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TV Cultura lança minissérie sobre o bicentenário da Independência

Estrelada por Walderez de Barros, como D. Maria I, e Antonio Fagundes, como Dom João VI, minissérie tem apoio cultural do Banco Safra

Independências

O ator Antônio Fagundes em cena da minissérie ‘Independências’, da TV Cultura | Foto: Divulgação

Neste dia 7 de setembro de 2022, o Brasil celebra dois séculos de sua Independência. O fato histórico dá origem ao novo projeto do cineasta e diretor de TV, Luiz Fernando Carvalho, criado com exclusividade para a TV Cultura: “Independências”.

Com 16 episódios que serão transmitidos semanalmente até dezembro, a atração conta com o Banco Safra entre os patrocinadores. Estrelada por Walderez de Barros, como D. Maria I, Antonio Fagundes, como Dom João VI, Daniel de Oliveira (Dom Pedro I) e Maria Fernanda Cândido (Maria Graham), a série segue a família real portuguesa desde sua chegada ao Brasil em 1808 até a morte de Dom Pedro I, em 1834.

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A ideia do projeto surgiu na emissora a partir de pesquisa inicial realizada pelo jornalista José Antonio Severo. O projeto foi escrito por Luis Alberto, com roteiro de Paulo Garfunkel, Alex Moletta e Melina Dalboni. A equipe de colaboradores foi composta por Kaká Werá Djecupé, Ynaê Lopes dos Santos, Cidinha da Silva e Tiganá Santana. A tradução para o Kimbundu ficou a cargo do Professor Niyi Monanzambi (UFBA).

“Sempre acreditei na função das TVs abertas, especialmente a TV Cultura, que são concessões públicas, veículos fundamentais e de imensa responsabilidade, capazes de abraçar uma missão maior de não se restringirem simplesmente a seduzir telespectadores, mas caminhando de mãos dadas com educação, contribuírem na formação dos cidadãos”, conta Luiz Fernando Carvalho.

“Identificamos inúmeros pontos de convergência entre o olhar de Luiz Fernando Carvalho para o audiovisual brasileiro e a nossa concepção e crença de TV Pública. Nestes dois anos de gestão, notamos o crescimento de audiência da TV Cultura, o que comprova que é possível fazer televisão aberta com bom conteúdo e comprometida com as premissas de nosso estatuto que são a educação, a informação, cultura e entretenimento com qualidade”, diz José Roberto Maluf, Presidente da Fundação Padre Anchieta.

O projeto “Independências” retoma a missão da TV aberta na concepção de Luiz Fernando Carvalho, que encontrou eco nos valores da atual gestão de José Roberto Maluf na TV Cultura. “Minha busca é por oferecer ao homem comum, simples e fraterno, uma televisão que privilegie a inteligência e a sensibilidade de todo um país, sem com isso abrir mão do espetáculo. Enxergo a dimensão que a televisão alcança e tratá-la apenas como diversão me parece bastante contestável. Precisamos de diversão, mas também precisamos nos orientarmos e entender o mundo”, analisa o diretor.

“A TV Cultura tem em seus mais de 50 anos de história um DNA ligado às produções de teledramaturgia não convencionais. Pela TV Cultura já passaram nomes como Antunes Filho, Antônio Abujamra, Ademar Guerra, Walter George Durst e, mais recentemente, Fernando Meirelles. A chegada do Luiz Fernando Carvalho à nossa emissora é uma reconexão dessa história da TV cultura e suas origens”, diz Enéas Carlos Pereira, Vice- Presidente Executivo e Diretor de Programação da TV Cultura.

Segundo o diretor, a minissérie mostra, por meio de fragmentos, o que o Brasil pode ser  como potência e força se reunir todos os saberes e culturas que foram postos à margem em função de um modelo civilizatório europeu e colonialista. “No lugar desse entrelaçamento de culturas e potências, foi construído no Brasil um imenso apagamento de possibilidades, privilegiando a cultura hegemônica da civilização branca europeia”, disse Carvalho.

Reflexão sobre o bicentenário da Independência do Brasil

A proposta do diretor é propor uma reflexão sobre a falência do projeto hegemônico e, ao mesmo tempo, afirmar a possibilidade real e vívida das diversas potencialidades que o país nos apresenta diariamente.

“Nossa tragédia é não conseguirmos enxergar as diversas possibilidades e não reconhecer a importância dos povos originários e da cultura africana. Não os aceitamos inseridos em uma concepção de país, da qual sempre foram e serão os verdadeiros protagonistas.”

Escrita por Luis Alberto de Abreu e com texto final e direção de Carvalho, a obra contou com vários consultores, como a historiadora Ynaê Lopes dos Santos (autora do livro “Racismo no Brasil: uma história da formação do país”), os escritores Kaká Werá Jecupé e Cidinha da Silva, o filósofo e músico Tiganá Santana e o professor de quimbundu Niyi Monanzambi.

A série foi gravada em um espaço circular, chamado de Cosmograma, construído sobre o tablado onde os atores ensaiaram durante quatro meses. “É uma estética da urgência, em que o importante é a mensagem e a imaginação. É a partir delas que se dá a reflexão.”

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