Ibovespa recua firme com mau humor externo; dólar sobe acima de R$ 4,90

Fechamento: O Ibovespa fechou em queda firme nesta quinta-feira influenciado pelo cenário externo e pela perspectiva de votação da reforma tributária ainda nesta quinta-feira na Câmara dos Deputados.

A Bolsa perdeu 1,78%, aos 117.425 pontos, depois de oscilar entre 117.095 e 119.548 pontos. O volume dos negócios do dia foi de R$ 22 bilhões.

Com o resultado desta sessão, o índice acumula queda de 0,56% na semana e em julho. No ano, entretanto, o referencial brasileiro ganha 7,01%.

Já o dólar fechou o dia em alta e ultrapassou o nível de R$ 4,90. A moeda americana subiu 1,64%, vendida a R$ 4,93, depois de oscilar entre R$ 4,84 e R$ 4,95.

“Foi um dia negativo para bolsas mundiais e Ibovespa acompanhou o cenário externo. Nos EUA, tivemos dados do ADP vindo muito acima do esperado, com criação de quase 500 mil vagas de emprego. A expectativa era menos da metade, em torno de 228 mil vagas”, disse, Rodrigo Cohen, da Escola de Investimentos.

Com este desempenho, Cohen explica que está cada vez mais provável que ocorra mais aumentos de juros nos Estados Unidos.

“Há um cenário de pleno emprego nos Estados Unidos, o que faz com que seja cada vez mais certo que os juros devam subir mais duas vezes nesse ano. As pessoas estão colocando dinheiro lá e tirem de economistas emergentes. Em meio ao cenário de risco, dólar subiu, já que a moeda se fortalece com a alta dos juros por lá e mais dinheiro entrando no país”, ressaltou Cohen.

A possibilidade de alta de juros nos Estados Unidos e adiamento do início de ciclo de queda da taxa no Brasil fizeram as empresas mais sensíveis à política monetária terem o pior desempenho do Ibovespa.

A Magazine Luiza recuou 7,62%, Via Varejo, 6,76%. Já a Gol caiu 9,78%, Azul 6,50% e Locaweb perdeu 6,34%.

Já a lista dos melhores desempenhos, os destaques foram IRB-Br, que ganhou 5,02%, Eztec, 2%, CPFL, 1,69%, MRV, 1,09% e Energias do Brasil subiu 0,04%.

16h36 Bolsa segue em baixa firme nesta sessão com influência do setor externo. O Ibovespa perde 1,61%, aos 117.617 pontos. Já o dólar se mantém se valorizando frente ao real. A moeda americana evolui 1,55%, vendida a R$ 4,92.

16h35 Após forte pressão, o relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) mudou o seu parecer sobre a proposta ao incluir uma trava de segurança para evitar o aumento da carga tributária com as modificações no sistema de impostos no País.

No parágrafo terceiro do artigo 129, onde dizia que “as alíquotas de referência serão revisadas anualmente”, foi acrescentada a expressão “visando à manutenção da carga tributária”. Já a forma de revisão dessas alíquotas, de modo a garantir a neutralidade, será definida em lei complementar. (AE)

14h26 O Ibovespa reduz perdas, mas se mantém no vermelho. O índice perde 1,58%, aos 117.656 pontos. Já o dólar acelera alta e evolui 1,57%, vendido a R$ 4,92.

14h25 O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), permitiu que os deputados marquem presença e votem de forma remota, por meio de um aplicativo, hoje e amanhã, para facilitar a aprovação da reforma tributária. A decisão foi publicada nesta quinta-feira, 6, no Diário Oficial da Câmara.

Em meio ao esforço concentrado para destravar a pauta econômica, Lira havia permitido até ontem apenas marcação de ponto e votação presencial. O objetivo era fazer com que todos os deputados fossem a Brasília para as reuniões com as bancadas partidárias sobre as matérias a serem votadas.

