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Quebra dos bancos americanos afeta Ibovespa que fecha em queda

Bolsa perdeu 0,48%, aos 103.121 pontos, depois de oscilar entre 102.254 e 103.906 pontos; o volume dos negócios foi de R$ 26,7 bilhões

Investidor analisa gráfico em uma tela de computador

Mercado repercutiu a crise dos bancos de criptomoedas nos Estados Unidos | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa fechou em leve queda nesta segunda-feira, com o mercado repercutindo a crise financeira nos Estados Unidos. A Bolsa perdeu 0,48%, aos 103.121 pontos, depois de oscilar entre 102.254 e 103.906 pontos. O volume dos negócios do dia foi de R$ 26,7 bilhões.

Com o resultado desta sessão o referencial brasileiro acumula perdas de 1,73% em março e no ano, a baixa é de 6,03%.

“O mercado operou com alta volatilidade hoje, como era de se esperar por todas as incertezas que surgiram nos Estados Unidos, após o SVB ter sido fechado por risco de insolvência”, disse Elcio Cardozo, da Matriz Capital.

Segundo Cardozo, esse sobe e desce da Bolsa ocorreu em função do risco sistêmico pois o mercado remete esta crise a de 2008, quando o Lehman Brothers faliu. Para ele, não se trata de um cenário igual a 2008, que foi bem mais grave porque envolvia o mercado imobiliário norte-americano e, consequentemente, toda a população.

“Porém, esse risco faz com que o Fed (Federal Reserve) se movimente para frear ainda mais a alta de juros nos Estados Unidos, fato que faz com que a taxa terminal de juros fique abaixo do que o mercado estava precificando até semana passada”, disse Cardozo.

Além da pressão externa, o Ibovespa também sofreu com a queda dos papéis da Petrobras que caíram em razão do pior desempenho do petróleo. As ações da petroleira recuaram 2,84% (PETR4) e 3.13% (PETR3).

Hoje, os contratos futuros do barril do petróleo tipo Brent, o referência mundial, caíram US$ 2,01, ou 2,4%, para US$ 80,77. A referência global recuou mais cedo para uma baixa da sessão de US$ 78,34, seu preço mais baixo desde o início de janeiro.

O preço do óleo recuou com o temor de nova crise financeira o que afetaria a demanda pela commodity no mundo.

Entre os piores desempenhos do dia os destaques foram São Martinho, que perdeu 5,44%, Dexco, 5,36%, Meliuz, 4,08% e as petroleiras, 3R Petroleum que recuou 5,40% e PetroRio, 4,55%.

Já nas maiores altas, as ações mais ligadas à economia local foram as que apresentaram as melhores performances do dia. Via Varejo subiu 12,09%, Magazine Luíza avançou 9,41%, Petz, 7,21%, Locaweb, 6,23% e MRV evoluiu 7,47%.  

17h05 0 dólar operou seguindo o comportamento do exterior. A moeda americana fechou em alta de 1,16%, vendida a R$ 5,26, depois de oscilar entre R$ 5,21 e R$ 5,28.  Com o desempenho desta sessão, a divisa acumula perdas de 1,49% em março e de 2,49% no ano.

16h Na reta final do pregão, Ibovespa se mantém no campo negativo e recua 0,16%, aos 103.421 pontos. Dólar sobe 0,73%, vendido a R$ 5,25.

15h16 Os mercados acionários europeus fecharam nesta segunda-feira, 13, com forte queda, ainda em repercussão à crise do Silicon Valley Bank (SVB), e também pressionado pelo setor de energia, puxado para baixo pelas grandes queda do petróleo.

Em Londres, o FTSE 100 caiu 2,58% a 7.548,63 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em baixa de 3,04%, a 14.959,47 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 2,90%, a 7.011,50 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em queda de 4,03%, a 26.183,54 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 baixou 3,31%, a 8.977,65 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 caiu 2,15%, a 5.896,08 pontos. As cotações são preliminares. (AE)

15h12 Ibovespa opera em estabilidade, aos 103.615 pontos. Dólar sobe 0,53%, vendido a R$ 5,24.

13h44 As expectativas de inflação a curto prazo nos Estados Unidos caíram “acentuadamente”, segundo pesquisa conduzida pela distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em Nova York. O levantamento mostra que a expectativa de inflação para um ano caiu 0,8 ponto porcentual em relação à estimativa do mês anterior, a 4,2%.

Para três anos, a métrica ficou em 2,7%, enquanto de cinco anos aumentou 0,1 porcentual, a 2,6%.

Expectativas de aumento de preço em um ano para combustível, comida, aluguel, educação universitária e serviços médicos caíram.

Houve queda de 0,4 ponto porcentual para combustível (para 4,7%), 1,7 ponto porcentual para comida (para 7,3%), 0,3 ponto porcentual para o custo da serviços médicos (para 9,4%), 1,2 ponto porcentual para o custo da educação universitária (para 8,1% ) e 0,2 ponto porcentual para o custo de aluguel (para 9,4%). (AE)

13h39 Ibovespa opera novamente no vermelho e perde 0,05%, aos 103.559 pontos. Dólar acelera alta e sobe 0,54%, vendido a R$ 5,24.

13h O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 13, que, do ponto de vista da sua pasta, não falta nada para apresentar a proposta de novo arcabouço fiscal. Segundo Haddad, a proposta tem sido tratada com cautela para evitar um vazamento que possa configurar informação privilegiada.

