vai dificultar ainda mais a situação”.

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Em sua avaliação, em janeiro de 2025, após a eleição, os EUA podem ter uma abordagem mais prática e esperançosa do caminho a ser seguido – antes disso, não vê mudanças significativas. Ela avalia que novos rebaixamentos na nota de crédito dos EUA, como o feito pela Fitch Ratings, seriam “catastróficas”.

Juros ainda sobem antes de descer

Considerando o mercado de trabalho e consumo aquecidos, ela acredita que os juros americanos ainda vão subir, pelo menos até o início do ano, antes de indicar uma reversão de ciclo. “Não subiram os juros e parece que não subirão da próxima vez – talvez no primeiro trimestre de 2024”, avalia.

Rios participou de dois times de transição, dos presidentes Barack Obama, em 2008, e de Joe Biden, em 2020, e considera os EUA uma economia concreta até hoje. Como exemplo, cita a reação em apenas dois dias do Tesouro Americano sobre a crise que faliu bancos do país em março – Signature Bank e Silicon Valley Bank.

Além disso, o olhar para a moeda americana segue otimista. “Em torno de 130 países estão pesquisando sobre moedas digitais oficiais, mas ainda leva um tempo para que as pessoas confiem nisso. Um dólar sempre vai valer um dólar nos EUA”, comenta. A tesoureira dos EUA destaca a força e estabilidade do dólar por pelo menos mais dez anos.

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