close

Bolsa fecha em leve queda à espera do arcabouço fiscal; dólar sobe

A Bolsa recuou 0,25%, aos 106.015 pontos, depois de oscilar entre 105.622 e 106.829 pontos; o volume financeiro do dia foi de R$ 19,8 bilhões

Investidor analisa gráfico financeiro

Mercado ficou em compasso de espera pelos dados econômicos da China e pela entrega do texto das regras fiscais ao Congresso brasileiro | Foto: Getty Images

Fechamento: Depois do melhor desempenho semanal deste ano, o Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira. A Bolsa recuou 0,25%, aos 106.015 pontos, depois de oscilar entre 105.622 e 106.829 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 19,8 bilhões.

Com o resultado desta sessão, o referencial brasileiro acumula ganhos de 4,06% em abril e queda de 3,39% no ano.

Já o dólar ganhou força frente às outras moedas com a possibilidade do aperto monetário permanecer por mais tempo nos Estados Unidos.

A moeda americana subiu 0,45% e fechou cotada a R$ 4,93, depois de oscilar entre R$ 4,90 e R$ 4,95. O resultado desta sessão fez o dólar acumular queda de 2,59% em abril e de 6,43% no ano.

“Ibovespa fechou em queda no dia de hoje, mais por um movimento de realização de lucros depois das altas da semana passada, e também um movimento em linha com os mercados internacionais”, disse Leandro Petrokas, da Quantzed.

Além do orçamento, o mercado operou em compasso de espera para a entrega do arcabouço fiscal no Congresso, que deve ocorrer amanhã.

Para Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra, a aprovação do documento deve ser acelerada e o governo deve apresentar mais reformas. “Com isso, já vislumbramos a antecipação do corte de juros e a inversão do fluxo de investimentos na Bolsa. O investidor local deve retornar à Bolsa com a queda do juro”, afirmou Pinheiro.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta segunda-feira, 17, que sem a aprovação do novo arcabouço fiscal e com a permanência do teto de gastos, o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024 possui apenas R$ 24 bilhões em recursos para evitar o shutdown da máquina pública. Segundo ela, com o teto de gastos todos os programas sociais ficaram comprometidos.

“Sabemos que apenas 6% do orçamento são despesas discricionárias que o governo tem alguma liberdade. Os outros 94% são despesas obrigatórias e não temos espaço de manipulação positivamente em relação ao orçamento. O teto ruiu, caiu e não existe mais. E precisamos do novo arcabouço fiscal”, disse a ministra.

Entre as ações que mais ganharam nesta sessão estão Locaweb, que subiu 4,44%, JBS, 2,71%, Petz, 2,40%, Raízen, 2,63% e Lojas Renner, 2,70%.

No lado negativo, estão 3R Petroleum, que despencou 15,70%, os papéis da Eletrobras, que caíram 3,30% (ELET6) e 3,75% (ELET3), Natura, com queda de 2,69% e Hapvida, 3,46%.

16h21 Os contratos futuros do petróleo recuaram 2% nesta segunda-feira, devolvendo parte dos ganhos da semana passada, pressionado pelo dólar forte no exterior. Investidores de energia também estão monitorando sinais de demanda e aguardando dados da China – em especial, o Produto Interno Bruto (PIB) – que serão publicados nesta noite.

O petróleo WTI para maio fechou com perda de 2,05% (US$ 1,69), a US$ 80,83 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho recuou 1,79% (US$ 1,55), a US$ 84,76 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE). (AE)

16h20 Ibovespa segue no campo negativo e perde 0,47%, aos 105.823 pontos. Dólar acelera alta e sobe 0,49%, vendido a R$ 4,93.

16h16 O ministro da Fazenda, Fernand Haddad, disse nesta segunda-feira, 17, que o envio da proposta de lei complementar do novo arcabouço fiscal deve ocorrer entre a terça-feira e a quarta-feira. Segundo ele, a entrega do texto aos parlamentares depende da agenda da Casa Civil e dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“O presidente Arthur Lira não está em Brasília hoje [segunda-feira]. Acho que pode ser amanhã [terça] ou na quarta-feira, mas acho que vai ser amanhã [terça]“, afirmou o ministro, ao deixar o edifício da Pasta para participar de reunião extraordinária do Conselho de Administração Itaipu, no Ministério de Minas e Energia. (AE)

15h17 O contrato mais líquido do ouro registrou queda nesta segunda-feira, sob pressão diante da valorização do dólar. Com isso, ele chegou a operar abaixo da marca de US$ 2 mil a onça-troy, com notícias do setor também no radar.