“Vai vazar uma hora, mas vai vazar do jeito certo. Não queríamos que alguém recebesse uma informação privilegiada e isso fizesse preço. A cautela foi só não privilegiar ninguém, e todo mundo ficar sabendo conjuntamente de qual é a decisão do presidente Lula”, disse o ministro da Fazenda.

O ministro da Fazenda disse que a ideia é encerrar os trâmites da proposta antes da viagem do mandatário à China, no próximo dia 24.

“Vou falar com o vice-presidente Geraldo Alckmin, que é ministro do Desenvolvimento, se a agenda dele permitir, hoje. E aí nós estaremos preparados para levar nesta semana para o presidente Lula. E eu gostaria de fazê-lo antes da viagem para a China, para a gente ter tempo de dar ao Ministério do Planejamento condições de começar a elaborar a LDO, Lei de Diretrizes Orçamentárias, com base na nova regra”, comentou ele. (AE)

12h18 Ibovespa vira para alta e ganha 0,07%, aos 103.724 pontos. Dólar opera perto da estabilidade e ganha 0,03%, vendido a R$ 5,21.

11h30 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 13, que o colapso do Silicon Valley Bank (SVB), o maior banco norte-americano a quebrar desde a crise de 2008, não parece suficiente para gerar uma crise sistêmica. Mesmo assim, o ministro reconheceu que ainda não há informações suficientes para dimensionar o problema criado pelo episódio.

“Eu não sei se ele vai gerar uma crise sistêmica. Aparentemente, não. Não vi ninguém ainda tratar desse episódio como um Lehman Brothers, mas o fato é que é grave o que aconteceu”, disse, em evento organizado pelos jornais Valor Econômico e O Globo no período da manhã desta segunda-feira.

Haddad relatou ter passado o fim de semana conversando com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e com bancos brasileiros para colher a percepção de risco. O ministro aguarda a volta do dirigente do BIS para discutir sobre o tema.

“Precisa ver se a autoridade monetária do Brasil vai ter de tomar alguma providência em virtude dos efeitos sobre as economias periféricas. Isso não está claro ainda, é o que vamos acompanhar ao longo do dia”, afirmou Haddad.

O ministro acrescentou que a reação do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) à quebra do SVB foi positiva para garantir os depositantes e evitar uma corrida bancária. Haddad lembrou ainda que o SVB é um banco regional, com carteira descasada. (AE)

11h06 Ibovespa diminui as perdas e recupera os 103 mil pontos. Bolsa cai 0,33%, aos 103.267 pontos. Já o dólar segue em alta e sobe 0,23%, vendido a R$ 5,22.

10h43 O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, veio a público nesta segunda-feira, 13, para dizer que os norte-americanos “podem ter confiança de que o sistema bancário é seguro”. Durante breve declaração na Casa Branca antes de viajar à Califórnia, ele destacou a “rápida ação” de autoridades locais para lidar com problemas no Silicon Valley Bank e no Signature Bank.

Biden disse que, ao saber do problema nos bancos, já instruiu sua equipe a lidar com o problema e disse que a resposta veio a partir da sexta-feira. Ele elogiou o trabalho de reguladores para assumir o controle dos bancos, bem como medidas imediatas do Tesouro.

“Todos os clientes com depósitos nesses bancos podem ter certeza de que serão protegidos e terão acesso a seu dinheiro já hoje”, garantiu Biden. (AE)

10h07 Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, recua nesta sessão seguindo o exterior, após quebra de bancos nos Estados Unidos. Bolsa cai 1%, aos 102.580 pontos.

Na sexta-feira, o referencial brasileiro fechou em queda firme de 1,38%, aos 103.618 pontos, depois de oscilar entre 103.201 e 105.071 pontos. O volume financeiro desta sessão foi de R$ 24,90 bilhões.

Com o resultado desta sessão, a Bolsa acumula perdas de 0,24% na semana. Em março, o referencial brasileiro cai 1,25% em março. No ano, a baixa é de 5,57%.

Já o dólar segue em alta firme de 0,88%, vendido a R$ 5,26.

9h15 O dólar abriu a segunda-feira em alta, com os investidores de olho nos desdobramentos da crise do banco SVB nos Estados Unidos.

A moeda americana sobe 0,51%, vendida a R$ 5,23. Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 1,30% na sessão, cotado a R$ 5,20. Com o resultado, a moeda fechou a semana em alta de 0,15%, mas ainda acumula perdas de 0,33% no mês e de 1,33% no ano.

No domingo, o governo dos Estados Unidos anunciou medidas extraordinárias com o objetivo de evitar que a quebra do Sillicon Valley Bank (SVB), na sexta-feira, cause um contágio sobre o sistema financeiro da maior economia do mundo.

O Federal Reserve e o governo americano fecharam mais um banco neste domingo, o Signature Bank, um dos principais bancos do setor de criptomoedas.

Em anúncio conjunto de Janet Yellen, secretária do Tesouro, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, o banco central, e Martin Gruenberg, presidente do Federal Deposit InsuranceCorp (FDIC), o governo anunciou que vai abrir uma exceção e cobrir todos os depósitos de clientes no SVB, e não apenas até o limite de US$ 250 mil, como preveem as normas do país.

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