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Bolsa sobe mais de 2% após PIB melhor que o esperado; dólar cai

A Bolsa avançou 2,06%, aos 110.564 pontos, depois de oscilar entre 108.334 e 110.585 pontos; o volume de negócios foi de R$ 31,10 bilhões

Investidor analisa gráfico do mercado financeiro

Mercado analisa dados econômicos do Brasil e do exterior, além do novo teto da dívida americana | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa teve um dia de otimismo após a divulgação do PIB brasileiro, que veio melhor que o esperado pelo mercado. O índice fechou acima dos 110 mil pontos.

A Bolsa avançou 2,06%, aos 110.564 pontos, depois de oscilar entre 108.334 e 110.585 pontos. O volume de negócios da sessão foi de R$ 31,10 bilhões.

Com o resultado, o referencial brasileiro acumula queda de 0,31% na semana. No ano, o Ibovespa sobe 0,76%.

Já o dólar terminou o dia em queda, mas ainda no patamar de R$ 5. A moeda americana caiu 1,31%, vendida a R$ 5,006, depois de oscilar entre R$ 5,005 e R$ 5,058.

O resultado desta sessão fez o dólar acumular alta de 0,39% na semana e perdas de 5,19% no ano. O movimento acompanha a forte desvalorização da divisa norte-americana pelo mundo, já que o índice DXY ficou com queda de 0,74%. A aprovação do acordo sobre o teto da dívida nos EUA contribuiu para distensionar o câmbio.

O bom desempenho do mercado financeiro veio após a divulgação do PIB do Brasil no primeiro trimestre. A economia do país cresceu 1,9%, na comparação com o último trimestre do ano passado.

O resultado foi puxado, principalmente, pela evolução de 21,6% da agropecuária, maior alta para o setor desde o quarto trimestre de 1996. O PIB chegou a R$ 2,6 trilhões em valores correntes. 

Na comparação com o primeiro trimestre de 2022, o PIB cresceu 4%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em março de 2023, o PIB registrou elevação de 3,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

As expectativas do mercado eram de crescimento de 1,3% sobre o quarto trimestre de 2022 e de 3,0% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Diante do PIB melhor que o esperado e a desaceleração da inflação, o mercado espera que o início do ciclo de queda da taxa de juros aconteça nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

Com isso, as ações mais sensíveis aos juros foram as que mais ganharam nesta sessão. Locaweb disparou 10,70%, Magazine Luiza avançou 6,32%, CVC, 6,21%, B3, 7,73% e Localiza, 6,43%.

Já os piores desempenhos do dia foram da Energisa, que perdeu 4,31%, JBS, 2,08%, CPFL, que recuou 1,32%, BB Seguridade, 1,36% e TIM, 1,65%.

15h28 Após almoço fora da agenda com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que conversou sobre a questão das metas de inflação pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O colegiado – do qual também participa a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet – se reúne no dia 29 deste mês para definir a meta de 2026 e pode aproveitar para alterar os objetivos para 2024 e 2025.

“Mantemos um diálogo permanente com o Banco Central e agora mesmo estava em um almoço com Campos Neto. Conversamos longamente sobre o cenário econômico de 2023, 2024 e 2025. Trocamos impressões técnicas o tempo todo para fazer convergir cada vez mais os propósitos do BC e da Fazenda”, afirmou o ministro da Fazenda.

Questionado pelos jornalistas, Haddad confirmou que a definição das metas de inflação foi tema do encontro. “Conversamos sobre a oportunidade de resolver esse mês essa questão”, limitou-se a responder.

O objetivo central das metas de inflação de 2024 e 2025 é de 3,00%, nível que já foi criticado em mais de uma ocasião pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Para alterar as metas já definidas, o CMN precisa de autorização do Planalto por meio de um decreto. (AE)

15h25 Bolsa segue em alta firme e sobe quase 2%. Ibovespa avança 1,87%, aos 110.419 pontos. Já o dólar recua 0,94%, vendido a R$ 5.

14h29 Senadores da base aliada estudam “engrenagens” legislativas que permitam que modificações no texto do arcabouço fiscal, nova regra para o controle das contas públicas, não façam com que a medida tenha de voltar para uma segunda votação na Câmara.

A previsão é de que o senador Omar Aziz (PSD-AM) seja oficializado como relator agora depois da aprovação da Medida Provisória (MP) da reestruturação do governo no Senado.

Segundo aliados, ele prevê a votação do marco fiscal em plenário por volta do dia 28 de junho, ainda que Rodrigo Pacheco (PSD-MG) tenha demonstrado preferir uma tramitação mais acelerada.

Há três modificações no texto que estão em análise: a retirada das despesas do Fundeb do limite de gastos da nova regra, a mudança no Fundo Constitucional do DF e a redação do artigo 15, que abriu brecha para o governo ampliar os gastos em 2024 para além da regra, o que está sendo tratado com uma espécie de “transição” pelos parlamentares. (AE)

14h Bolsa segue em alta firme e avança 1,78%, aos 110.265 pontos. Já o dólar permanece no campo negativo e se desvaloriza 0,72%, vendido a R$ 5,02.

13h57 O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta quinta-feira, 1º de junho, que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa deve analisar a nova regra fiscal e sabatinar os indicados pelo governo para a diretoria do Banco Central depois do feriado de Corpus Christi, celebrado em 8 de junho. “Difícil votar arcabouço semana que vem, a CAE deve votar depois do feriado”, disse Pacheco a jornalistas no período da manhã.

A cúpula do Senado decidiu não votar a nova regra fiscal diretamente no plenário e enviou o projeto para a CAE.

A ideia é que a tramitação do arcabouço fiscal no Senado termine ainda em junho.