Agora que as pautas já foram discutidas pelos deputados, o uso do aplicativo para marcar presença e votar facilita a obtenção de quórum para analisar a reforma tributária. Como se trata de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o texto precisa do apoio de no mínimo 308 parlamentares da Casa, em cada um dos dois turnos de votação. (AE)

12h30 No dia em que a reforma tributária pode ser votada no plenário da Câmara, a Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo divulgou uma carta em defesa da aprovação da matéria discutida há mais de 30 anos e que simplifica a cobrança de impostos sobre consumo no País. Com 188 deputados e 18 senadores, a Frente ressalta que as medidas propostas no texto do relator, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), vão proporcionar mais segurança jurídica aos empresários e previsibilidade aos investidores.

“O número de horas gastas para o pagamento de tributos é o principal indicador da complexidade de um sistema tributário”, argumenta a Frente Parlamentar, presidida pelo deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), em nota conjunta com o Movimento pelo Brasil Competitivo (MBC). Em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o MBC calculou neste ano em R$ 1,7 trilhão o chamado “Custo Brasil”, que impede a entrada de investimentos estrangeiros no País. Desse montante, entre R$ 270 bilhões e R$ 310 bilhões têm a ver com a complexidade do sistema tributário. (AE)

12h28 Ibovespa segue em queda firme e recua 1,83%, aos 117.393 pontos. O dólar acelera alta e avança 1,21%, vendido a R$ 4,90.

12h11 A indústria de fundos registrou resgate líquido de R$ 205 bilhões no primeiro semestre de 2023, uma variação negativa de R$ 250,6 bilhões ante a captação líquida acumulada no mesmo período de 2022. O patrimônio líquido do setor chegou a R$ 7,7 trilhões, o que representa alta de 7,8% na comparação com o ano anterior. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 5, pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

A classe com maior saída de recursos foi a de fundos de renda fixa, com resgate líquido de R$ 109,9 bilhões na primeira metade do ano. A Anbima aponta que o movimento ficou concentrado no resgate de R$ 57 bilhões em dois fundos de duração baixa. Em seguida, a classe com maior resgate líquido foi a de multimercados (R$ 53,7 bilhões), seguida pelos fundos de ações (resgate líquido de R$ 38,5 bilhões). Os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) viram resgates líquidos acumulados de R$ 7,6 bilhões. (AE)

11h45 O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços dos EUA caiu de 54,9 em maio para 54,4 em junho, segundo pesquisa final divulgada nesta quinta-feira, 6, pela S&P Global.

A leitura definitiva de junho, porém, ficou acima da estimativa preliminar e também da projeção de analistas consultados pela FactSet, de 54,1 em ambos os casos.

Já o PMI composto dos EUA, que engloba serviços e indústria, recuou de 54,3 para 53,2 no mesmo período. Originalmente, o PMI composto havia sido estimado em 53. Apesar das quedas, os resultados acima da marca de 50 indicam que a atividade da economia americana segue se expandindo, mas em ritmo mais contido. (AE)

11h30 O Ibovespa aprofunda perdas e recua mais de 1%. A Bolsa perde 1,47%, aos 117.817 pontos. Já o dólar acelera alta e sobe 0,96%, vendido a R$ 4,89.

11h27 Presidente do Federal Reserve (Fed) de Dallas, Lorie Logan defendeu nesta quinta-feira, 6, que teria sido apropriado elevar os juros básicos na última decisão monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês).

Segundo ela, dados de inflação e mercado de trabalho vieram mais fortes do que o esperado no primeiro semestre deste ano, o que teria justificado elevar as taxas.

Logan afirmou que, ao votar em junho, considerou que pular uma reunião faria sentido diante do “ambiente incerto e desafiador” da economia nos Estados Unidos, permitindo que os dirigentes tivessem mais tempo de analisar os dados.