O ouro para junho fechou em baixa de 0,44%, em US$ 2.007,00 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). (AE)

15h13 Bolsa recua 0,48%, aos 105.817 pontos. Neste momento, Vale opera em queda firme e perde 1,08%. Já o dólar desacelera, mas ainda opera no campo positivo. Moeda americana sobe 0,20%, vendida a R$ 4,91.

14h17 Ibovespa segue renovando as mínimas e, neste momento, recua 0,51%, aos 105.764 pontos. Já o dólar se mantém no campo positivo. Moeda americana sobe 0,75%, vendida a R$ 4,94.

14h15 Em uma segunda-feira de agenda macroeconômica esvaziada, as bolsas europeias apresentaram dificuldades para firmar um direcionamento único, à medida que dados e comentários de dirigentes de bancos centrais consolidam expectativa por mais aperto monetário.

Os negócios europeus chegaram a subir de maneira mais consistente no início do pregão, mas perderam força na esteira da piora do sentimento de risco em Nova York.

Assim, em Frankfurt, o índice DAX fechou em baixa de 0,11%, a 15.789,53 pontos, enquanto o CAC 40, de Londres, perdeu 0,28%, a 7.498,18 pontos. No radar, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, descartou uma mudança na meta de inflação de 2% no momento, embora tenha se mostrado aberta ao debate quando o objetivo for alcançado.

Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,10%, a 7.879,51 pontos. No noticiário político britânico, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, é alvo de investigação no Parlamento por suposto benefício a uma empresa ligada à mulher do premiê, Akshata Murty.

Entre outras praças, o FTSE MIB, de Milão perdeu 0,62%, a 27.700,21. Na Península Ibérica, o PSI 20, de Lisboa, ganhou 0,64%, a 6.192,79 pontos, e o Ibex 35, de Madri, se elevou 0,17%, a 9.378,50 pontos. Todas as cotações citadas são preliminares. (AE)

13h20 A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, alertou, nesta segunda-feira, 17, para o risco de que o mundo enfrente repetidos choques de oferta, à medida que a economia global se torna mais fragmentada em blocos concorrentes.

Em discurso na sede do Conselho de Relações Estrangeiras, em Nova York, Lagarde explicou que o relativo período de estabilidade nas cadeias produtivas globais parece estar dando lugar a um contexto de crescimento econômico mais lento, custos mais elevados e maiores incertezas comerciais.

Para ela, nesse ambiente, os bancos centrais podem e vão assegurar a estabilidade de preços. “Mas isso pode ser alcançado a um custo menor se outras políticas forem cooperativas e ajudarem a repor a capacidade de abastecimento”, destacou.

Lagarde acrescentou que está “confiante” de que o governo e o Congresso dos Estados Unidos não “irão ao extremo” de violar o teto da dívida e ameaçar entrar em um inédito default da dívida pública. (AE)

13h17 A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta segunda-feira, 17, que sem a aprovação do novo arcabouço fiscal e com a permanência do teto de gastos, o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024 possui apenas R$ 24 bilhões em recursos para evitar o shutdown da máquina pública. Segundo ela, com o teto de gastos todos os programas sociais ficaram comprometidos.

“Sabemos que apenas 6% do orçamento são despesas discricionárias que o governo tem alguma liberdade. Os outros 94% são despesas obrigatórias e não temos espaço de manipulação positivamente em relação ao orçamento. O teto ruiu, caiu e não existe mais. E precisamos do novo arcabouço fiscal”, disse a ministra. (AE)

13h14 Bolsa aprofunda perdas e cai 0,43%, aos 105.863 pontos. Já o dólar opera em alta forte. A moeda americana sobe 0,79%, vendida a R$ 4,94.

11h52 O Ministério do Planejamento e Orçamento informou nesta segunda-feira, 17, que sem a aprovação do novo arcabouço fiscal em elaboração pelo governo R$ 172 bilhões em despesas públicas deixarão de ser executadas em virtude do teto de gastos.

Para o próximo ano, o Executivo estimou no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) uma despesa primária sujeita ao teto de gastos de R$ 2,042 trilhões. Pela regra do teto, somente R$ 1,870 trilhão poderia ser gastos.

Na prática, a execução de R$ 172 bilhões das despesas previstas para o próximo ano estão condicionadas à aprovação do novo arcabouço fiscal.

O ministério informou que após fechar 2023 em 76,0% do Produto Interno Bruto (PIB), a Dívida Bruta do Governo Geral terá trajetória crescente, chegando a 77,7% do PIB no próximo ano, 78,5% do PIB em 2025 e 79,3% do PIB em 2026.

Já a Dívida Líquida do Setor Público estimada é 61,0% ao fim deste ano, 64,2% do PIB em 2024, 66,2% do PIB em 2025 e 68,0% do PIB em 2026.