Os indicados para o Banco Central são Gabriel Galípolo, atual secretário executivo do Ministério da Fazenda, para a Diretoria de Política Monetária, e Ailton Aquino, que é servidor de carreira do BC, para a Diretoria de Fiscalização. (AE)

13h56 O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) emitiu uma ordem de consentimento contra o Silvergate Bank e a matriz Silvergate Capital Corporation, para garantir que o banco siga o plano que anunciou de “liquidação voluntária” para encerrar operações.

A ação também proíbe o Silvergate de fazer distribuições de capital, dissipar ativos em dinheiro e realizar outras atividades sem ter aprovação regulatória.

Segundo o Fed informou em comunicado, a medida visa proteger os depositantes e o Fundo Garantidor de Depósitos (DIF, na sigla em inglês).

A ordem de consentimento é uma ação do Fed com o Departamento de Proteção Financeira e Inovação do Estado da Califórnia, que é a autoridade responsável a nível estadual pela supervisão do Silvergate. (AE)

12h19 Ibovespa sobe firme após dados positivos do Brasil. Bolsa avança 1,21%, aos 109.651 pontos. Já o dólar recua 0,51%, vendido a R$ 5,02.

10h36 Bolsa acelera alta e retornar ao patamar de 109 mil pontos. Índice sobe 0,63%, aos 109.013 pontos. Já o dólar aprofunda queda e recua 0,36%, vendido a R$ 5,03.

10h20 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em alta de 0,33%, aos 108.726 pontos. Na véspera, a Bolsa caiu 0,58%, aos 108.335 pontos, depois de oscilar entre 108.193 e 109.136 pontos. O volume do dia foi de R$ 33,90 bilhões.

Com o desempenho desta sessão, o índice acumula queda de 2,32% na semana. No mês, o Ibovespa subiu 3,74%. Já no ano, o referencial brasileiro recua 1,28%.

Já o dólar segue no campo negativo e perde 0,15%, vendido a R$ 5,04.

10h Os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) consideram que a última decisão de alta de 25 pontos-base (pb) nos juros permitiria ao Conselho seguir elevando as taxas por mais tempo, apesar de vários membros inicialmente expressarem preferência por uma elevação de 50 pb, por verem o risco de apertar demais como menor que o risco de aperto pouco. A avaliação consta na ata da última decisão de política monetária do BCE, publicada nesta quinta-feira, dia 1º.

Segundo o documento, a ação de alta nos juros foi “necessária” para levar as taxas para um território “suficientemente restritivo” e garantir o retorno da inflação à meta de 2%.

Já a diminuição do ritmo de elevação refletiu incertezas sobre o impacto das decisões passadas, apesar da resiliência da economia da zona do euro. Assim, a alta menor foi considerada como “prudente”, com os riscos de um aperto maior superando os benefícios, diz a ata.

No entanto, dirigentes também avaliaram a força do núcleo da inflação, que não deve desacelerar “suficientemente cedo”, de forma que mais aumentos seriam justificados. Sobre a recente turbulência nos mercados financeiros, a ata indica que dirigentes a consideraram curta, sem exercer muito impacto nem necessidade de aperto adicional significativo. (AE)

9h53 O setor privado dos Estados Unidos criou 278 mil empregos em maio, segundo pesquisa com ajustes sazonais divulgada nesta quinta-feira, 1, pela ADP. O resultado veio bem acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam geração de 162 mil postos de trabalho no mês passado.

O número de criação de empregos de abril foi levemente revisado para baixo, de 296 mil a 291 mil. A pesquisa da ADP, que adotou nova metodologia no ano passado, também mostrou que os salários no setor privado tiveram expansão média anual de 6,5% em maio.

Na sexta-feira, dia 2, os EUA divulgam o relatório oficial de emprego (payroll), que engloba dados dos setores público e privado. (AE)

9h17 O dólar abriu em queda nesta quinta-feira com os investidores repercutindo dados econômicos no Brasil e no exterior.

A moeda americana recua 0,25% e é vendida a R$ 5,04. No dia anterior, a divisa subiu 0,61%, cotada a R$ 5,07. Com este desempenho, o dólar acumula alta de 1,70% na semana e perdas de 3,88% no ano. Em maio, a moeda encerrou com ganhos de 1,72%.

Os investidores repercutem os dados de crescimento econômico do Brasil divulgados pela manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,9% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o último trimestre do ano passado.

O resultado foi puxado, principalmente, pelo crescimento de 21,6% da Agropecuária, maior alta para o setor desde o quarto trimestre de 1996. O PIB chegou a R$ 2,6 trilhões em valores correntes. 

Na comparação com o primeiro trimestre de 2022, o PIB cresceu 4%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em março de 2023, o PIB registrou elevação de 3,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

As expectativas do mercado eram de crescimento de 1,3% sobre o quarto trimestre de 2022 e de 3,0% em relação ao mesmo período do ano anterior

Além disso, o mercado avalia os dados da economia chinesa divulgados no final da noite de ontem. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China subiu 49,5 em abril para 50,9 em maio, informou a S&P Global Ratings, em parceria com a Caixin. O resultado acima de 50 indica que a atividade avançou para o território de expansão.

Outro assunto que deve mexer com os mercados mundiais esta quinta-feira, é a aprovação do teto da dívida dos Estados Unidos pela Câmara dos Representantes.

O projeto de lei que suspende o teto da dívida americana foi aprovado por 314 votos a 117. O texto agora será submetido à avaliação do Senado, que precisa dar o aval à proposta antes de enviá-la à mesa do presidente Joe Biden.

Ao todo, 165 deputados democratas votaram a favor da pauta e 46 parlamentares governistas a rejeitaram. Do outro lado, 149 republicanos apoiaram a matéria e 71 foram desfavoráveis.

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