Contudo, reiterou que o banco central ainda precisa deixar a política monetária mais restritiva para controlar os preços e retornar a inflação à meta de 2%.

Em evento da Universidade de Columbia, a dirigente ainda comentou estar “cética” sobre os efeitos atrasados do aperto monetário acumulado na economia, analisando que a maior parte deles já pôde ser observado nos últimos meses.

“Apesar de não termos dados finais sobre segundo trimestre, inflação estava claramente forte. As demissões continuam baixas e não há sinais de deterioração no mercado de trabalho”, apontou, acrescentando que o reequilíbrio está mais lento do que o esperado anteriormente. (AE)

10h30 O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, afirmou em entrevista à BBC, divulgada nesta quinta-feira, 6, que não consegue prever quando as taxas de juros vão parar de subir no Reino Unido, mas apontou que a expectativa da autoridade monetária britânica é de que a taxa de inflação volte à meta de 2% ao ano por volta do fim de 2024.

“Não é possível dizer quando os juros vão cair, porque isso depende de muita coisa que ainda vai acontecer, mas hoje nosso principal objetivo é baixar a taxa de inflação”, disse Bailey. (AE)

10h20 O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu 12 mil na semana encerrada em 1º de julho, a 248 mil, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (6) pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou um pouco acima da previsão de analistas consultados pela Factset, de 244 mil solicitações.

O total de pedidos da semana anterior foi ligeiramente revisado para baixo, de 239 mil a 236 mil. Já o número de pedidos continuados registrou queda de 13 mil na semana encerrada em 24 de junho, a 1,720 milhão, vindo abaixo da previsão da FactSet, de 1,725 milhão. Esse indicador é divulgado com uma semana de atraso. (AE)

10h12 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em queda desta quinta-feira. A Bolsa recua 0,64%, aos 118.762 pontos. Na véspera, o índice avançou 0,40%, aos 119.549 pontos, depois de oscilar entre 118.688 e 120.199 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 24,10 bilhões.

Com o resultado desta sessão, o referencial brasileiro acumula ganhos de 8,94% neste ano. Na semana e em julho, o índice sobe 1,24%.

Já o dólar sobe 0,66%, vendido a R$ 4,88.

9h40 O setor privado dos Estados Unidos criou 497 mil empregos em junho, segundo pesquisa com ajustes sazonais divulgada nesta quinta-feira, 6, pela ADP. O resultado veio bem acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, de geração de 250 mil postos de trabalho no mês passado.

Já o número de empregos criados em maio foi revisado para baixo, de 278 mil a 267 mil. A pesquisa da ADP, que adotou nova metodologia no ano passado, também mostrou que os salários no setor privado tiveram expansão média anual de 6,4% em junho.

Na sexta-feira (7) os EUA divulgam seu relatório oficial de emprego, conhecido como “payroll”, que engloba dados dos setores privado e público. (AE)

9h10 O dólar abriu em alta nesta quinta-feira, com os investidores repercutindo a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano) e dados de emprego nos Estados Unidos.

A moeda americana sobe 0,10%, vendida a R$ 4,854. Na véspera, a divisa avançou 0,21%, cotada a R$ 4,850. Com o resultado, o dólar acumula alta de 1,28% na semana e no mês. No ano, entretanto, a moeda recua 8,10%.

Ontem, o Fed divulgou a ata da sua última reunião em que se decidiu pela manutenção dos juros em um patamar de 5% a 5,25% ao ano.

O documento mostrou um tom conservador o que reforça as apostas de novas altas nos próximos meses. Em agosto, a expectativa é para uma elevação nos juros de 0,25 ponto percentual.

Além disso, o mercado aguarda a divulgação de dados de empregos nos Estados Unidos, o payroll. O indicador é o preferido do Fed para analisar o desempenho do mercado de trabalho americano.

Por aqui, as atenções se voltam para a Câmara dos Deputados. Há a expectativa para que o texto da reforma tributária entre votação ainda hoje.