De acordo com o PLDO 2024, as contas do setor público consolidado devem ter um déficit de R$ 13,31 bilhões em 2024, o que equivale a 0,12% do Produto Interno Bruto (PIB). A conta inclui o resultado do Governo Central, Estados e municípios e estatais federais.

Para 2025, o resultado esperado no setor público é positivo em R$ 56,95 bilhões (0,46% do PIB). No ano seguinte, espera-se um superávit de R$ 125,27 bilhões (0,96% do PIB).

A despesa primária sujeita aos limites do teto de gastos é estimada em R$ 2,042 trilhões, contra o limite de R$ 1,870 trilhão da regra que limita o crescimento das despesas à inflação do ano anterior.

Assim, o Planejamento indica no PLDO que as despesas condicionadas à aprovação do novo arcabouço fiscal somam R$ 172 bilhões. (AE)

11h51 O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), confirmou na manhã desta segunda-feira, 17, que o texto final do novo arcabouço fiscal será entregue amanhã ao Congresso, diferentemente do que foi previsto inicialmente pela Casa Civil. Havia a expectativa de que a matéria fosse encaminhada nesta segunda, ao Legislativo, após o fechamento do mercado. (AE)

11h47 Bolsa aprofunda queda e perde os 106 mil pontos. O referencial brasileiro cai 0,31%, aos 105.992 pontos. O dólar segue a trajetória altista e sobe 0,92%, vendido a R$ 4,95.

11h37 Ibovespa muda a direção e passa a recuar. Bolsa, neste momento, perde 0,04%, aos 106.230 pontos. Já o dólar acelera alta e ganha 0,83%, vendido a R$ 4,94.

11h Dólar acelera alta e sobe 0,78%. A moeda americana é vendida, neste momento, a R$ 4,94. Já o Ibovespa segue no campo positivo. A Bolsa evolui 0,27%, aos 106.568 pontos.

10h25 O índice de atividade industrial Empire State, que mede as condições da manufatura no Estado de Nova York, subiu de -24,6 em março para 10,8 em abril, atingindo maior nível desde julho do ano passado, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em Nova York.

O resultado ficou bem acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam avanço do indicador a -15 neste mês.

10h24 A economia brasileira voltou a mostrar retração em janeiro, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O indicador recuou 0,04%, na série livre de efeitos sazonais. Em dezembro, o avanço havia sido de 0,47% (dado atualizado nesta segunda-feira), resultado que interrompeu uma sequência de quatro quedas mensais consecutivas, de agosto a novembro.

De dezembro para janeiro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 142,34 pontos para 142,28 pontos na série dessazonalizada. Olhando para trás, esse é o menor patamar apenas desde novembro (141,67 pontos), conforme a série histórica iniciada em 2003. (AE)

10h12 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em alta moderada de 0.18%, aos 106.472 pontos. Na sexta-feira, o índice caiu 0,17% nesta sexta, aos 106.279 pontos e com isso encerrou a semana com ganhos de 5,41% — maior avanço semanal do ano. Em abril, o ganho é de 4,32%. No ano, entretanto, o referencial brasileiro acumula queda de 3,15%.

Já o dólar, que abriu em volatilidade, se firmou no campo positivo e, neste momento, sobe 0,48%, vendido a R$ 4,93.

9h20 O dólar opera em volatilidade nesta segunda-feira, após fechar a semana passada no menor valor em 10 meses.

A moeda americana sobe levemente a 0,02%, vendida a R$ 4,91. Na sexta-feira, o dólar teve seu quarto dia consecutivo de queda (0,23%), cotado a R$ 4,91.

Com o resultado, a moeda fechou a semana com uma perda acumulada de 2,82%. Já no mês e no ano, tem quedas de 3,04% e 6,88%, respectivamente.

Em dia de agenda mais esvaziada no Brasil, os investidores estão de olho nos dados econômicos que serão divulgados a noite na China.

Serão divulgados o PIB chinês para o primeiro trimestre e, segundo Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra, o mercado prevê que a economia chinesa tenha avançado 2,2% na comparação com o quarto trimestre de 2022 e projeta alta de 4% em termos anuais.

“Além disso, teremos dados da produção industrial, cuja estimativa é de alta de 2.4% para 3,5% no período. As vendas do varejo devem crescer 7,5%”, disse Pinheiro, durante o programa Radar Safra desta segunda-feira.

No cenário local, a expectativa do mercado é para a entrega do texto do novo arcabouço fiscal ao Congresso. “Há notícias de que a aprovação do documento deve ser acelerada e o governo deve apresentar mais reformas. Com isso, já vislumbramos a antecipação do corte de juros e a inversão do fluxo de investimentos na Bolsa. O investidor local deve retornar à Bolsa com a queda do juro”, afirmou Pinheiro.

Abra sua conta

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra