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Ibovespa vai na contramão do exterior e fecha em alta; dólar sobe

Bolsa subiu 0.36%, aos 101.869 pontos, depois de oscilar entre 101.504 e 103.055 pontos; o volume financeiro do dia foi de R$ 20,3 bilhões

Investidor analisa gráfico do mercado financeiro

Investidores repercutiram os dados econômicos mais fracos nos EUA e a decisão da Opep | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa foi na contramão do exterior e fechou em alta nesta terça-feira. O índice brasileiro operou no azul durante todo o pregão.

Nesta sessão, a Bolsa subiu 0.36%, aos 101.869 pontos, depois de oscilar entre 101.504 e 103.055 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 20,3 bilhões.

Com o resultado desta terça-feira, o referencial brasileiro acumula queda de 7,17% no ano.

O dólar fechou em alta de 0,22%, vendido a R$ 5,08, depois de oscilar entre R$ 5,05 e R$ 5,09. O desempenho fez a moeda americana acumular queda de 3,71% neste ano.

O que sustentou o Ibovespa no campo positivo durante todo o pregão foi o bom desempenho das ações do setor financeiro. O Bradesco subiu 2,15%, BTG, 3,21%, Itaú, 2,37% e Banco do Brasil, 1,55%.

“A Bolsa está barata e os dados mais fracos nos Estados Unidos retiraram o temor de juros mais altos por lá, o que atraiu investidores”, disse Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra.

Nos Estados Unidos, Dow Jones fechou em queda de 0,59%, S&P 500, 0,59% e Nasdaq, 0,52%.

As empresas ligadas às commodities, que na sessão da véspera tiveram um dia de ganhos, fecharam em queda. A Petrobras perdeu 1,14% (PETR4) e Vale recuou 3,01%.

No lado positivo, as ações de empresas de saúde foram um dos destaques. Rede D’or subiu 4,55%, Hypera, 4,04%. Completam a lista, PetroRio, com alta de 4,48% e Tim, 3,40%, além do BTG.

Entre os piores desempenhos estão CVC, com queda de 5.37%, Gol, 3,43%, Via Varejo, 4,42%, 3R Petroleum, 3,54% e Natura, 3,39%.

16h Ibovespa se mantém em alta modesta. Bolsa sobe 0,46%, aos 101.957 pontos. Dólar ganha 0,46% e é vendido a R$ 5,08.

14h20 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 4, que não tem “plano B” para as medidas que o governo irá tomar para garantir que as metas da proposta de novo arcabouço fiscal sejam alcançadas. Ele disse não temer que as ações sejam questionadas na Justiça.

“Os jabutis tributários atuais estão na Justiça, mas faremos uma nova Medida Provisória. Não vamos fazer jabutis, vamos fazer as coisas transparentes”, afirmou o ministro da Fazenda. “Lei bem feita não tem plano B, quando é bem feita não tem plano B”, completou.

Entre as medidas que serão enviadas ao Congresso está a regulamentação das subvenções da União aos Estados para investimentos, barrando o uso desses recursos em custeio.

Pelos cálculos da equipe econômica, o efeito fiscal para o governo federal será de R$ 85 bilhões a R$ 90 bilhões.

“Uma nova lei vai regulamentar o que nós vamos subvencionar. Nenhum país que eu conheço subvenciona custeio. Vamos separar custeio de investimento e dar transparência para isso”, completou o ministro da Fazenda. (AE)

14h18 Os mercados acionários da Europa fecharam na maioria em queda nesta terça-feira, 4, com o arrefecimento dos efeitos da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) sobre os papéis de petroleiras. Banqueiros centrais do continente, por sua vez, continuam reforçando a importância de continuidade do aperto monetário.

A CMC Markets destaca que as bolsas europeias lutaram para obter ganhos significativos hoje. Com relação ao FTSE 100, a consultoria destaca que o otimismo sobre a economia do Reino Unido ajudou a impulsionar os ganhos recentes da libra esterlina, o que “parece estar agindo como um empecilho no mercado mais amplo britânico, que caiu em território negativo, com recursos básicos, energia e industriais pressionando”.

Papéis da Anglo American (-1,64%); Antofagasta (-2,09%) e BP (-1,09%) caíram. Em Londres, o FTSE 100, perdeu 0,50% a 7.634,52 pontos.

Já o índice DAX, em Frankfurt, subiu 0,14%, a 15.603,47 pontos. O CAC 40, em Paris, perdeu 0,01%, a 7.344,96 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em queda de 0,56%, a 27.026,56 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,90%, a 9.239,95 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 perdeu 0,32%, a 6.059,24 pontos. (AE)

13h38 O Banco Mundial antecipa que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil irá crescer aproximadamente 0,8% este ano, enquanto estima que o crescimento em 2022 tenha sido de 2,9%. Semelhante a outros países da América Latina e do Caribe, parte do motivo pelo qual o aumento do Brasil não é mais alto se dá pelo fato de que os altos impostos e a má estabilidade econômica tornam o mercado “menos atraente para investidores”.

Em relatório, o Banco Mundial explica que seria interessante o País considerar “reshoring” e “nearshoring” quanto a sua produção, com o objetivo de tentar aumentar a competitividade da indústria brasileira enquanto problemas estruturais e de impostos pesados persistirem.

Tanto para 2024 quanto para 2025, o Banco Mundial prevê que o crescimento do PIB brasileiro será de 2%. (AE)

13h37 O Banco Mundial projeta, em relatório publicado nesta terça-feira, 4, que haverá uma “reversão na política monetária” da América Latina e do Caribe. Na avaliação da entidade, conforme os níveis de inflação diminuem, “como nos casos de Brasil, Chile, México e Peru”, o histórico sugere essa mudança na postura da política monetária, “conforme os países começam a lidar com questões da demanda contida, relaxando o aperto monetário”.

O Chile e o Brasil “já anunciaram pausas em mais altas de juros”, diz o Banco Mundial.

No caso do Brasil, porém, há um debate em andamento, com pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por cortes nos juros, enquanto o BC mantém sinalização hawkish.

O Banco Mundial diz que, embora a região “não esteja fora de dificuldades inflacionárias e mais choques adversos possam ser esperados”, a América Latina e o Caribe “estão muito distantes das inflações de décadas passadas”. (AE)

13h30 Ibovespa se mantém no campo positivo e sobe 0,58%, aos 102.060%. Já o dólar sobe 0,44%, vendido a R$ 5,08.

11h50 Bolsa sobe 0,77%, aos 102.319 pontos. Natura desacelera, mas ainda se mantém como a maior alta neste momento. Papel da companhia sobe 4,29%. Dólar avança 0,11%, vendido a R$ 5,06.

11h20 Dólar retorna para o nível de R$ 5,06. Moeda americana sobe 0,13%. Já a Bolsa avança 1,34%, aos 102.869 pontos.

10h44 Bolsa desacelera, mas se mantém no azul. Ibovespa sobe 0,33%, aos 101.843 pontos. O destaque positivo neste momento é o papel da Natura que dispara 7,96%, após o anúncio de venda de sua divisão de luxo a Aesop à L’Oreal. O negócio foi de R$ 13 bilhões, ou US$ 2,52 bilhões.

Já o dólar acelera alta e sobe 0,31%, vendido a R$ 5,07.

10h18 O presidente do Conselho de Administração do banco Credit Suisse, Axel Lehmann, se desculpou nesta terça-feira, 4, com os investidores pelos fracassos do banco e reconheceu os choques financeiros causados pela instituição, ao passo que o credor está prestes a ser “engolido” pelo rival, o banco UBS, após uma aquisição organizada pelo governo.

Lehmann, que assumiu o cargo em 2022 depois de ter saído do UBS em 2021, denunciou “saídas maciças” de fundos de clientes em outubro e uma “espiral descendente” que culminou em março, quando a turbulência bancária nos EUA se espalhou para o exterior.

“O banco não pôde ser salvo e apenas duas opções o aguardavam: um acordo ou falência”, destacou o presidente, na que provavelmente foi a última reunião de acionistas do Credit Suisse em seus 167 anos de história.

Para os investidores do Credit Suisse, o acordo de aquisição significou perdas. Os acionistas coletivamente receberão 3 bilhões de francos na empresa combinada, enquanto os investidores que detêm cerca de 16 bilhões de francos (US$ 17,3 bilhões) em títulos de alto risco do Credit Suisse foram apagados. (AE)

10h16 Consumidores da zona do euro reduziram expectativas de inflação em fevereiro, sinalizando maior otimismo em relação à trajetória dos preços no bloco, segundo pesquisa divulgada pelo Banco Central Europeu (BCE) nesta terça-feira, 4.

Para os próximos 12 meses, a expectativa de inflação recuou de 4,9% em janeiro para 4,6% em fevereiro, enquanto para o período de três anos, diminuiu de 2,5% para 2,4% na mesma comparação, mostrou a pesquisa mensal, que envolveu 14 mil adultos em seis dos maiores países da zona do euro.

Em março, a taxa anual da inflação ao consumidor da zona do euro desacelerou para 6,9%, ante 8,5% em fevereiro, atingindo o menor nível em 13 meses, de acordo com dados preliminares divulgados pela Eurostat na semana passada. Apesar disso, a inflação no bloco segue muito acima da meta oficial do BCE, que é de taxa de 2%. (AE)

10h11 Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em alta nesta terça-feira, depois de fechar em queda por dois pregões seguidos. O índice sobe 0,45%, aos 101.966 pontos.

Na véspera, o referencial brasileiro perdeu 0,37%, aos 101.506 pontos, depois de oscilar entre 100.650 e 101.915 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 21,6 bilhões.

Com este desempenho, a Bolsa acumula queda de 7,50% no ano.

Já o dólar inverteu a rota e sobe moderadamente a 0,10%, vendido a R$ 5,06.

9h20 O dólar opera em queda nesta terça-feira. A moeda americana se desvaloriza 0,30%, vendida a R$ 5,05. Na véspera, o dólar teve alta de 0,03%, cotada a R$ 5,07. Com o resultado, o dólar acumula um recuo de 3,93% no ano.

Segundo Luana Nunes, do Banco Safra, apesar desta pequena oscilação, o dólar já vem esticando uma baixa nos últimos seis pregões e isso pode indicar que a moeda possa acelerar as quedas.

O mercado ainda repercute o corte surpresa de 1 milhão de barris por dia na produção de petróleo feito pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo+ (Opep+).

O temor é de escalada da inflação mundial com a decisão. Segundo Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra, o corte maior na produção é uma estratégia da Opep para controlar o preço do petróleo pela oferta.

“Caso a economia mundial venha a desacelerar a Opep vai controlar o nível do petróleo pela oferta”, disse Pinheiro, durante o programa Radar Safra, desta terça-feira.

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